O fluxo de seiva poderia ser utilizado como parâmetro fisiológico para fomentar a irrigação de mudas cítricas em cultivo protegido pela estimação do consumo contínuo de água. Neste trabalho, reportam-se os primeiros resultados, indicando o uso potencial e as limitações iniciais do método de dissipação de calor para medição do fluxo de seiva em mudas cítricas em recipientes. Mudas de laranjeira-doce 'Valência' [Citrus sinensis (L.) Osbeck] enxertadas sobre limoeiro 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck) foram avaliadas por 30 dias, durante o verão. Sondas de dissipação de calor e sensores do tipo termopar foram construídos a partir de materiais prontamente disponíveis e de baixo custo para favorecer o acesso ao método por viveiristas. O fluxo de seiva apresentou alta correlação com a temperatura do ar dentro da estufa telada. Contudo, erros inerentes ao gradiente térmico natural e a injúrias nos tecidos do caule afetaram a precisão das medições. A transpiração estimada a partir da medição do fluxo de seiva foi quatro vezes maior do que a determinada por gravimetria. Microssondas adaptadas a plantas de porte reduzido, ajustes na calibração do método e uso de materiais atóxicos para isolamento térmico do conjunto devem ser futuramente investigados.
Citrus spp.; irrigação; produção protegida de mudas; propagação
