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Estudos de derivas ionosféricas por meio de ionossondas digitais

Ionospheric drift studies by digital ionosondes

Estudos de derivas ionosféricas por meio de ionossondas digitais

Fernando Celso Perin Bertoni

Dissertação de Mestrado em Geofísica Espacial, orientada pela Dra. Inez Staciarini Batista e pelo Dr. Mangalathayil Ali Abdu, aprovada em 25 de setembro de 1998.

Utilizaram-se as ionossondas digitais DGS256 (Digissonda), em São Luís (MA) (2,30S; 4200) e Canadian Advanced Digital Ionosonde (CADI), em Fortaleza (CE) (40S; 3800), ambos os instrumentos situados em localidades da região equatorial brasileira, para estudar as derivas do plasma ionosférico sobre essas regiões. Procurou-se discutir a validação do seu uso, por meio de comparação dos resultados apresentados por esses instrumentos, com os encontrados na literatura, visando uma opção a mais em termos de instrumentação, para posterior desenvolvimento de pesquisas a respeito das derivas da ionosfera sobre essas regiões brasileiras. Observou-se que a componente vertical da velocidade de deriva ionosférica apresentada pela DGS256, não concordou inteiramente com aquela exibida pelo radar de espalhamento incoerente de Jicamarca, devido às diferenças instrumentais. Enquanto que o radar mede a deriva eletromagnética, a DGS256 mede a deriva aparente. Entretanto, a componente vertical de velocidade de deriva sobre São Luís exibe um aumento pró-inversão, após o pôr-do-Sol bem conhecido em latitudes equatoriais. A componente zonal da DGS256 apresentou boa concordância com a do radar de Jicamarca. A comparação dos resultados de deriva vertical obtidos tanto com a DGS256 como com a CADI, demonstraram concordância entre si, somente em algumas faixas de horário, tal concordância levou a acreditar que as medidas efetuadas por esses dois instrumentos poderiam estar certas. Foram cogitadas hipóteses com relação a condições especificas da configuração dos campos elétricos da região F ionosférica, para explicar tanto a concordância como a discordância entre as curvas de componentes vertical e zonal de deriva ionosférica obtidas com ambos os instrumentos.

Ionospheric drift studies by digital ionosondes-The ionospheric plasma drifts over the Brazilian region were studied using data from the digital ionosondes DGS256, at São Luís (MA) (2,30S; 420W) and CADI (Canadian Advanced Digital lonosonde), at Fortaleza (CE) (40S; 380W), both instruments located at equatorial region. In order to validate the use of those instruments to measure ionospheric plasma drifts, we made intercomparison of the results of both instruments, and comparison with previous results available in the literature, as well, seeking for one more instrumentation option, for future ionospheric drift research development over those Brazilian regions. It was observed that ionospheric vertical drift velocity measured by DGS256 did not totally agree with that exhibited by Jicamarca's incoherent scatter radar due to instrumental differences. The drift measured by the radar is the electromagnetic drift while the DGS256 measures the apparent drift. However the pre-reversal enhancement that is a well known characteristic of the vertical drift velocity at equatorial latitudes after sunset, is also observed on DGS256 drifts over São Luís. The zonal drift provided by DGS256 agrees well with that obtained by the Jicamarca's radar. The comparison between DGS256 and CADI vertical drift velocities shows good agreement during some time periods and under certain magnetic activity conditions. The results are discussed in terms of the variability of the low latitude electric fields and the differences between quiet and disturbed conditions.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Dez 2000
  • Data do Fascículo
    Nov 1999
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