Acessibilidade / Reportar erro

Baixo desempenho de indicadores operacionais de controle da hanseníase no estado da Bahia: padrões espaçotemporais, 2001-2014

RESUMO:

Objetivo:

Caracterizar padrões espaçotemporais de indicadores operacionais de controle da hanseníase no estado da Bahia no período de 2001 a 2014.

Metodologia:

Estudo ecológico, de base populacional, com distribuição e autocorrelação espacial de indicadores operacionais da hanseníase.

Resultados:

No período de 2001 a 2007, 42,7% (n = 178) dos municípios apresentaram percentual de cura inferior a 75%, ampliando para 61,4% (n = 291) de 2009 a 2014. De 2001 a 2007, 32,5% (n = 54) dos municípios notificaram mais de 10% do total de casos de recidiva do estado, com aumento para 36,9% (n = 75) dessa situação no período de 2008 a 2014. De 2001 a 2014, em 38% (n = 159) dos municípios, o indicador de avaliação do grau de incapacidade física (GIF) no momento do diagnóstico se encontrava conforme o parâmetro regular de desempenho. Já no período de 2009 a 2014, houve aumento de municípios com alta ocorrência de GIF2 no momento do diagnóstico, atingindo 55,3% (n = 230) dos municípios. A maioria dos municípios do estado da Bahia apresentou desempenho insatisfatório na execução das ações de controle previstas para a hanseníase, com pouca mudança ou relativa piora nos padrões de indicadores operacionais ao longo da série histórica.

Conclusão:

O contexto operacional do estado da Bahia sinaliza graves dimensões de vulnerabilidade institucional, o que implica necessariamente a ampliação e a qualificação da rede de vigilância e atenção à saúde nas diferentes regiões e contextos analisados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Palavras-chave:
Hanseníase; Epidemiologia; Vigilância; Brasil

Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Dr. Arnaldo, 715 - 2º andar - sl. 3 - Cerqueira César, 01246-904 São Paulo SP Brasil , Tel./FAX: +55 11 3085-5411 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revbrepi@usp.br