RESUMO:
Introdução:
Apesar dos baixos coeficientes de incidência de tuberculose (TB) no Distrito Federal (DF), há discrepâncias socioeconômicas aliadas ao intenso crescimento populacional nos últimos anos que evidenciam a necessidade de estudar a tendência da doença nos diferentes cenários do DF.
Objetivo:
Descrever a tendência de morbimortalidade por TB no DF de 2006 a 2015.
Métodos:
Estudo ecológico com componentes descritivo e analítico, do tipo série histórica.
Resultados:
Houve tendência temporal de queda dos coeficientes de incidência (CI) (15,1/100 mil habitantes para 11,7/100 mil habitantes; r = -0,50) e na proporção de cura (86,0 para 74,7%; r = -0,91); populações em situação de rua e privados de liberdade têm riscos relativos de 5 a 16 vezes maior do que a população geral; maiores CI foram observados no Paranoá (27,5/100 mil habitantes) e na Estrutural (17,3/100 mil habitantes), áreas com indicadores socioeconômicos ruins e com explosão populacional no período; e maiores taxas médias de letalidade foram encontradas em Águas Claras (8,5%) e no Lago Sul (7,0%), regiões que concentram populações em situação de rua e idosos.
Conclusão:
A TB persiste como importante problema de saúde pública no DF, especialmente em áreas empobrecidas, com crescimento populacional expressivo ou com alta concentração de idosos ou de populações vulneráveis.
Palavras-chave:
Tuberculose; Perfil de saúde; Morbidade; Mortalidade; Letalidade