RESUMO
O presente estudo discute a inserção universitária de jovens africanas no Brasil por meio do Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G), a partir do conceito de interseccionalidade. Procura-se problematizar as narrativas de estudantes sobre suas trajetórias educacionais, a constituição de projetos vitais e profissionais e a percepção do contexto sociocultural brasileiro, dando ênfase à intersecção entre etnia/raça e gênero. Este estudo observou discrepâncias entre as representações de democracia racial no Brasil e as experiências de jovens africanas universitárias, além de ter enfatizado elementos constituintes das possibilidades de ser mulher em um contexto social marcado por racismo, sexismo e xenofobia, de forma diferente de seus países de origem.
PALAVRAS-CHAVE:
PEC-G; interseccionalidade; gênero; raça; etnia