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Estudo farmacobotânico de partes vegetativas aéreas de Baccharis anomala DC., Asteraceae

Pharmacobotanical study of aerial vegetative parts of Baccharis anomala DC., Asteraceae

Resumos

O gênero Baccharis pertence à família Asteraceae e se destaca por incluir espécies medicinais. Baccharis anomala DC., conhecida como "uva-do-mato" e "cambará-de-cipó", é utilizada popularmente como diurético e estudos fitoquímicos constataram a presença de taninos e saponinas. Este trabalho objetivou realizar estudo farmacobotânico de folha e caule dessa espécie. O material foi submetido a microtécnicas fotônica e eletrônica de varredura usuais. A lâmina foliar possui epiderme uniestratificada revestida por cutícula delgada e estriada. Estômatos anomocíticos ocorrem somente na face abaxial. Em ambas as faces aparecem dois tipos de tricomas tectores pluricelulares unisseriados, um com ápice agudo e outro com célula apical flageliforme. O mesofilo é isobilateral e a nervura central é plano-convexa, sendo percorrida por um feixe vascular colateral. O pecíolo mostra três feixes vasculares que se dispõem em arco aberto. O caule tem secção circular e epiderme unisseriada, com tricomas similares aos da folha. Colênquima angular e clorênquima alternam-se no córtex e fibras perivasculares apõem-se ao floema. Evidencia-se uma zona cambial, cujas células formam xilema no sentido centrípeto e floema, centrifugamente, e a medula compõe-se de células parenquimáticas. Dutos secretores acompanham o sistema vascular na folha e no caule.

Asteraceae; Baccharis anomala; morfoanatomia


The genus Baccharis belongs to the family Asteraceae and includes medicinal species. Baccharis anomala DC., popularly known as "uva-do-mato" and "cambará-do-cipó" in Portuguese, is used as diuretic in folk medicine and phytochemical studies have demonstrated the presence of tannins and saponins. This work has aimed at studying the macro and microscopic aspects of the leaf and stem of this species. The botanical material was prepared according to standard light and scanning microtechniques. The leaf blade has uniseriate epidermis coated with a thin and striate cuticle. Anomocytic stomata are encountered on the abaxial surface. On both sides there are two types of non-glandular trichomes. They are multicellular and uniseriate, one type ending with an acute apical cell and the other with a flagelliform cell. The mesophyll is isobilateral and the midrib is plain-convex, being traversed by one collateral vascular bundle. The petiole shows three collateral vascular bundles arranged in open arc. The stem exhibits circular cross-section and uniseriate epidermis, with trichomes similar to those of the leaf. Angular collenchyma and chlorenchyma alternate in the cortex and perivascular fibres adjoin the phloem. The cambial zone is evident and the phloem is formed outwards and the xylem inwards. The pith is parenchymatic. Secretory ducts are associated with the vascular system in the leaf and stem.

Asteraceae; Baccharis anomala; morpho-anatomy


ARTIGO

Estudo farmacobotânico de partes vegetativas aéreas de Baccharis anomala DC., Asteraceae

Pharmacobotanical study of aerial vegetative parts of Baccharis anomala DC., Asteraceae

Jane M. Budel* * E-mail: janemanfronb@uol.com.br, Tel. +55-41-33614302 ; Márcia R. Duarte

Laboratório de Farmacognosia, Universidade Federal do Paraná, Av. Pref. Lothário Meissner, 632, Jardim Botânico, 80210-170 Curitiba-PR, Brasil

RESUMO

O gênero Baccharis pertence à família Asteraceae e se destaca por incluir espécies medicinais. Baccharis anomala DC., conhecida como "uva-do-mato" e "cambará-de-cipó", é utilizada popularmente como diurético e estudos fitoquímicos constataram a presença de taninos e saponinas. Este trabalho objetivou realizar estudo farmacobotânico de folha e caule dessa espécie. O material foi submetido a microtécnicas fotônica e eletrônica de varredura usuais. A lâmina foliar possui epiderme uniestratificada revestida por cutícula delgada e estriada. Estômatos anomocíticos ocorrem somente na face abaxial. Em ambas as faces aparecem dois tipos de tricomas tectores pluricelulares unisseriados, um com ápice agudo e outro com célula apical flageliforme. O mesofilo é isobilateral e a nervura central é plano-convexa, sendo percorrida por um feixe vascular colateral. O pecíolo mostra três feixes vasculares que se dispõem em arco aberto. O caule tem secção circular e epiderme unisseriada, com tricomas similares aos da folha. Colênquima angular e clorênquima alternam-se no córtex e fibras perivasculares apõem-se ao floema. Evidencia-se uma zona cambial, cujas células formam xilema no sentido centrípeto e floema, centrifugamente, e a medula compõe-se de células parenquimáticas. Dutos secretores acompanham o sistema vascular na folha e no caule.

Unitermos: Asteraceae, Baccharis anomala, morfoanatomia.

ABSTRACT

The genus Baccharis belongs to the family Asteraceae and includes medicinal species. Baccharis anomala DC., popularly known as "uva-do-mato" and "cambará-do-cipó" in Portuguese, is used as diuretic in folk medicine and phytochemical studies have demonstrated the presence of tannins and saponins. This work has aimed at studying the macro and microscopic aspects of the leaf and stem of this species. The botanical material was prepared according to standard light and scanning microtechniques. The leaf blade has uniseriate epidermis coated with a thin and striate cuticle. Anomocytic stomata are encountered on the abaxial surface. On both sides there are two types of non-glandular trichomes. They are multicellular and uniseriate, one type ending with an acute apical cell and the other with a flagelliform cell. The mesophyll is isobilateral and the midrib is plain-convex, being traversed by one collateral vascular bundle. The petiole shows three collateral vascular bundles arranged in open arc. The stem exhibits circular cross-section and uniseriate epidermis, with trichomes similar to those of the leaf. Angular collenchyma and chlorenchyma alternate in the cortex and perivascular fibres adjoin the phloem. The cambial zone is evident and the phloem is formed outwards and the xylem inwards. The pith is parenchymatic. Secretory ducts are associated with the vascular system in the leaf and stem.

Keywords: Asteraceae, Baccharis anomala, morpho-anatomy.

INTRODUÇÃO

A ordem Asterales compreende nove famílias, das quais Asteraceae é uma das mais importantes como fonte de espécies vegetais de valor medicinal (Di Stasi et al., 2002). Entre os gêneros que se destacam nessa família está Baccharis, que compreende cerca de 400 espécies amplamente distribuídas, desde os Estados Unidos à Argentina (Judd et al., 1999). Este grupo se destaca na medicina popular do Brasil e em outros países da América do Sul (Budel et al., 2005; Verdi et al., 2005; Agra et al., 2007; 2008).

Nesse sentido, muitos trabalhos comprovando a ação farmacológica de extratos de Baccharis têm sido investigados para diversas espécies, como as atividades antimicrobiana (Avancini et al., 2000; Cobos et al., 2001; Feresin et al., 2001, 2003; Ferronatto et al., 2007), anti-HIV (Sanchez-Palomino et al., 2002), espasmolítica (Rojas et al., 1999; Weimann et al., 2002), gastroprotetora e anti-diarréica (Gamberini et al., 1991; Baggio et al., 2003; Vidari et al., 2003; Ruiz et al., 2008) antiinflamatória (Cifuente et al., 2001; Abad et al., 2006) e antidiabética, (Januário et al., 2004; Oliveira et al., 2005).

Baccharis anomala DC., conhecida como uva-do-mato (Alice et al., 1985) e cambará-de-cipó (Barroso & Bueno, 2002), de sinonímia Pingraea anomala (DC.) F.H. Hellwig (Giuliano, 2001), pertence ao grupo Anomala (Barroso, 1976) e à seção Trinervatae DC. (Giuliano, 2001). Ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul e vai até Argentina, Uruguai e Paraguai. O grupo Anomala e a seção Trinervatae são representados por arbustos escandentes, pilosos ou glabros e apresentam como espécies comuns B. anomala, B. trinervis Pers., B. rhexioides Kunth e B. flexuosa Baker. As partes aéreas de B. anomala são utilizadas popularmente como diurético e estudos fitoquímicos constataram a presença de saponinas e taninos (Alice et al., 1985). Estes, de um modo geral têm demonstrado atividade antioxidante, antimutagênica e anticarcinogênica (Kada et al., 1985).

Considerando que B. anomala apresenta potencial terapêutico para tornar-se um medicamento fitoterápico, objetivou-se estudar a morfologia externa e a anatomia das partes vegetativas aéreas de B. anomala, com a finalidade de obter dados referentes à identificação e à diferenciação dessa espécie das demais Baccharis, além de fornecer dados farmacognósticos ao grupo Anomala e à seção Trinervatae.

MATERIAL E MÉTODOS

Amostras de B. anomala foram coletadas em dezembro de 2003 na Fazenda São Maximiano, situada na região da Serra do Sudoeste, em Guaíba, Rio Grande do Sul (30º 10' S e 51º 20' W, 27m). Foi realizada a confecção da exsicata, que foi identificada por taxonomista e se encontra depositada no Instituto de Ciências Naturais (ICN) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob o número ICN 53478.

O material botânico foi fixado em solução de FAA 70 (Johansen, 1940) e armazenados em álcool etílico a 70% (Berlyn & Miksche, 1976). Lâminas semipermanentes foram preparadas com o material seccionado nos sentidos transversal e longitudinal, à mão livre, e submetido à coloração de azul de astra e fucsina básica (Roeser, 1972) ou de azul de toluidina (O'Brien et al., 1964).

Empregando-se o material previamente fixado e armazenado em álcool etílico a 70%, as lâminas permanentes foram preparadas utilizando a técnica de inclusão em glicol metacrilato (Feder & O'Brien, 1968). O material foi seccionado no plano transversal em micrótomo, obtendo-se cortes de 7 a 9 µm. Os cortes foram hidratados, distendidos em lâminas e secos em mesa térmica a 40 ºC. Para coloração empregou-se azul de astra e fucsina básica (Brito & Alquini, 1996).

Para a pesquisa microquímica foram utilizados os seguintes reativos: solução de floroglucina clorídrica para verificação de lignina (Foster, 1949), Sudan III para compostos lipofílicos (Sass, 1951), cloreto férrico para compostos fenólicos (Johansen, 1940), lugol para amido (Berlyn & Miksche, 1976) e ácido sulfúrico para verificação da natureza química dos cristais (Oliveira & Akisue, 1991).

A microscopia eletrônica de varredura da superfície foliar e caulinar foi realizada em alto vácuo e para tal procedimento, as amostras foram desidratadas em série etanólica crescente e pelo ponto crítico de CO2 e, após montagem em suporte, submetidas à metalização com ouro (Souza, 1998).

RESULTADOS

A análise morfológica mostrou que B. anomala (Fig. 1A) é um arbusto lianoso, em que o caule apresenta cerca de 0,5-2 cm de diâmetro e as folhas são ovadas, com ápice agudo e margens denteadas, trinérvias, pecioladas, com aproximadamente 3-4cm de comprimento e cerca de 2-4 cm de largura.




A análise anatômica da lâmina foliar, em secção transversal, evidenciou epiderme uniestratificada com células alongadas no sentido periclinal (Figs. 2B, 2F). Em vista frontal, o revestimento epidérmico apresentou formato sinuoso com paredes anticlinais relativamente delgadas, em ambas as faces (Fig. 2A). Na região da nervura o contorno das células mostrou-se poligonal (Fig. 1F). A cuticula evidenciou-se delgada com ornamentação levemente estriada (Figs. 1C, 2C). A folha apresenta estômatos do tipo anomocítico (Fig. 2A) apenas na face abaxial, e estes se localizam no mesmo nível ou ligeiramente acima das demais células epidérmicas (Figs. 2B, 2C).




Tricomas tectores pluricelulares unisseriados, formados por cerca de 5 células, de ápice agudo (Figs. 1B, 1D, 1F) e tricomas tectores pluricelulares unisseriados, com base formada por cerca de 5 células e com célula apical flageliforme (Figs. 1C, 1E ) podem ser observados em B. anomala. Esses anexos epidérmicos são vistos em ambas as faces, entretanto, são mais numerosos na face abaxial.

O mesofilo tende a isobilateral, sendo constituído pelo parênquima paliçádico atípico, com células relativamente curtas, dispostas em aproximadamente 2-3 estratos, e pelo parênquima esponjoso formado por cerca de 3 camadas (Fig. 2F).

Na região mediana do mesofilo feixes vasculares colaterais de pequeno porte (Fig. 2F) são envoltos por bainha parenquimática, e eventualmente podem estar associados a dutos secretores que se encontram próximo ao floema.

Em secção transversal, a nervura central mostra formato praticamente plano-convexo. A epiderme uniestratificada é revestida por cutícula estriada e, subjacentemente, o clorênquima se interrompe e são encontradas 2-3 camadas de colênquima anelar-angular em ambas as faces (2D).

No parênquima fundamental pode ser observado um feixe vascular único do tipo colateral. Junto ao floema e freqüentemente ao xilema ocorre uma calota de fibras perivasculares. Os elementos traqueais do xilema estão distribuídos em fileiras. Adicionalmente, próximos ao floema são encontrados dutos secretores (Fig. 2D).

O pecíolo, em secção transversal, possui contorno côncavo-convexo. A epiderme apresenta as mesmas características observadas na folha. O colênquima é do tipo angular, apresentando-se em faixas contínuas de 2-3 séries de células. Embebidos no parênquima fundamental ocorrem 3 feixes vasculares colaterais (Fig. 2E), que se dispõem em formato de arco aberto. Notam-se dutos junto ao floema.

O caule apresenta a epiderme com as mesmas características observadas na folha (Figs. 3A-3C). Em secção transversal, este, mostra-se circular e adjacentemente à epiderme, colênquima anelar-angular e clorênquima alternam-se no córtex (Figs. 3A, 3B).


Encontra-se uma camada de células parenquimáticas relativamente maiores com paredes impregnadas de substâncias lipofílicas. Nas proximidades desta, em direção aos feixes vasculares, dutos secretores, de epitélio unisseriado, formado de 5-10 células, são observados (Fig. 3C). Aposto ao floema aparece uma calota de fibras esclerenquimáticas (Figs. 3B, 3C). A zona cambial é representada por células que formam xilema no sentido centrípeto e floema, centrifugamente (Figs. 3A, 3B). A medula possui parênquima com células relativamente grandes e de paredes delgadas (Figs. 3A, 3B).

DISCUSSÃO

As características morfológicas externas estão de acordo com as informações referentes à espécie (Barroso, 1976; Barroso & Bueno, 2002). O contorno das células epidérmicas, em vista frontal, encontrados em B. anomala concorda com o constatado para B. trimera (Farmacopéia Brasileira, 2003), mas não para a maioria das espécies do gênero, que apresentam contorno poligonal (Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000; Alquini & Takemori, 2000; Budel et al., 2003a,b; Budel et al., 2004a, b)

A ornamentação cuticular e a presença de estômatos anomocíticos estão em correspondência com o padrão observado para a maioria das espécies do gênero Baccharis (Jorge et al., 1991; Sá & Neves, 1996; Oliveira & Bastos, 1998; Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000; Alquini & Takemori, 2000; Budel et al., 2003a,b; Budel et al., 2004a,b).

Quando o fármaco se apresenta fragmentado ou pulverizado, a descrição dos tricomas constitui característica de grande valia na identificação do fármaco (Oliveira et al., 1993). Segundo Werker (2000), tricomas tectores são diferentes na anatomia e na microestrutura, contudo são basicamente distintos pela morfologia. No estudo em questão, B. anomala apresentou tricomas tectores pluricelulares unisseriados formados por cerca de 5 células com ápice agudo e tricomas tectores pluricelulares unisseriados com pedicelo formado por cerca de 5 células e com célula apical flageliforme. Tricomas semelhantes foram descritos para B. anomala por Barroso (1976). Muitas espécies de Baccharis evidenciam tricomas tectores pluricelulares unisseriados com base formada de 2-8 células, diferindo quanto à morfologia da célula apical, que pode ser medianamente alongada até assumir a forma de chicote (Ariza-Espinar, 1973; Sá & Neves, 1996; Chicourel et al., 1997; Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000; Budel et al., 2004b).

Ariza-Espinar (1973) relata que as cavidades secretoras em espécies de Baccharis originam da endoderme. Adicionalmente, Pagni & Masini (1999) afirmam que em muitos membros de Asteraceae os dutos estão freqüentemente relacionados com a endoderme. Entretanto, quando estão próximo ao floema, os dutos secretores estão associados com o sistema vascular. Nesse aspecto, B. anomala evidencia dutos secretores associados aos feixes vasculares, característica amplamente relatada em diversas espécies do gênero (Ariza-Espinar, 1973; Sá & Neves, 1996; Oliveira & Bastos, 1998; Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000; Budel et al., 2003a,b; Budel et al., 2004a,b).

A endoderme é freqüente em caule e raiz de Asteraceae e normalmente se apresenta como uma camada contínua e unisseriada, e em Baccharis não apresenta estrias de Caspary (Ariza-Espinar, 1973). Uma bainha parenquimática, com paredes impregnadas de compostos lipofílicos, delimita internamente a região cortical de B. anomala. Nas proximidades desta, observam-se dutos secretores, relatados também para várias espécies do gênero (Ariza-Espinar, 1973; Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000; Budel et al., 2003a,b, 2004a,b).

Cristais de oxalato de cálcio são amplamente relatados em Baccharis, a saber: em B. articulata (Ariza-Espinar, 1973; Cortadi et al., 1999; Ortins & Akisue, 2000), B. crispa (Cortadi et al., 1999; Budel et al., 2004b), B. gaudichaudiana (Budel et al., 2003a), B. myriocephala (Sá & Neves, 1996) e B. trimera (Cortadi et al., 1999; Farmacopéia Brasileira IV, 2003). Nakata (2003) relata que o crescimento da planta e a baixa concentração de cálcio podem influenciar na quantidade de cristais presentes. Divergindo da constatação geral para o gênero, neste trabalho não foram encontrados.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao taxonomista Prof. Dr. N.I. Matzenbacher pela identificação da espécie e ao Centro de Microscopia Eletrônica da Universidade Federal do Paraná pelas eletromicrografias.

Recebido 1 Outubro 2008

Aceito 2 Novembro 2008

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      09 Mar 2009
    • Data do Fascículo
      Dez 2008

    Histórico

    • Aceito
      02 Nov 2008
    • Recebido
      01 Out 2008
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