Resumo:
Verifique-se como médicos residentes e internos de um hospital de ensino empregam a semiotécnica respiratória e como registram os sons pulmonares, comparando os termos usados com a proposta internacional de uniformização terminológica emanada dos Symposium of Lung Sounds (1985). A pesquisa foi observacional, com revisão de 712 prontuários de pacientes internados nas enfermarias de clínica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O exame completo dos pulmões foi registrado em apenas 2,4% dos casos; a inspeção foi mencionada em 24%, a população em 9,9% e a percussão em 2,4% dos casos, enquanto a ausculta foi registrada em 99,6%dos prontuários. Nenhum relatório apresentou referência aos termos da nomenclatura simplificada (sons contínuos/descontínuos), e alguns termos antigos (sopro tubário, broncofonia e atrito pleural) não foram mencionados. Esses dados indicam que, no exame clínico do tórax, houve valorização apenas da ausculta e que, nesta técnica, as modificações terminológicas mais recentes não foram incorporadas à prática nos registros de médicos residentes e internos da clínica médica do HULW/UFPB.
Palavra-chave:
Educação Médica; Exames Médicos