RESUMO
Este artigo examina o funcionamento de internatos para crianças no território de Araucânia, Chile, administrados por missionários capuchinhos entre 1900 e 1935, período no qual se consolidou a política reducional do povo Mapuche exercida pelo Estado do Chile. A metodologia de pesquisa utilizada foi a qualitativa descritiva, com delineamento historiográfico, que a partir da triangulação metodológica permitiu encontrar as seguintes categorias: choque de culturas chinelização/evangelização/mundo Mapuche em internato; crianças Mapuche separadas por gênero; infância Mapuche regulamentada com a formalização de rotinas e visitas controladas aos internatos para as famílias; a justificação ideológica/presença do internato; perda do mapudungun, idioma Mapuche; e agentes de vigilância e controle. Os resultados podem ajudar a promover o interesse em estudar um campo inexplorado de pesquisa educacional na América Latina: o papel pedagógico das escolas em sistema de internato em contextos de relações interétnicas.
PALAVRAS-CHAVE:
internato; valores culturais; infância Mapuche; escolas-missões; monitoramento e controle