Resumo:
Introdução:
Os movimentos sociais, organizados em torno da reforma sanitária, contribuíram para a institucionalização do processo de formação em saúde no país que deve estar em consonância com as reais necessidades de saúde da população e, dessa forma, promover a inclusão e equidade na perspectiva da social accountability. Isso se torna ainda mais importante no contexto da pandemia da Covid-19, já que se vivencia uma nova prioridade de saúde. Entretanto, o que se tem observado ao longo da pandemia da Covid-19 é um despreparo profissional para um cuidado integral em saúde que considere as pessoas e comunidades historicamente invisibilizadas.
Objetivo:
Analisar criticamente as questões das diversidades em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Medicina (DCN).
Desenvolvimento:
Por meio de três blocos temáticos - “Análise comparativa das DCN de 2001 e 2014 na perspectiva da diversidade”,“Como podemos problematizar as questões da diversidade a partir das DCN de 2014?” “As DCN de 2014 e o que precisamos tornar mais evidente na busca pela diversidade no ensino médico” -, aprofundou-se o debate crítico e reflexivo sobre a educação médica a partir da perspectiva de diversidade. Constatou-se a necessidade de uma articulação formativa e assistencial com as demais políticas públicas em saúde, principalmente aquelas relacionadas a populações marginalizadas.
Conclusão:
A pandemia da Covid-19 mostra-se como uma oportunidade de a mídia e a sociedade como um todo olharem para as desigualdades sociais em saúde, considerarem a relevância do SUS e enfatizarem os múltiplos apontamentos contemporâneos que evidenciam que os projetos pedagógicos e os componentes curriculares dos cursos de Medicina precisam ser atualizados e se comprometer com a construção de uma proposta de ensino e cuidado em saúde que valorize a diversidade e diminuição das iniquidades em saúde.
Palavras-chave:
Diversidade Cultural; Educação Médica; Covid-19; Promoção da Saúde; Vulnerabilidade em Saúde