CONTEXTUALIZAÇÃO:
Afecções dolorosas podem acometer a criança e o adolescente, gerando sofrimento e importante demanda aos serviços de saúde.
OBJETIVO:
Identificar a prevalência de dor musculoesquelética e sua relação com idade, sexo, Índice de massa corporal (IMC), forma de carregar o material escolar, posturas utilizadas nas atividades da vida diária (AVDs), realização de exercícios físicos orientados fora do ambiente escolar e alterações posturais.
MÉTODO:
Pesquisa de campo com delineamento transversal e caráter exploratório, com amostra de conveniência de 262 escolares de seis a 12 anos (137 mulheres), realizada com questionário contendo dados pessoais, presença e localização de dor, meio de locomoção, forma de carregar material escolar e posturas adotadas nas AVDs. A avaliação postural ocorreu por análise observacional. Na análise descritiva, usou-se números brutos e porcentagens. Na estatística inferencial, a comparação da idade segundo a presença de dor foi realizada pelo Teste de Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui-quadrado.
RESULTADOS:
A presença de dor musculoesquelética foi relatada por 51,1% dos escolares e 38,93% apresentaram dor em uma região. As regiões mais acometidas foram pernas, coluna, braços e ombros. Verificou-se que a dor aumentou com a idade e com a prática de atividade física.
CONCLUSÕES:
Na amostra, 51,1% dos estudantes relataram dor, sendo que 38,93% reportaram dor em somente uma região. Não houve associação entre presença de dor e sexo, IMC, forma de carregar o material escolar, posturas nas AVDs e alterações posturais. O aumento da idade e a prática de exercícios físicos influenciaram significativamente a presença da dor.
fisioterapia; criança; dor; movimento; postura