INTRODUÇÃO:
O consumo de tabaco está diretamente relacionado à incidência futura de câncer de pulmão. No Brasil foi observada uma tendência de crescimento da taxa de mortalidade ajustada por idade, para esta enfermidade nos últimos anos.
OBJETIVO:
Descrever o perfil dos pacientes com câncer de pulmão diagnosticados e atendidos no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, Brasil, entre 2000 e 2007 segundo condição tabagística.
MÉTODOS:
Foi realizado um estudo observacional, utilizando dados do Registro Hospitalar de Câncer do INCA. Para avaliar se as diferenças observadas entre as categorias das variáveis sociodemográficas, de caracterização do tumor e da assistência - para fumantes e não fumantes - são estatisticamente significativas, foi aplicado o teste qui-quadrado. A análise de correspondência múltipla foi utilizada para identificar as características predominantes dos fumantes e não fumantes.
RESULTADOS:
Foi observado um predomínio de pacientes fumantes (90,5% dos 1131 incluídos no estudo). As duas primeiras dimensões da análise de correspondência múltipla explicaram 72,8% da variabilidade dos dados. Quatro grupos de pacientes foram identificados: fumantes, não fumantes, tumores de pequenas células e tumores em estádios iniciais.
CONCLUSÕES:
O estímulo à cessação do tabagismo deve ser realizado de forma disseminada na população para que novos casos de câncer de pulmão sejam evitados. Destaca-se o Grupo Tumores em Estádios Iniciais, que tem maiores chances de cura.
Neoplasias pulmonares; Estadiamento de neoplasias; Análise multivariada; Bioestatística; Registros eletrônicos de saúde; Hábito de fumar