O objetivo de este trabalho foi analisar a nova proposta de ensino de Bioquímica na carreira de Medicina, incluindo as mudanças nas estratégias de ensino-aprendizagem e de avaliação. As aulas expositivas foram substituídas pela Discussão em Pequenos Grupos (DPG), em que dez alunos discutem situações do processo saúde-doença. As provas parciais individuais foram substituías pela Avaliação em Pequenos Grupos (APG) com a apresentação de situações problema para a discussão e a análise grupal. As informações para este estudo, de abordagem qualitativa, foram obtidas a partir de entrevistas semi-estruturadas com docentes e alunos. Os núcleos de análise foram: a motivação, as relações interpessoais, o trabalho em grupo, a construção de conhecimentos, a comunicação, a integração teórico-prática e a avaliação. A articulação da DPG com as demais estratégias didáticas, como as Aulas de Consolidação, Seminários Científicos, Trabalhos Práticos de Laboratório e APG motivou docentes e alunos, permitiu a recuperação de conhecimentos prévios, a busca ativa de conhecimentos e incentivou as relações interpessoais colaborativas e a integração conceitual. Desta forma, a incorporação de estratégias problematizadoras em grupos, tem favorecido os processos de aprendizagem significativa promovendo as readequações.