Resumo:
Introdução:
A orientação comunitária apresenta, em estudos de avaliação dos atributos da atenção primária à saúde, baixa performance entre os usuários. Questiona-se, em especial, se a qualificação profissional em Medicina de Família e Comunidade (MFC) contribui para a otimização desse desempenho.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre qualificação profissional em MFC e o grau de orientação comunitária na perspectiva dos profissionais médicos atuantes na Estratégia Saúde da Família de Belo Horizonte.
Método:
Trata-se de estudo censitário que reuniu médicos de todas as regionais de Belo Horizonte. Variáveis sociodemográficas relativas à formação acadêmica e à situação ocupacional foram obtidas por meio de questionário. Utilizou-se o instrumento PCATool-Brasil para medir o desempenho do atributo.
Resultado:
A comparação entre desempenho do escore orientação comunitária e variáveis independentes foi feita pelo teste qui-quadrado, com correção de Fischer. O escore médio foi de 7,9 (DP ±1,2). Nenhuma variável independente foi associada com a orientação comunitária satisfatória. Houve correlação entre tempo de conclusão da residência médica em MFC e alto escore para orientação comunitária.
Conclusão:
A qualificação em MFC não determina, por si só, um alto grau de orientação comunitária. O maior tempo de formação em MFC na modalidade residência médica correlacionou-se com maior desempenho desse atributo derivado.
Palavras-chave:
Mecanismos de Avaliação da Assistência à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Medicina de Família e Comunidade; Qualificação Profissional; Participação da Comunidade