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Mortalidade por todas as causas em um período de três anos entre idosos não institucionalizados do Sul do Brasil

RESUMO:

Objetivo:

Avaliar a mortalidade por todas as causas em aproximadamente três anos de acompanhamento e os fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde em idosos comunitários de Pelotas, Rio Grande do Sul.

Métodos:

Foi um estudo observacional longitudinal que incluiu 1.451 idosos (≥ 60 anos) entrevistados em 2014. As informações sobre mortalidade foram coletadas nos domicílios em 2016–2017, confirmadas com o setor de Vigilância Epidemiológica do município e por documentos de familiares. As associações entre mortalidade e as variáveis independentes, por regressão de Cox simples e múltipla, foram apresentadas pelos riscos relativos com os respectivos intervalos de confiança (95%).

Resultados:

Quase 10% (n = 145) dos participantes morreram durante uma média de 2,5 anos de acompanhamento, sendo a maior frequência de óbitos em homens (12,9%), indivíduos com ≥ 80 anos (25,2%) e viúvos (15,0%). Estiveram associadas ao maior risco de mortalidade: sexo masculino (RR = 2,8; IC95% 1,9 – 4,2), ≥ 80 anos (RR = 3,9; IC95% 2,4 – 6,2), viuvez (RR = 2,2; IC95% 1,4 – 3,7), inatividade física (RR = 2,3; IC95% 1,1 – 4,6), tabagismo atual (RR = 2,1; IC95% 1,2 – 3,8), hospitalização no último ano (RR = 2,0; IC95% 1,2 – 3,2), sintomas depressivos (RR = 2,1; IC95% 1,2 – 3,6) e dependência para duas ou mais atividades diárias (RR = 3,1; IC95% 1,7 – 5,7).

Conclusão:

A identificação dos fatores que aumentaram o risco de óbito precocemente possibilita melhorar políticas públicas que visem controlar os fatores de risco modificáveis para um envelhecimento com melhor qualidade de vida.

Palavras-chave:
Mortalidade; Fatores de risco; Saúde do idoso; Envelhecimento

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