RESUMO:
Objetivo:
este estudo buscou avaliar as informações referentes às características dos domicílios e de cobertura da Estratégia Saúde da Família produzidas na Pesquisa Nacional de Saúde e descrever as mudanças ocorridas no período entre 2013 e 2019.
Métodos:
utilizaram-se as informações sobre domicílios e sobre cobertura da Estratégia Saúde da Família das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde (2013 e 2019). Avaliaram-se as diferenças entre as proporções encontradas nas duas edições relacionadas à disponibilidade de serviços básicos de abastecimento e saneamento, bem como à adequação dos materiais utilizados na construção do domicílio e à distribuição da adequação dos domicílios e da cobertura da Estratégia Saúde da Família segundo regiões e situação censitária. Para a análise, foi considerado o desenho complexo de amostragem e utilizado o teste-t para amostras independentes para avaliar a significância estatística da diferença entre as proporções encontradas em 2013 e 2019.
Resultados:
foram observados aumentos no percentual de domicílios com acabamento adequado, bem como no percentual de domicílios com água canalizada em pelo menos um cômodo e com saneamento básico (esgoto e lixo) adequado. A cobertura da Estratégia Saúde da Família também mostrou aumento no período. Prevalecem as diferenças regionais e segundo a situação urbana ou rural dos domicílios.
Conclusão:
apesar dos incrementos observados tanto na adequação dos domicílios quanto na disponibilidade de serviços básicos e abastecimento de água e saneamento, e no acesso à assistência primária de saúde, muitos desafios persistem, principalmente para garantir que esses serviços cheguem aos locais mais vulneráveis.
Palavras-chave:
Condições habitacionais; Abastecimento de água; Saneamento domiciliar; Estratégia Saúde da Família; Inquérito nacional de saúde; Brasil