O presente trabalho avaliou os efeitos da embalagem sob atmosfera modificada na inibição do desenvolvimento dos sintomas de danos causados pelo frio, em pêssego 'Douradão' após armazenamento refrigerado, e o possível envolvimento das enzimas da parede celular. Frutos foram colhidos no estádio médio de maturação, acondicionados em bandejas de polipropileno e colocados dentro de sacos de polietileno de baixa densidade (PEBD) com espessuras de 30; 50; 60 e 75 µm e com modificação ativa da atmosfera (10 kPa CO2 + 1,5 kPa O2, balanço de N2). Os seguintes tratamentos foram testados: Controle: pêssegos mantidos em bandejas sem filme plástico; AM30: filme de PEBD - 30 µm; AM50: filme de PEBD - 50 µm; AM60: filme de PEBD - 60 µm; AM75: filme de PEBD - 75 µm. Os frutos foram mantidos em câmara a 1±1ºC e 90±5% de umidade relativa (UR) por 28 dias. Após 14; 21 e 28 dias, as embalagens plásticas foram retiradas, e as amostras foram mantidas em ar a 25±1ºC e 90±5% UR para amadurecimento. No dia da remoção e após 4 dias, os pêssegos foram avaliados quanto à incidência de lanosidade, atividades das enzimas pectinolíticas. A taxa respiratória e a produção de etileno foram monitoradas durante 6 dias de amadurecimento. Os resultados mostraram que os tratamentos AM50 e AM60 tiveram efeito positivo na inibição do desenvolvimento de textura lanosa e reduziram a atividade da pectina metilesterase nos frutos maduros, mantendo a boa qualidade do pêssego 'Douradão' durante 28 dias de estocagem refrigerada. Os tratamentos Controle, AM30 e AM75 apresentaram maior incidência de lanosidade e não apresentaram condições de comercialização após 14 dias de armazenamento refrigerado.
Prunus persica; PEBD; lanosidade; síntese de etileno
