RESUMO:
Objetivo:
Avaliar o consumo usual de alimentos ultraprocessados (AUP) e sua associação com o índice de massa corporal (IMC), a atividade física (AF), a idade e o sexo em adultos moradores de Brasília, Brasil.
Métodos:
Foram entrevistados 506 indivíduos com idade maior ou igual a 20 anos. A ingestão dietética foi avaliada utilizando dois recordatórios 24 h não consecutivos. As distribuições da ingestão usual de energia e de quantidade de AUP foram estimadas por meio do método da Universidade do Estado de Iowa, nos Estados Unidos. Empregaram-se modelos de regressão linear para verificar a associação de idade, IMC, AF e sexo com as proporções de consumo de AUP (%Kcal e %gramas).
Resultados:
A ingestão de AUP representou 9,2% do total de consumo alimentar em quantidade (gramas/dia) e 25% do total do consumo energético. Comparados com eutróficos, os sujeitos com obesidade consumiram maior percentual de AUP em gramas, e os indivíduos com sobrepeso apresentaram maior percentual de AUP em calorias. A quantidade de AUP na ingestão energética total foi menor por parte dos homens do que das mulheres, e a AF e a idade foram inversamente associadas com o consumo de AUP.
Conclusão:
Recomendam-se a monitorização da ingestão de AUP e a redução no consumo entre pessoas com sobrepeso, com obesidade e sedentárias. Métodos apropriados para avaliar a ingestão usual vão fortalecer as análises futuras de avaliação de AUP.
Palavras-chave:
Alimentos; Índice de massa corporal; Obesidade; Sobrepeso; Atividade motora