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Recuperação de atributos sísmicos utilizando a migração para afastamento nulo

O processamento convencional, sem um tratamento adequado de preservação de amplitude, mascara ou até inviabiliza o mapeamento de propriedades petrofísicas, prejudicando a correlação entre o dado sísmico e a informação de perfil. Uma forma de estimar corretamente as amplitudes e, por conseqüência, os coeficientes de reflexão nas interfaces sísmicas, é efetuar uma migração pré-empilhamento em verdadeira amplitude, onde a distorção das amplitudes devido ao espalhamento geométrico ao longo do raio de reflexão é compensado pela operação de migração. Entretanto, esse processo tem um custo elevado, sendo também dependente do modelo de velocidades utilizado. Uma rotina menos dispendiosa e mais estável em relação a erros no modelo de velocidade, consiste na transformação da seção sísmica obtida com a geometria de aquisição no afastamento comum em seções simuladas de afastamento nulo em amplitude verdadeira. A operação de transformação de uma seção sísmica de afastamento constante para a sua correspondente em afastamento nulo recebe o nome de migração para afastamento nulo em verdadeira amplitude (TA MZO). No caso de um meio com velocidade constante, a curva de empilhamento do MZO e a função peso se reduzem a fórmulas analíticas, minimizando o esforço computacional. O trabalho em questão tem dois objetivos principais: o primeiro é verificar a eficácia do algoritmo de TA MZO para velocidade constante em um modelo sintético com geologia complexa baseado em um reservatório turbidítico brasileiro de idade Neo-Albiana, onde a hipótese de velocidade constante é desrespeitada. O segundo objetivo é a realização de estudos quantitativos referentes à obtenção de amplitudes resultantes da aplicação da rotina descrita acima, bem como avaliar sua utilização para a construção de gráficos de amplitude com o afastamento (AVO) e com o ângulo (AVA) em interfaces relevantes para a caracterização de reservatórios.

afastamento; sísmica; migração; coeficiente


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