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Drosofilídeos (Diptera) de uma Área de Floresta Atlântica em Santa Catarina, Sul do Brasil

O presente estudo tem como objetivo conhecer a composição da fauna de drosofilídeos em áreas de floresta no sul do Brasil. Além disso, a estimativa da riqueza de espécies desta fauna é brevemente discutida. As amostras foram realizadas em três áreas bem preservadas da Mata Atlântica no estado de Santa Catarina. Neste estudo, 136.931 espécimes foram capturados e 96,6% destes foram identificados em nível específico. A riqueza de espécies observada (153 espécies) é a maior já registrada em inventários faunísticos realizados no Brasil. Dentre as espécies capturadas, sessenta e três não se adequaram às descrições disponíveis e a maioria destas provavelmente não foi descrita. Os estimadores baseados em incidência de espécies tenderam a gerar as mais altas estimativas de riqueza enquanto aqueles baseados em abundância geraram as menores. Tais estimadores sugerem a presença de 172,28 a 220,65 espécies na área estudada. Baseando-se nestes valores, de 69,35 a 88,81% da riqueza de espécies esperada foi amostrada. Sugere-se que a alta riqueza registrada neste estudo é uma conseqüência do grande esforço amostral, do método de captura, de recentes avanços na taxonomia de drosofilídeos, do alto grau de preservação e ampla extensão do fragmento amostrado e da alta complexidade da Mata Atlântica. Finalmente, os dados obtidos sugerem que a aplicabilidade de estimadores de riqueza para assembléias de drosofilídeos é útil, mas requer cautela.

Drosophila; estimativa da riqueza de espécies; levantamento taxonômico; Mata Atlântica; Neotrópico


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