RESUMO
Em seus espetáculos, o diretor alemão Thomas Ostermeier propõe uma abordagem sociológica que procura encenar as relações e as estruturas de poder de nossa contemporaneidade. Quais são os obstáculos à concretização de tais objetivos quando o foco recai sobre o entrecruzamento dos eixos de opressão de raça, classe e gênero? O presente ensaio busca investigar as contradições inerentes ao autodeclarado realismo sociológico de Ostermeier a partir da reflexão sobre os espetáculos Retour à Reims [Retorno a Reims] (2019)RETOUR à Reims. Direção: Thomas Ostermeier. Produção: Schaubühne Berlin. Paris: Théâtrede la Ville, 2019. e Histoire de la Violence [História da Violência] (2020)HISTOIRE de la violence. Direção de Thomas Ostermeier. Produção: Schaubühne Berlin.Paris: Théâtre de la Ville, 2020., baseados nas respectivas obras literárias homônimas de Didier Eribon e Édouard Louis.
Palavras-chave:
Teatro Alemão; Thomas Ostermeier; Estudos Queer; Teatro Contemporâneo