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Atividade antiinflamatória do extrato aquoso de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. sobre o edema induzido por venenos de serpentes amazônicas

Anti-inflammatory activity of the aqueous extract of Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. on the self-induced inflammatory process from venoms amazonians snakes

O estudo investigou o efeito antiinflamatório do extrato aquoso da Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl., Bignoniaceae, popularmente conhecida como "crajiru", sobre o edema induzido por venenos de serpentes amazônicas dos gêneros Brothrops e Crotalus, em camundongos albinos, por via oral, intraperitoneal e subcutânea. O efeito anti-edematogênico foi avaliado pela medição do diâmetro dos coxins das patas posteriores, sendo medidos as 1, 3, 6, 12 e 24 horas, para B. atrox e 1, 3 e 6 horas para Crotalus durissus ruruima, e também avaliado por histopatologia. O estudo mostrou que o efeito inibitório do extrato aquoso para o gênero Bothrops, pelas vias subcutânea e intraperitoneal (12 horas) foi de 55,87% e 65,70%, respectivamente. Para o gênero Crotalus o efeito inibitório do extrato pela via subcutânea após 3 horas foi de 33,55% e após 6 horas de 79,81%. Pela via intraperitoneal após 3 horas foi de 48,02% e após 6 horas de 92,52%. Na análise histopatológica, o infiltrado de granulócitos e a miocitólise foram os efeitos inflamatórios inibidos mais significativamente. Os resultados sugerem a presença no extrato aquoso de A. chica de substâncias com atividade inibitória sobre os efeitos inflamatórios dos venenos das serpentes Bothrops atrox e Crotalus durissus ruruima.

Arrabidaea chica; Bignoniaceae; plantas medicinais; venenos; serpentes; atividade antiinflamatória


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