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A complexa relação humana no espaço escolar: o que indisciplina, currículo e cultura têm a nos revelar?

The complex human relationship in school environment: what can indiscipline, curriculum and culture tell us?

Resumo:

Este artigo é resultado de uma pesquisa qualitativa-descritiva, autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense, de acordo com o parecer consubstanciado nº 2.112.310, realizada em duas escolas da cidade de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro, que trazia como objetivos identificar as impressões de professores e alunos sobre indisciplina discente e cultura no espaço escolar, bem como observar os atos indisciplinares e analisar a importância de diálogos interculturais na diminuição de conflitos. Utilizando como referencial teórico Barreto (2018BARRETO, R. Indisciplina, educação e cultura. Rio de Janeiro: Autografia, 2018.), Caldeira (2007CALDEIRA, S. N. (Des)ordem na escola: um roteiro de estruturas sobre o fenômeno. In: CALDEIRA, S. N. (Org.). (Des)ordem na escola: mitos e realidades. Coimbra: Quarteto, 2007. p. 13-24. (Coleção Educação).), Silva (2020SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.), Freire (2016FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 54. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.), Tardif (2014TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petrópolis: Vozes , 2014.), Candau (2012CANDAU, V. M. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan./mar. 2012. ) e Walsh (2009WALSH, C. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, V. M. (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 letras, 2009. p. 12-43.), foram abordados os eixos indisciplina, currículo e cultura no cotidiano da escola básica e as relações desenvolvidas entre docentes e discentes. Como instrumentos foram empregados observação de campo, análise documental e entrevista semiestruturada com 6 professores e 20 alunos dos 7º e 9º anos do ensino fundamental, envolvidos em situação de conflito e indisciplina nas práticas de sala de aula. A triangulação dos dados obtidos ao longo da empiria revelou a necessidade de serem construídos diálogos interculturais por meio de práticas curriculares flexíveis e plurais que viabilizem construções pedagógicas de reconhecimento e valorização dos diferentes sujeitos em suas origens étnico-histórico-culturais, dirimindo situações de conflito e contribuindo, assim, para um processo de ensino-aprendizagem exitoso.

Palavras-chave:
diálogo; escola básica; interculturalidade

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