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“Quem leva a pior?” Nordestinos e bolivianos no mercado de trabalho paulista

Who has it worse? Northeastern and Bolivian workers in the São Paulo job market

«¿Quién se lleva lo peor? Trabajadores nordestinos y bolivianos en el mercado laboral de São Paulo

Resumo

O artigo compara os diferenciais de rendimento do trabalho de bolivianos e nordestinos no Estado de São Paulo, com base nos dados do Censo Demográfico de 2010. A estratégia de comparar migrantes internos com os internacionais é uma forma de tentar entender como operam os mecanismos de seletividade, adaptação e discriminação por origem. Foram utilizados modelos estatísticos para controlar as análises e saber se bolivianos e nordestinos com características as mais próximas possíveis em termos de variáveis censitárias apresentariam um diferencial de salário, deixando apenas o local de nascimento como variável discriminante. Verificamos, a partir da decomposição dos diferenciais de salário, que os atributos produtivos desses imigrantes são valorizados de maneira diferente. As análises demonstram que os bolivianos “levam a melhor” quando comparados com nordestinos, que se encontram em uma situação pior dada a menor valorização de seus atributos individuais.

Palavras-chave
Imigração; Mercado de Trabalho; São Paulo

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