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Simulador para o treinamento da técnica do reflexo vermelho em recém-nascidos

Resumo:

Introdução:

O Teste do Reflexo Vermelho (TRV) consiste em visualizar o reflexo que a luz causa na retina ao passar pela pupila. Dessa forma, o TRV tria patologias que levam à cegueira e pode reduzir o impacto social e econômico das famílias e do governo. O ensino por meio de simuladores permite que estudantes e profissionais de saúde adquiram e melhorem as habilidades clínicas.

Objetivos:

Este estudo teve como objetivos desenvolver um manequim de baixo custo, impresso em 3D e baseado na plataforma Arduino, para o treinamento do TRV em recém-nascidos e avaliar a eficácia educacional desse exame.

Métodos:

Um manequim do TRV foi apresentado a sete juízes especialistas - seis pediatras e um oftalmologista - que avaliaram a aplicabilidade do teste na aprendizagem médica. Para isso, utilizaram a escala Likert de 14 itens de 5 pontos. Posteriormente, 40 participantes participaram de um curso: 33 estudantes de Medicina, cinco residentes em pediatria, uma enfermeira e um médico generalista. Dividiram-se aleatoriamente os participantes em dois grupos: controle (GC) e experimental (GE). Cada grupo foi composto por 20 participantes. Submeteu-se o GC ao ensino convencional em pacientes reais. O GE passou por quatro etapas: 1. fundamentação teórica, 2. manipulação do simulador, 3. prática clínica simulada e 4. avaliação nos pacientes reais. No GC, adotaram-se os seguintes passos: 1. fundamentação teórica, 2. treinamento direto em pacientes reais e 3. avaliação em pacientes reais. Após a intervenção de cada grupo, os dois grupos foram avaliados quanto à aprendizagem em 40 recém-nascidos da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, no Pará.

Resultados:

Na avaliação dos juízes em relação aos itens positivos para o simulador (design, similaridade, interesse, relevância, conteúdo, memorização, didática, reminiscência anterior, compreensão e aplicação), 49,2% afirmaram que concordavam fortemente e 44,4% mencionaram apenas que concordavam. Nas questões negativas (dificuldade de entendimento, sobrecarga de informação, abstração, dificuldade de manuseio e clareza de operação), 40,0% discordaram fortemente e 57,1% discordaram. Os juízes concordaram em 94,9% a favor do uso do simulador na educação médica. Porém, comparando os dois grupos de estudantes, em relação ao tempo de exame, os resultados não mostraram diferença estatisticamente significante (p = 0,29).

Conclusão:

O manequim mostrou aplicabilidade na aprendizagem do TRV, com a vantagem de realizar o exame sem que o paciente real fosse incomodado.

Palavras-chave:
Prevenção de Doenças; Triagem Neonatal; Treinamento por Simulação

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