A citometria de fluxo vem se consolidando como metodologia para vários estudos de atividade celular e, nesse trabalho, ela foi empregada para avaliar as ações da fitohemaglutinina, dos alcalóides vimblastina e vindolina e dos extratos de Chamomilla recutita (L.) Rauschert, Bauhinia microstachya (Raddi) Machr. e Himatanthus lancifolius (Muell. Arg.) Woodson, conhecidos popularmente no Brasil como camomila, escada-de-macaco e agoniada, respectivamente, sobre a imunomodulação de células mononucleares humanas, comparando-se o desempenho obtido com as alterações morfológicas relacionadas à ativação e proliferação dessas células in vitro. Os resultados demonstram que foi possível identificar, pela metodologia proposta, os efeitos proliferativos estimulantes já descritos para a fitohemaglutinina e para o extrato de C. recutita, assim como para o extrato de B. microstachya, observado pela primeira vez nesse trabalho. A conhecida atividade inibitória da vimblastina sobre a proliferação de linfócitos induzida por fitohemaglutinina, em contraste como a ausência de efeitos da vindolina, também puderam ser evidenciadas. Efeito inibitório foi observado para o extrato de H. lancifolius devido à sua ação tóxica sobre o sistema. Os resultados apresentados sugerem que a citometria de fluxo pode ser usada como uma alternativa metodológica quando se deseja investigar a ação de substâncias puras ou de extratos de plantas sobre a imunomodulação de células mononucleares humanas.
Citometria de fluxo; imunomodulação; plantas medicinais; alcalóides indólicos; Chamomilla recutita; Bauhinia microstachya; Himatanthus lancifolius