RESUMO
A polpa de pequi apresenta quantidade elevada de compostos bioativos, contudo, sua sazonalidade e alta perecibilidade limitam sua disponibilidade no mercado. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar as características físico-químicas, o conteúdo de compostos fenólicos e de carotenoides, e a capacidade antioxidante da polpa liofilizada de pequi, e avaliar sua estabilidade durante 180 dias de armazenamento, em diferentes embalagens. Os frutos de pequi foram despolpados, e a polpa foi triturada, liofilizada e acondicionada a vácuo em três embalagens diferentes: polietileno transparente, polietileno revestida com papel alumínio e laminada (bopp metalizado com pet). As amostras foram armazenadas em condições controladas de temperatura, umidade e luminosidade. Foram determinadas a composição centesimal, os teores de compostos fenólicos e carotenoides e a capacidade antioxidante (DPPH•), no início do estudo e ao final de cada mês, por 180 dias. A polpa liofilizada de pequi apresentou 48,87 g.100g-1 de lipídios; 6,17 g.100g-1 de proteína; 4,20 g.100g-1 de fibra alimentar total, e valor energético de 556,79 kcal.100g-1. A proteção à oxidação dos carotenoides pela ação da luz foi igualmente eficaz com o uso da embalagem de polietileno revestida com papel alumínio e da embalagem laminada. Observou-se correlação negativa entre concentração de compostos fenólicos e tempo de armazenamento, e capacidade antioxidante e o tempo de armazenamento; e positiva entre capacidade antioxidante e compostos fenólicos. As embalagens protegidas da luz reduziram a perda de carotenoides. A embalagem laminada se destacou por melhor preservar os compostos fenólicos e a capacidade antioxidante.
Termos para indexação
antioxidantes; Caryocar brasiliense; carotenoides; Cerrado; pequi
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