Resumo
A Campomanesia adamantium (guavira) é nativa do Cerrado brasileiro e utilizada como alimentícia e medicinal. A planta tem sido explorada indiscriminadamente em seu hábitat, o que, somado às queimadas e ao desmatamento, levam-na ao risco de extinção. Para a preservação da espécie, é essencial seu manejo in situ e ex situ, e as práticas agroecológi-cas associadas à adubação verde são um sistema recomendado. Neste estudo, investigamos o desenvolvimento da C. adamantium cultivada com os adubos verdes Stylosanthes macrocephala, Pueraria phaseoloides, Calopogonium mucunoides e Cajanus cajan, além dos atributos químicos e microbiológicos do solo. Os adubos verdes tiveram maiores produções de massas frescas e secas no segundo corte, e as plantas de C. mucunoides, S. macrocephala e P. phaseoloidestiveram maiores concentrações de nutrientes. A massa do C. mucunoidesteve rápida decomposição e influenciou os atributos químicos do solo, havendo maior atuação dos microrganismos do solo no processo bioquímico de decomposição dos resíduos orgânicos. As plantas de C. adamantium mais bem desenvolvidas e com maiores produções e teores de nutrientes nas folhas foram cultivadas com os adubos verdes C. mucunoides e S. macrocephala. Os resultados mostraram que as plantas de C. adamantium respondem positivamente ao uso do adubo verde C. mucunoides, com aumento da produção de folhas. Este cultivo agroecológico contribui para a preservação de C. adamantium e para o uso adequado dos recursos naturais do Cerrado.
Termos para indexação
Guavira; Stylosanthes macrocephala; Pueraria phaseoloides; Calopogonium mucunoides; Cajanus cajan