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Efeitos agudos da ventilação mecânica com hiperoxia na morfometria do diafragma de ratos

CONTEXTUALIZAÇÃO: A asssistência ventilória mecânica (AVM) prolongada associada a altas frações de oxigênio produz impacto negativo na função diafragmática. No entanto, não são claros os efeitos agudos da AVM associada a altas frações de oxigênio em pulmões aparentemente sadios. OBJETIVO: Analisar os efeitos agudos da ventilação mecânica com hiperóxia na morfometria do diafragma de ratos. Métodos: Estudo experimental prospectivo, com nove ratos Wistar, com peso de 400±20 g, randomizados em dois grupos: controle (n=4), anestesiados, traqueostomizados e mantidos em respiração espontânea em ar ambiente por 90 minutos e experimental (n=5), também anestesiados, curarizados, traqueostomizados e mantidos em ventilação mecânica controlada pelo mesmo tempo. Foram submetidos à toracotomia mediana para coleta da amostra das fibras costais do diafragma que foram seccionadas a cada 5 μm e coradas pela hematoxilina e eosina para o estudo morfométrico. Para a análise estatística, foi utilizado o teste t de Student não pareado, com nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: Não foram encontrados sinais indicativos de lesão muscular aguda, porém observou-se dilatação dos capilares sanguíneos no grupo experimental. Os dados morfométricos do diâmetro transverso máximo da fibra muscular costal foram em média de 61,78±17,79 µm e de 70,75±9,93 µm (p=0,045) nos grupos controle e experimental respectivamente. CONCLUSÃO: A ventilação mecânica de curta duração com elevada concentração de O2 produziu marcantes alterações microvasculares e musculares, podendo refletir o início do processo inflamatório.

ventilação mecânica; hiperóxia; análise morfométrica; diafragma; ratos


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