Hoje, 17 de outubro, Elza completa 100 anos de idade - as partículas do universo dançam; tudo está no seu devido lugar.
Na semana passada, estive no YouTube acompanhando as homenagens que o Cebrap lhe oferecia e, entre emocionada e orgulhosa, vi Elza sentada, acompanhando atentamente a cerimônia. Estampou-se, na minha memória, a imagem de Elza nos encontros e seminários, sempre nas primeiras fileiras da plateia, com a sua habitual elegância, caderninho e caneta em mãos. Soube, mais tarde, que aquele caderninho se tornara um importante instrumento de referência para a coleção de desenhos de linha e abstratos que eram produzidos nessas ocasiões.
Quando me convidaram a escrever um breve texto sobre a influência de Elza na demografia brasileira, aceitei com leveza; agora, porém, vacilo, porque não sei por onde começar. Existem inúmeras publicações que a homenageiam, além de um vasto acervo de obras e depoimentos que refletem sua trajetória - acadêmica, intelectual e de vida. Muitas delas trazem, inclusive, o prório testemunho de Elza (veja, por exemplo: Garcia; Max; Baeninger, 2022; Baeninger et al., 2019; Marcolin, 2017). Diante disso, optei por trazer algo mais pessoal, concentrado no eixo demográfico, como um testemunho da convivência com Elza e das percepções de seu papel na evolução da demografia no Brasil.
Elza e a trajetória institucional da demografia
Ensino e pesquisa
Meu primeiro contato com Elza - então, a doutora Elza Berquó, professora catedrática em Bioestatística na Escola de Higiene e Saúde Pública da USP - foi como sua aluna, quando me apaixonei pela análise estatística em saúde. A partir de então, como instrutora da cátedra sob sua orientação direta, fui me aperfeiçoando no desenho e na análise de métodos quantitativos. As sessões de consultoria de Elza aos pesquisadores da Medicina da USP, especialmente em desenhos experimentais, às quais ela me “carregava a tiracolo”, abriram todo um horizonte que incluía estudos de filosofia, na tentativa de entender o que seria causalidade. As discussões que se seguiam - sobre causalidade, desenhos experimentais, amostragem, coleta e análise de dados - pavimentaram solidamente meus caminhos. Penso, ainda hoje, que poucas pessoas tiveram a oportunidade de contar com uma mentora com visão tão clara de processos, para muito além de estudos de caso.
Nesse mesmo período, o mundo acadêmico e político se agitava com o recrudescimento da visão neomalthusiana, que colocava o crescimento populacional como empecilho à sustentabilidade, especialmente nos países não desenvolvidos - o que, por sua vez, repercutiria no crescimento social e econômico mundial (Meadows et al., 1974). Nesse contexto, uma das consequências foi a criação do Clube de Roma, em 1968, reunindo intelectuais, acadêmicos e empresários para estudos e formulação de políticas de desenvolvimento sustentável, com foco nas políticas populacionais.
No Brasil, em 1966, Elza fundava, na Faculdade de Higiene da USP, o Centro de Estudos de Dinâmica Populacional (Cedip), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde. Para sua estruturação, professores foram se aperfeiçoar em grandes centros de pesquisa nos Estados Unidos1 e montaram o primeiro curso de Dinâmica Populacional do país. Concebido como centro de ensino e pesquisa, o Cedip elaborou e implementou a primeira pesquisa demográfica sobre fecundidade em São Paulo, no contexto de estudos de reprodução humana no Brasil. O levantamento evidenciou que, já à época, a fecundidade da mulher paulistana era relativamente baixa, com média em torno de 2,7 filhos por mulher. Foi quando tive a oportunidade de conviver com jovens sociólogos, antropólogos, psicólogos, economistas, matemáticos e estatísticos contratados para o desenho e a análise dos dados - convivência que acabou por me seduzir para o campo da demografia.
O Cedip logo se tornou vanguarda na América Latina, influenciando fundamentos teóricos e técnicos dos estudos populacionais e alavancando o ensino e a pesquisa na região. Egressos de seus cursos tornaram-se agentes importantes na formação e consolidação de outros centros de demografia no Brasil.
É interessante notar que eu havia subestimado o fato de o Cedip, tal como concebido, existir antes do Clube de Roma: nada surpreendente, tratando-se de Elza - visionária, perspicaz e com grande clareza institucional na condução de seus projetos. Isso permitiu que a demografia florescesse com pioneirismo e de forma holística no Brasil.
Entre 1968 e 1969, o cenário universitário passou por intensas transformações: a reforma universitária extinguiu as cátedras e criou os departamentos; professores catedráticos passaram a ser ligados aos departamentos como titulares. A Faculdade de Higiene passou a se chamar Escola de Saúde Pública. Essas modificações talvez pouco afetassem o Cedip, não fosse a aplicação do AI-5, que afastou compulsoriamente professores universitários, entre eles Elza e Paul Singer. Com a ausência física de dois expoentes, apesar da continuidade das pesquisas e dos cursos “Dinamicão” e “Dinamiquinha”, o Cedip não resistiu às transformações na estrutura universitária e o grupo foi extinto no início da década de 1970; seus integrantes se abrigaram em diferentes instituições da USP. Os cursos de especialização, “Dinamiquinha”, de 64 horas e “Dinamicão”, de 130 horas, foram extintos, respectivamente, em 1971 e 1973; outros cursos passaram a figurar como disciplinas na pós-graduação stricto sensu em Saúde Pública até meados da década de 1990. Desde o início do Cedip, 1.233 profissionais concluíram disciplinas ofertadas na Escola de Saúde Pública e 175 concluíram o “Dinamicão” (Sawyer; Fernandes, 2005).
Elza e Paul Singer juntaram-se a outros acadêmicos e intelectuais - a maioria afastada de suas atividades pelo AI-5 - e fundaram, em 1969, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).2 Desnecessário dizer que, imediatamente, o Cebrap se tornou referência nacional e internacional em pesquisa, formação e formulação de políticas nas áreas de demografia, urbanismo, política, religião, desigualdade, gênero, raça e juventude. Aliado ao rigor científico, o olhar atento às contradições, potencialidades e desafios históricos do contexto brasileiro tornou-se marca do conhecimento produzido no Centro.
A pesquisa de Reprodução Humana migrou do Cedip para o Cebrap e ganhou novo escopo analítico, uma vez que quase todos os pesquisadores do Centro se envolveram na análise dos dados. Lembro, ainda hoje, do trabalho do filósofo Gianotti sobre o número “i” ideal de filhos almejados. À época, minha interpretação era que o artigo tratava da então em voga relação entre filhos tidos e desejados - tudo com nova roupagem e metodologia analítica.
Acredito que o contato diário com esse grupo tenha ampliado o interesse de Elza para além das análises quantitativas formais. Fui intimada a assistir às sessões periódicas de discussão de pesquisas e trabalhos do corpo de pesquisadores: “Não fique isolada nesses assuntos quantitativos; venha aos seminários para abrir os horizontes”, disse Elza. Obedeci e, na minha primeira sessão como espectadora no chamado “mesão”, presenciei a fala da eminente economista Conceição Tavares: “Boneco, você está totalmente equivocado”, referindo-se a algo que Fernando Henrique Cardoso dissera. Ali, tive consciência de que entrava no mundo de gente grande.
Em 28 de agosto de 1979, foi sancionada a Lei n. 6.683, conhecida como Lei da Anistia, que concedia anistia, entre outros, a quem fora punido por atos institucionais. Elza não retornou à Escola de Saúde Pública; concentrou esforços na criação de um curso de pós-graduação em Demografia e de um centro de pesquisas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O Núcleo de Estudos de População (Nepo) foi criado em 1982, em um momento de renovação institucional e de fortalecimento das ciências sociais aplicadas à realidade brasileira. Nasceu com a missão de articular pesquisa, ensino e extensão na área de demografia, unindo a análise quantitativa das tendências populacionais a uma leitura social e histórica das transformações do país. O Nepo é um centro interdisciplinar permanente, integrando o estudo da população às políticas públicas, à saúde coletiva, à economia e à sociologia. Desde o início, manteve vínculos estreitos com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Consolidou-se como um dos principais polos de produção de conhecimento demográfico no Brasil e na América Latina. Seu corpo de pesquisadores contribuiu decisivamente para o mapeamento das transições demográficas e urbanas, a análise das desigualdades regionais e o estudo dos efeitos sociais das políticas populacionais.
Concomitantemente à implementação do Nepo, foi criado o Programa de Pós-Graduação em Demografia da Unicamp, sob coordenação acadêmica de membros do Núcleo. O programa tornou-se referência nacional, recebendo alunos de diversas regiões e formando especialistas que passaram a ocupar posições estratégicas em universidades, órgãos públicos e agências internacionais. O programa é avaliado com conceito 6 na Capes, em razão da excelência de sua produção acadêmica, da formação de recursos humanos e da internacionalização e cooperação de seu corpo docente.3
Em 2014, o Nepo passou a se chamar oficialmente “Núcleo de Estudos de População Elza Berquó”, em homenagem à sua fundadora e principal inspiração. A trajetória de Elza - marcada pela defesa da autonomia científica, pelo rigor metodológico e pelo engajamento em causas sociais - tornou-se símbolo da identidade institucional do Nepo: um espaço de resistência intelectual, diálogo interdisciplinar e compromisso com o desenvolvimento humano.
Fiel ao compromisso político e social que atribuía à demografia, Elza manteve constante interação com formuladores de políticas públicas e movimentos sociais, tanto no Nepo quanto no Cebrap. Dentre suas inúmeras frentes, destaca-se a introdução do recorte étnico-racial como variável estrutural indispensável na análise demográfica brasileira, expondo clivagens que a estatística oficial frequentemente obscurecia. Nesse sentido, a informação sobre raça/cor (conforme definição do Censo Demográfico) foi introduzida em quase todos os registros administrativos do país.
Relato aqui duas experiências pessoais, que ecoam as iniciativas de Elza. Na primeira, o coordenador do Programa de Aids do Ministério da Saúde, em meados da década de 1990, informou-me que a variável raça/cor passaria a constar na base de dados sobre Aids. Observei que, nos Censos Demográficos e nas pesquisas do IBGE, tal informação era autorreferida ou fornecida por informante no domicílio e, portanto, para pareamentos e comparações seria necessário complementar com outras variáveis, além de investir em treinamento cuidadoso de preenchimento. Devo ter exagerado: a resposta, irada, foi “Vou contar para a dra. Elza que você é contra a inclusão dessa informação!”. Na segunda, eu proferia uma palestra sobre a situação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil para um público majoritariamente de ativistas. Chamei a atenção para a possibilidade de aumento da mortalidade materna em virtude de o indicador usar, no denominador, o número de nascidos vivos, que poderia estar diminuindo ao longo do tempo. Isso elevaria o indicador mesmo com risco estável ou em queda. Uma participante, identificada como membro de movimento social, questionou se eu propunha usar como denominador o número de gestações e, na sequência, fez um longo e pertinente contraponto. Fiquei agradavelmente surpresa com a rapidez e a precisão de seus argumentos - poucos doutorandos em demografia demonstrariam tal sagacidade. Em conversa após a sessão, soube que ela fizera treinamento com a dra. Elza Berquó, em um programa de formação de pesquisadores negros. Ela, ao contrário do primeiro interlocutor, não ameaçou “contar para a dra. Elza” minha suposta proposta, que eu sequer formulara, mas que talvez estivesse implícita em minha exposição de problemas sem soluções.
Instituições nacionais
Na trajetória institucional não acadêmica, destaca-se o papel de Elza como membro-fundadora da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep), criada em 1976, cujo primeiro encontro ocorreu em 1978 sob sua coordenação.4 Sua participação na Associação foi intensa e inovadora, tanto na direção quanto na contribuição de conteúdos temáticos. Criou e deu corpo à Revista Brasileira de Estudos de Populaçãos (Rebep), organizou os Grupos de Trabalho - que permanecem até hoje -, permitindo constante atualização e renovação de participantes. Uma marca inovadora, à época, foi a introdução do tema saúde reprodutiva e sexualidade na agenda dos encontros, bem como o estreito intercâmbio com movimentos sociais, pavimentando caminhos de diálogo entre academia e sociedade.
Como membro da Abep, Elza organizou e participou de seminários preparatórios para a Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (CIPD) das Nações Unidas, realizada no Cairo em 1994. Na ocasião, eu era presidente da Associação e, em parceria com o Itamaraty, promovemos eventos preparatórios para o documento nacional. Indicamos Elza e o vice-presidente Daniel Hogan para representar a Abep na comitiva brasileira. A CIPD reuniu cerca de 11 mil participantes - representantes de governos, organizações não governamentais, Nações Unidas e imprensa. Ao contrário das anteriores, teve abertura explícita para deslocar o foco das metas demográficas para os direitos individuais à saúde reprodutiva, traduzidos no Programa de Ação resultante da Conferência. A contribuição brasileira incluiu a defesa de fundos, a atenção às necessidades dos países em desenvolvimento e o reforço da capacidade nacional em áreas como equidade de gênero, saúde reprodutiva e sexual e empoderamento das mulheres. A participação brasileira foi significativa e alinhada a muitos outros países signatários do Programa. Ao longo do tempo, conferências “Cairo+” acompanharam a implementação do Programa de Ação e introduziram novos paradigmas (UNFPA, s. d.; Sawyer, 2019).
No ano seguinte, Elza articulou com o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a criação do Conselho Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD), com a função de monitorar a implementação do Programa de Ação da CIPD. A Comissão Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD) foi instituída pelo Decreto n. 1.607, de 28 de agosto de 1995, com a finalidade de contribuir para a formulação de políticas e a implementação de ações integradas relativas à população e ao desenvolvimento, conforme as recomendações do Programa de Ação Mundial, bem como monitorar, avaliar e revisar a execução dessas políticas e ações. A Comissão recebeu apoio institucional do Ipea, no âmbito do Ministério do Planejamento.
Elza presidiu a CNPD de 1995 a 2002. Um olhar para a lista de competências torna claro que ali está o retrato do seu cotidiano profissional: identificar e sistematizar carências na população; promover análises e avaliações de políticas; e manter diálogo constante com instituições governamentais e da sociedade civil. Especial atenção foi dada ao manejo de fontes, recursos e dados de pesquisa e administrativos. O Decreto n. 8.009, de 15 de maio de 2013, reorganizou a CNPD, que passou a integrar a estrutura da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE). Posteriormente, o Decreto n. 10.087, de 5 de novembro de 2019, no contexto de reformas ministeriais, revogou a estrutura; desde então, a CNPD permaneceu órfã. Em 27 de março de 2024, o Decreto n. 11.966 reinstituiu a Comissão no âmbito da Secretaria-Geral da Presidência da República, com finalidades bastante próximas às originais. Entre as atividades, destaca-se o lançamento do Prêmio Nacional de População e Desenvolvimento Elza Berquó, em reconhecimento à sua contribuição para a área (Berquó, 1995; Martine, 2019; Martins, 2019, 2024)
Elza e a consolidação da demografia como área de conhecimento
Ao falar da influência de Elza na demografia, é preciso ressaltar seus esforços para o reconhecimento da área pelos principais órgãos de fomento do país. Esse reconhecimento, fundamentado em avaliações e indicações de comitês especializados, garante aos programas apoios diversos para pesquisadores, docentes e estudantes, como bolsas, visitas acadêmicas e financiamento de projetos. No CNPq, a Grande Área de Ciências Sociais Aplicadas abriga a área de Demografia, com suas subáreas; os programas reúnem grupos de pesquisa de diferentes universidades (UFF, UFMG, Unicamp, UFRN, Fiocruz, entre outras). Na Capes, a área de Demografia - integrante de Ciências Sociais Aplicadas - organiza-se em subáreas e especialidades, sendo composta por programas da UFMG, Unicamp, UFRN e Ence, avaliados como centros de excelência nacional e, em alguns casos, também internacional. Tendo participado dos comitês de avaliação de ambos os órgãos, tomei consciência da importância das iniciativas de Elza para trazer uma área tão nova e pequena ao reconhecimento em um ambiente dominado por áreas tradicionais e centenárias - fator decisivo para a sustentabilidade dos estudos e pesquisas demográficas no país.
A importância de Elza nos estudos populacionais no Brasil
Chego ao final destas notas com a nítida impressão de que não alcancei a dimensão do que Elza representa para a demografia no Brasil. O Cedip, multidisciplinar, crítico e de excelência, em sua breve existência, marcou os rumos do ensino e da institucionalidade da demografia no país. Os trabalhos no Cebrap e no Nepo, voltados à formação de recursos humanos, trazem à lembrança outro pioneiro na formação de demógrafos: Giorgio Mortara, no IBGE, na década de 1940, que incluiu no Censo de 1940 quesitos de fecundidade e mortalidade para estimativas indiretas - além de formar, no Instituto, um grupo de estudos em demografia. O Brasil tem sido privilegiado por contar com profissionais e intelectuais que abraçam os métodos demográficos. Voltando a Elza: seu trânsito no meio acadêmico, na esfera governamental e nos movimentos sociais promoveu políticas públicas sustentáveis e expandiu o escopo analítico da demografia. Abundam artigos e depoimentos que exaltam o quê, o como e o quanto a laureada Elza Berquó planejou e executou projetos que expressam sua criatividade. Acredito que sua contribuição maior foi trazer a demografia a serviço da cidadania. E creio, também, que o título destas notas deve ser mudado para:
Professora Elza Berquó é a demografia brasileira.
Referências
- BAENINGER, R.; GARCIA, S.; LAGO, T.; MAX, C. (Org.). Elza Berquó, encontros. Campinas-SP: Núcleo de Estudos de População (Nepo), 2019.
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» https://www.rebep.org.br/revista/article/view/464 - BERQUÓ, E.; ROCHA, M. I. B. A ABEP no contexto político e no desenvolvimento da demografia nas décadas de 1960 e 1970. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 22, n. 2, p. 233-246, jul-dez. 2005.
- GARCIA, S.; MAX, C.; BAENINGER, R. (Org.). Com a palavra Elza Berquó. Campinas-SP: Núcleo de Estudos de População (Nepo), 2022.
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MARTINE, G. O Cairo pela metade. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 36, p. 1-7, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/Jjg5j93dD56Nc8GbV7TR6vS/?
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MARTINS, R. Do Cairo a Nairóbi: 25 anos da agenda de população e desenvolvimento no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 36, p. 1-9. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0094
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MARTINS, R. 30 anos da CIPD 1994: saúde, direitos sexuais e direitos (pós)reprodutivos na constituição da agenda de população e desenvolvimento. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 41, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0284
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» http://www.unfpa.org.br/Arquivos/relatorio-cairo.pdf
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1
Paul Singer, economista, foi para a Universidade de Princeton; Neide Patarra, socióloga, para a Universidade de Chicago; João Yunes, médico, para a Universidade de Michigan, em Ann Arbor; Jair Licio Ferreira Santos, físico, para a Universidade de Chicago; e Cândido Procópio Ferreira de Camargo visitou centros e programas de demografia nos Estados Unidos e Europa.
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2
Entre a constelação de famosos pesquisadores podemos mencionar, além de Elza e Paul Singer, Fernando Henrique Cardoso, Otavio Ianni, Juarez Brandão, José Arthur Gianotti, Ruth Cardoso, Francisco Oliveira, Vilmar Faria e Cândido Procópio Ferreira Camargo.
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3
Os conceitos de avaliação da Capes variam de 1 a 7 e são auferidos de acordo com o desempenho dos programas de pós-graduação nos seguintes itens: qualidade e impacto da produção científica; quantidade, qualidade e tempo de formação de doutores/mestres; inserção social e institucional dos egressos; interdisciplinaridade e inovação metodológica; internacionalização e cooperação acadêmica.
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4
Para mais detalhes sobre a fundação da Abep, veja, por exemplo, Berquó e Rocha (2005).
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
17 Nov 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
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Recebido
17 Out 2025 -
Aceito
22 Out 2025
