Performance agronômica do pessegueiro ‘BRS Kampai’ sobre 15 porta-enxertos clonais e de plantas autoenraizadas em Pelotas-RS, Brasil

Resumo

Os porta-enxertos clonais permitem a preservação das características genéticas da plantamatriz, tais como o vigor, e produzem um sistema radicular fasciculado, com abundante quantidade de radicelas. O objetivo do presente trabalho foi determinar o efeito de quinze porta-enxertos clonais na performance agronômica de pessegueiros ‘BRS Kampai’, bem como a viabilidade técnica do uso de plantas autoenraizadas (sem porta-enxerto) em condição de campo sem irrigação, em Pelotas-RS, Brasil. Mudas produzidas em sacos plásticos foram plantadas no campo, em agosto de 2014, sob delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, de uma planta por parcela, e avaliações de diâmetro do tronco, área da secção transversal do tronco, eficiência produtiva, produção de frutos por planta e por hectare anual e acumulada foram realizadas até 2019. Nas condições experimentais adotadas, conclui-se que ‘Barrier’ (P. persica x P. davidiana), ‘Cadaman’ (P. persica x P. davidiana), G x N.9 (P. persica x P. dulcis), ‘Ishtara’ [(P. cerasifera x P. salicina) x (P. cerasifera x P. persica)] e ‘Santa Rosa’ (P. salicina) não apresentam potencial como portaenxerto do pessegueiro ‘BRS Kampai’ devido à irregular quebra de dormência das gemas da copa, frutos pequenos e/ou baixa produção. O Clone 15 (P. mume) destaca-se por aumentar o peso do fruto, mantendo satisfatória produção por planta. O ‘Flordaguard’ (P. persica) é o melhor portaenxerto testado, que é vigoroso, não apresenta nenhuma característica agronômica indesejável e induz as maiores produções por planta e por hectare, superando 50 t ha-1 na produção acumulada. Pessegueiros autoenraizados de ‘BRS-Kampai’ apresentam viabilidade técnica de cultivo, desde que as podas sejam adequadamente realizadas.

Termos para indexação
Prunus spp.; propagação vegetativa; estaquia herbácea; enxertia interespecífica