RESUMO
Este artigo, de natureza teórica, reflete sobre como a aproximação crítica com as tecnologias e com a cultura hacker no espaço escolar pode colaborar para avanços no ensino das artes. O texto se subdivide em três partes que abordam: noções de tecnologia na educação e suas implicações para as práticas de ensino; cultura hacker e condutas mediadoras de professoras/es em sala de aula; implicações das discussões anteriores para as artes contemporâneas no contexto escolar. Resulta dessa reflexão: em arte, apoiando-nos na história, só a feitura e a fruição são capazes de instaurar processos de construção e ampliação do conhecimento estético; quem cria deve ser visto e incentivado como um agente crítico dos meios, das técnicas, das tecnologias e dos temas com que opera sua criação; a criação, em arte, deve primeiro servir para que a pessoa que cria possa questionar a si, suas relações e seus posicionamentos no mundo, antes que possa propor algo dessa natureza ao fruidor.
PALAVRAS-CHAVE:
educação; tecnologias; cultura hacker; ensino de artes