RESUMO:
Com a Declaração de Salamanca, em 1994, começaram as discussões sobre a nova proposta, a da inclusão, e então o foco de atenção deslocou-se da pessoa com deficiência para o seu meio. Essa mudança contribuiu para dar mais atenção às abordagens sociais nos estudos das deficiências. Embora internacionalmente o estudo das deficiências como fenômenos socialmente construídos tenha tido destaque já em meados do século passado, no Brasil, somente meio século depois os estudos das deficiências começam a ser influenciados por pensamentos sociais. A presença de pensamentos sociais nas discussões sobre a inclusão influenciou a natureza das pesquisas na área. Este texto analisa o avanço ocorrido nos estudos das atitudes sociais em relação à inclusão. Em uma breve descrição histórica, são apresentadas algumas escalas de atitudes sociais disponíveis para a pesquisa tanto com adultos quanto com crianças. A existência de instrumentos confiáveis de coleta de dados contribuiu para que se avolumassem as pesquisas sobre atitudes sociais em relação à inclusão. Os resultados mais importantes sugerem que as atitudes sociais em relação à inclusão podem ser modificadas por meio de atividades programadas com esse propósito. Assim, pode ser construído um ambiente escolar com as atitudes sociais genuinamente favoráveis de todo o ambiente escolar.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação Especial; Atitudes sociais; Inclusão educacional