RESUMO
O texto apresenta alguns resultados de pesquisa sobre como crianças e jovens aprendem yorubá, uma língua africana viva praticada em candomblés no Brasil. O estudo se desenvolveu em um terreiro na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, entre abril de 2012 e setembro de 2013. Partilhamos da mesma compreensão de Alves (2010), para quem os muros das escolas são criações imaginárias e que aprendemos todos dentro e fora das escolas, ou seja, em redes educativas. Entendemos os terreiros como estando nessas redes tecidas por cantos, comidas, folhas, mitos, artefatos. O yorubá perpassa todos esses saberes, como um fio de linguagem que acende, organiza e mantém a comunicação dos membros dessa comunidade. A pesquisa também nos mostrou que o conhecimento dessas culturas, incluindo uma de suas línguas, pode sugerir pistas para o ensino de história da África, bem como diminuir a intolerância religiosa nas escolas.
PALAVRAS-CHAVE redes educativas; yorubá; história da África; intolerância religiosa