INTRODUÇÃO:
Em estudos epidemiológicos, o erro de classificação, especialmente o diferencial tem sérias implicações.
OBJETIVO:
Explicar como se expressa o erro de classificação diferencial (ECD) e não diferencial (ECND) em um estudo de caso-controle e descrever padrões de comportamento.
MÉTODOS:
Simularam-se diferentes níveis de sensibilidade, especificidade, prevalência e odds ratio (OR). Construíram-se gráficos de interação para estudar o comportamento do viés nos diferentes cenários e mediante modelos lineares se descreveu o efeito dos diferentes fatores sobre esse viés.
RESULTADOS:
O 100% dos vieses apresentados ante um ECND foram negativos, enquanto que no caso do ECD observou-se que este enviesa a associação positivamente em maior proporção que negativamente (30 versus 70%), aproximando ou afastando a estimação da OR para a hipótese nula.
CONCLUSÕES:
O efeito da sensibilidade e a especificidade na classificação da exposição, da prevalência da exposição nos controles e da OR verdadeira sobre o viés relativo difere entre os vieses negativos e positivos. O uso de instrumentos de classificação da exposição validados, com altos níveis de sensibilidade e especificidade, se recomendam para mitigar esse tipo de viés.
Classificação; Viés; Estudo de casos e controles; Razão de Chances; Sensibilidade e especificidade; Simulação por computador