A literatura sobre raça nos Estados Unidos está repleta de estudos que documentam diferenças na saúde entre negros e brancos. Entretanto, a maioria dos trabalhos que exploram a relação entre raça e saúde utiliza medidas com saúde autorrelatada, mortalidade e morbidade, mas poucos empregam medidas de qualidade de vida relacionada à saúde e seus domínios específicos. Este artigo revisa a literatura sobre raça e qualidade de vida relacionada à saúde, especificamente examinando os domínios que constituem as principais medidas baseadas na teoria da utilidade: saúde física; saúde mental; dor e desconforto; cognição; domínios neurológicos; destreza; locomoção; vitalidade; e funcionamento social. Conduziu-se uma revisão da literatura usando as palavras-chave raça e o domínio da qualidade de vida de interesse nos Estados Unidos. Foram consultadas as bases de dados Medline/Pubmed, Web of Science e o portal Google Scholar. A maioria dos estudos sobre diversos domínios das medidas de qualidade de vida investigados sugere que negros têm pior qualidade de vida do que brancos nos Estados Unidos. A revisão salienta a escassez de estudos que exploram a relação entre raça e alguns domínios, como, por exemplo, funcionamento social, destreza, vitalidade e domínios de escopo neurológico, e, portanto, mostra a necessidade de que futuros estudos examinem a relação entre raça e estes domínios.
Raça; Qualidade de vida; EQ-5D; SF-6D; HUI2; HUI3; QWB domínios de saúde