Ana Paula Taroco; Hissachi Tsuji; Elza de Fátima Ribeiro Higa |
Currículo orientado por competência para a compreensão da integralidade |
2017 |
Revista Brasileira de Educação Médica |
SciELO |
Pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, realizada numa IES do interior paulista, que teve como objetivo avaliar o currículo para a compreensão da integralidade. Participaram do estudo estudantes dos cursos de medicina e enfermagem, do primeiro ano. A técnica de coleta dos dados se deu por meio de entrevistas. Na interpretação dos resultados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, na modalidade temática2323. Taroco APRM, Tsuji H, Higa EFR. Currículo orientado por competência para a compreensão da integralidade. Rev Bras Educ Méd. 2016; 41(1):12-21.. |
Os resultados sugerem que a organização curricular dos cursos com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais favorece a formação de profissionais médicos condizente com o perfil almejado para o SUS. Em relação ao entendimento do conceito de integralidade, parte dos estudantes apresentou uma compreensão parcial de integralidade e necessidade de saúde; outra parte compreende integralidade como um dos princípios do SUS e um conceito importante a ser abordado na faculdade e na pesquisa. Os estudantes também referem a compreensão da totalidade da pessoa em seus aspectos biopsicossociais como integralidade. Os pesquisadores ressaltaram que as dificuldades encontradas pelos estudantes para definir e compreender integralidade em sua abrangência podem se dever ao fato de os participantes do estudo estarem nas séries iniciais dos cursos2323. Taroco APRM, Tsuji H, Higa EFR. Currículo orientado por competência para a compreensão da integralidade. Rev Bras Educ Méd. 2016; 41(1):12-21.. |
Renata Newman Leite Cardoso dos Santos et al.
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Integralidade e interdisciplinaridade na formação do estudante de medicina |
2015 |
Revista Brasileira de Educação Médica |
SciELO |
O estudo teve abordagens qualitativa e quantitativa, tendo sido realizado inicialmente grupo focal com estudantes do último ano do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba e posteriormente com todos os estudantes matriculados no último ano do curso. Eles responderam a um questionário elaborado pelos pesquisadores, com questões sobre o perfil sociodemográfico e estudantil; a integralidade e a interdisciplinaridade na formação médica. As questões avaliaram conceito, prática, aptidão profissional e contribuição da extensão universitária para a integralidade e interdisciplinaridade2424. Santos RNLC, Ribeiro KSQS, Anjos UU, Farias DN, Lucena EMF. Integralidade e Interdisciplinaridade na formação de estudantes de medicina. Rev Bras Educ Méd. 2015; 39(3):378-387.. |
A integralidade e a interdisciplinaridade se mostraram limitadas na formação dos estudantes. Os resultados apontam, segundo os autores, a necessidade de priorizar a interação entre teoria e prática; investir na formação dos docentes de modo a capacitá-los para atuação/ensino da integralidade e interdisciplinaridade; organizar as atividades para que possam garantir encontros em componentes curriculares obrigatórios, realizando atividades conjuntas numa perspectiva interdisciplinar; diversificar mais os cenários de prática, para que contemplem a integralidade no cuidado e a atuação interdisciplinar, em todos os níveis de atenção à saúde2424. Santos RNLC, Ribeiro KSQS, Anjos UU, Farias DN, Lucena EMF. Integralidade e Interdisciplinaridade na formação de estudantes de medicina. Rev Bras Educ Méd. 2015; 39(3):378-387.. |
Lina Nunes Gomes; Lilian Koifman |
Integralidade pelos alunos do internato em clínica médica da UFF |
2012 |
Revista Brasileira de Educação Médica |
SciELO |
Revisão bibliográfica. Diário de campo, entrevista individual projetiva e grupo focal, tendo como corpo teórico o Interacionismo Simbólico2626. Gomes NL, Koifman L. A integralidade pelos alunos do internato em clínica médica da UFF. Rev Bras Educ Méd. 2012; 36(4):506-515.. |
Os estudantes tinham conhecimento sobre integralidade, porém a maioria não soube conceituar o termo de forma bem clara. Apesar disso, sabiam diferenciar situações onde as ideias estavam de acordo ou não com a integralidade. Os alunos avaliam que é necessária maior discussão sobre o tema, principalmente em um momento considerado crítico para eles (o Programa de Internato)2626. Gomes NL, Koifman L. A integralidade pelos alunos do internato em clínica médica da UFF. Rev Bras Educ Méd. 2012; 36(4):506-515.. |
Elza de Fátima Ribeiro Higa et al. |
Estratégias para o avanço da integralidade na visão de professores e estudantes |
2012 |
Revista Brasileira de Educação Médica |
SciELO |
Estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Os dados foram obtidos por grupo focal, com base na questão: o que vocês acham que deveria ser realizado para o desenvolvimento da integralidade do cuidado no atual cenário de aprendizagem? Os resultados foram tratados pela técnica de análise de conteúdo e modalidade temática2525. Higa EFR, Yamada DM, Peloso GFB, Peres CRFB, Panacionne SZE, Mesquita CMB. Estratégias para o avanço da integralidade na visão de professores e estudantes. Rev Bras Educ Méd. 2012; 36(4):470-477.. |
Este estudo aponta que a formação em saúde, a compreensão do SUS e a valorização profissional são estratégias importantes para o avanço efetivo da integralidade. Os professores e estudantes sugerem a importância de um remodelamento da formação e da assistência em saúde que atue na compreensão do sistema de saúde vigente desde a formação, bem como a valorização dos profissionais, para o desenvolvimento da integralidade2525. Higa EFR, Yamada DM, Peloso GFB, Peres CRFB, Panacionne SZE, Mesquita CMB. Estratégias para o avanço da integralidade na visão de professores e estudantes. Rev Bras Educ Méd. 2012; 36(4):470-477.. |
Roberta Signorelli Ciuffo; Victoria Maria Brant Ribeiro |
Sistema Único de Saúde e a formação dos médicos: um diálogo possível? |
2008 |
Interface Comunicação Saúde Educação |
SciELO e Lilacs |
Pesquisa com abordagem qualitativa que analisa a viabilidade do diálogo entre os princípios do SUS e a formação médica, tomando o princípio da integralidade como eixo norteador dessa formação. Os sujeitos do estudo foram os docentes e discentes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), uma delas tendo recebido auxílio do Promed. Os dados foram coletados por meio da técnica do grupo focal. Após a transcrição das falas, a análise se deu com base na construção de três categorias teóricas e conceitos balizadores: competência, inovação, integralidade2727. Ciuffo RS, Ribeiro VMB. Sistema Único de Saúde e a formação dos médicos: um diálogo possível? Interface – Comunic, Saúde, Educ. 2008; 12(24):125-40.. |
Os resultados apontam que parte dos docentes e alunos reconhece o papel relevante da instituição formadora com a implantação das mudanças e inovações necessárias à formação médica com o compromisso social exigido para atuar no SUS; outra parte mostrou resistência em lidar com os novos desafios apresentados. Em relação aos métodos de ensino-aprendizagem, há duas posições dos docentes: incorporação de novos métodos pedagógicos que contemplem a mudança de paradigma em relação ao processo saúde-doença, ou dificuldade na inovação pedagógica devido à falta de clareza de como fazê-la. Estes aspectos são sentidos pelos estudantes, que expressam algum descontentamento com a formação. Contudo, a prática de ensino em serviço e os projetos desenvolvidos na comunidade, onde o princípio da integralidade é vivenciado pelos discentes, oferece indícios de ruptura com os paradigmas tradicionais da formação médica e do processo saúde-doença, sugerindo que o diálogo da formação com o SUS é possível e profícuo2727. Ciuffo RS, Ribeiro VMB. Sistema Único de Saúde e a formação dos médicos: um diálogo possível? Interface – Comunic, Saúde, Educ. 2008; 12(24):125-40.. |