OBJETIVO:
A pesquisa estudou as características de mulheres no ciclo gravídico/puerperal imediato e do produto de sua gestação.
MÉTODO:
A coleta dos dados, relativos a três meses, em 2011, foi feita em seis maternidades do Estado de São Paulo. Os dados foram obtidos em entrevista com a mulher após o desfecho da gestação e coletados nos prontuários hospitalares. Participaram 7.058 mulheres internadas por aborto ou parto em cinco hospitais do SUS e um, somente, para pacientes de convênio privado, e seus 6.602 conceptos (nascidos vivos e nascidos mortos). A análise estatística baseou-se em testes χ22. United Nations. Millenium Declarations. New York: UN; 2000., com nível de significância α = 5%.
RESULTADOS:
Observou-se que 6.530 mulheres tiveram parto e 528 apresentaram interrupção da gestação. Quanto à idade, 1.448 eram adolescentes (20,5%). Não ocorreu óbito durante a internação e 99,8% das mulheres receberam alta médica. Morbidade materna na gestação atual foi analisada, aparecendo infecção urinária, anemia e vômitos exagerados como os principais problemas. A taxa de cesáreas correspondeu a 31,1% e intercorrências no parto e puerpério apresentaram-se, respectivamente, em 834 (12,8%) e 265 mulheres (4,1%). Estudaram-se características dos conceptos: duração de gestação (9,3% de pré-termo, entre os nascidos vivos, e 68%, entre os nascidos mortos); peso ao nascer (baixo peso em 8,2%, entre os nascidos vivos, e 66%, entre os nascidos mortos) e morbidade, medida pelas anomalias congênitas e outras patologias; esses agravos foram responsáveis por permanência em UTI, transferências para hospital de maior complexidade (10 casos) e 37 óbitos. Treze nascidos vivos ainda permaneciam internados ao término da investigação.
Gravidez; Parto; Período pós-parto; Nascimento vivo; Natimorto; Epidemiologia