Os tripes são mencionados como importantes pragas da cultura da uva de mesa em diversos países da Europa e Estados Unidos. Em área de cultivo da uva Niagara localizada na região de Limeira-SP verificou-se a ocorrência de danos provocados por Frankliniella occidentalis. Essa praga foi observada, principalmente, durante a fase de florescimento, alimentando-se de pólen e bagas em início de formação. Os sintomas do ataque são mais visíveis com o desenvolvimento dos frutos e caracterizam-se por cicatrizes escuras e suberizadas nas bagas, provocando em alguns casos a rachadura das mesmas com prolapso das sementes. Avaliou-se o efeito de uma única aplicação dos inseticidas Calypso 480SC (thiacloprid) e Mesurol (methiocarb) associados ou não ao fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae, sobre a população da praga durante o período de florescimento. Para a avaliação do dano nos frutos foram realizadas mais três aplicações 7, 14 e 21 dias após a primeira. Os tratamentos foram: a) M. anisopliae (isolado 1037) 1x10(7) conídios/ml; b) Calypso 20ml/100L; c-d) Mesurol 100 e 150ml/100 L; e) Mesurol 100ml/100L + M. anisopliae 1x10(7) conídios/ml. Apenas o produto Mesurol associado ou não ao entomopatógeno apresentou efeito de controle sobre a praga, não sendo observados danos fitotóxicos. Nos tratamentos Mesurol 150ml/100L e do produto associado com o fungo a eficiência de controle da população do tripes foi de 84,2 e 95,5%, respectivamente, nos dois casos com redução de aproximadamente 70% no número de bagas com sintomas de ataque da praga. Para o controle de tripes em uva as aplicações de inseticidas químicos combinados ou não com M. anisopliae devem ser realizadas na época de florescimento da cultura.
controle químico; controle microbiológico; tripes