RESUMO:
Introdução: O Brasil registrou mais de 62 mil casos de leptospirose confirmados entre 2001 e 2017, com mais de 2.000 casos confirmados no estado do Pará. Apesar da grande quantidade de casos, nenhum estudo até este momento traçou o perfil espaço-temporal da doença.
Metodologia: Este é um estudo espaço-temporal com base nos casos confirmados de leptospirose entre 2001 a 2017 no estado do Pará. O banco de dados do Departamento de Informática do Ministério da Saúde foi utilizado para acessar os dados de leptospirose. A análise espaço-temporal foi realizada no software SaTScan para detecção de clusters e os mapas foram gerados no software QGIS.
Resultados: O município de Belém e Santarém se mantiveram entre as maiores taxas de incidência de leptospirose durante todo o período estudado. O aumento no número de casos em Soure, Inhangapi, São João da Ponta e Magalhães Barata, Ponta de Pedras, Breves, Bragança, Castanhal e São Domingos do Capim foram identificados em diferentes períodos. Santarém e Belém são os principais focos de leptospirose por serem os municípios mais urbanizados e com maior densidade populacional do estado. Os casos observados em municípios menores podem estar associados a períodos de maior pluviosidade e circulação de Leptospira sp. em marsupiais e em gado no nordeste do estado.
Conclusão: Com o exposto, torna-se necessário mais estudos visando o conhecimento dos fatores que contribuem com a ocorrência da leptospirose no estado do Pará, particularmente em áreas com menor adensamento populacional.
Palavras-chave: Leptospirose; Análise Espacial; Análise Espaço-Temporal; Brasil