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Aplicabilidade da Escala de Risco Anticolinérgico em idosos hospitalizados

Resumo

Objetivo:

definir a aplicabilidade da Escala de Risco Anticolinérgico (ARS) pelo grau de risco anticolinérgico, como indicador de risco de delirium em idosos hospitalizados.

Método:

análise de prontuários ao término da internação de idosos hospitalizados em leitos de clínica médica de hospital de ensino pela ARS. Traduziu-se e adaptou-se a ARS aos medicamentos em uso no Brasil. Utilizou-se a versão traduzida e validada por Fabbri et al. do Confusion Assessment Method (CAM) para o diagnóstico clínico de delirium. Dividiu-se a casuística por sexo e por idade para análise dessas variáveis quanto ao uso de medicamentos anticolinérgicos pela ARS e a associação com delirium.

Resultados

: foram analisados os prontuários de 123 idosos com idade média de 72,7 (±9,2) anos. Consumo médio de 6,1 (±3,0) medicamentos não listados na ARS (alguns com ação anticolinérgica como Ipratrópio e Escopolamina) e de 0,9 (±0,6) listados (Metoclopramida, Ranitidina, Atropina, Haloperidol e Risperidona). Pontuação ≥3 em quatro idosos (3,3% do total de casos). Observou-se delirium em 27 pacientes (21,9% do total), nenhum deles com mais de 2 pontos na ARS. Não houve significância estatística na associação entre delirium em relação ao sexo e a idade.

Conclusão:

a pontuação média da ARS foi baixa na população estudada, não se correlacionando ao delirium. A ARS não abrange todos os anticolinérgicos, merecendo este estudo desdobramento em enfermaria geriátrica para efeito comparativo.

Palavras-chave:
Idoso; Antagonistas Colinérgicos; Preparações Farmacêuticas; Medicamentos; Doença Iatrogênica.

Abstract

Objective:

to define the applicability of the Anticholinergic Risk Scale (ARS) as a risk indicator of delirium in hospitalized elderly persons.

Method:

the medical records of elderly patients hospitalized in the medical wards of a teaching hospital were analyzed with the ARS, translated and adapted for medicines used in Brazil. The version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the clinical diagnosis of delirium translated and validated by Fabbri et al. was used. Individuals aged ≥60 years were included in the evaluation of drug use. The sample was divided by gender and age to analyze the effect of these variables on the use of anticholinergic drugs based on the ARS, and association with delirium.

Results:

123 elderly persons, 47 men and 76 women, with a mean age of 72.7(±9.2) years were included. The average consumption of drugs not listed in the ARS (some with anticholinergic action as Ipratropium and Scopolamine) was 6.1(±3.0) and the average number of drugs used listed in the ARS (Metoclopramide, Ranitidine, Atropine, Haloperidol and Risperidone) was 0.9±0.6. Four elderly persons had a score ≥3 (3.3% of total cases). Delirium was observed in 27 patients (21.9% of the total), none of whom scored more than two ARS points. There was no statistical significance regarding gender, age and delirium.

Conclusion:

the average score of the ARS was low among this population, and did not correlate with delirium. The ARS does not cover all anticholinergics, meaning this study should be repeated in a geriatric ward for comparison.

Keywords:
Elderly; Cholinergic Antagonists; Pharmaceutical Preparations; Iatrogenic Disease.

INTRODUÇÃO

Medicamentos anticolinérgicos frequentemente provocam efeitos adversos em idosos11 Fox C, Richardson K, Maidment ID, Savva GM, Matthews FE, Smithard D, et al. Anticholinergic medication use and cognitive impairment in the older population: the Medical Research Council Cognitive Function and Ageing Study. J Am Geriatr Soc 2011;59(8):1477-83.

2 Wilson NM, Hilmer SN, March LM, Cameron ID, Lord SR, Seibel MJ, et al. Associations between drug burden index and falls in older people in residential aged care. J Am Geriatr Soc 2011;59(5):875-80.

3 Gerretsen P, Pollock BG. Drugs with anticholinergic properties: a current perspective on use and safety. Expert Opin Drug Saf 2011;10(5):751-65.
-44 Campbell N, Boustani M, Limbil T, Ott C, Fox C, Maidment I, et al. The cognitive impact of anticholinergics: a clinical review. Clin Interv Aging 2009;4:225-33.. No entanto, fazem parte da terapêutica medicamentosa em várias situações e doenças, como incontinência urinária e doença de Parkinson, comuns nesse segmento etário33 Gerretsen P, Pollock BG. Drugs with anticholinergic properties: a current perspective on use and safety. Expert Opin Drug Saf 2011;10(5):751-65.. Como prescrever esses medicamentos com o menor risco iatrogênico em idosos?

Rudolph et al.55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. desenvolveram a Escala de Risco Anticolinérgico (ARS) baseada em publicações sobre medicamentos e farmacologia do envelhecimento, buscando criar uma ferramenta simples para estimar o risco de efeitos colaterais por anticolinérgicos. A ARS é dividida em quatro grupos de fármacos pontuados de 0 a 3 (nenhum ou efeito limitado; moderado; forte; muito forte, respectivamente), sendo o risco proporcional à soma dos pontos dos medicamentos utilizados pelo paciente; considerando risco grave a somatória final maior ou igual a 3.

A metodologia da ARS55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. envolveu três revisões independentes (um geriatra e dois farmacologistas) dos 500 medicamentos mais prescritos pelo Veterans Affairs Boston Health Care System, onde identificaram os fármacos com potencial conhecido de desenvolver efeitos colaterais anticolinérgicos. Apresentações tópicas, oftalmológicas, otológicas e inalatórias foram excluídas dessa análise. Definiram a inclusão dos medicamentos na ARS e sua pontuação de risco anticolinérgico baseados em três revisões: a) Programa de busca de drogas psicoativas KiBank data base 18 do National Institute of Mental Health: para determinar a constante de dissociação (pKi) para o receptor colinérgico; b) Microdex: revisão baseada em evidências dos medicamentos registrados no Food and Drug Administration (FDA) para definir as taxas de eventos adversos anticolinérgicos comparadas com as de placebo e; c) Medline: busca ativa de literatura relacionada a efeitos adversos anticolinérgicos. A classificação dos medicamentos em escala de 0 a 3, quanto ao efeito anticolinérgico baseou-se na inclusão do fármaco nas três análises e no acordo entre os pesquisadores quanto ao potencial anticolinérgico de cada droga isoladamente.

Justifica-se assim o presente estudo, pois este trabalho pretende responder a seguinte pergunta: a ARS seria de utilidade prática para avaliação de idosos internados em enfermaria de clínica médica quanto ao risco de iatrogenia medicamentosa por fármacos de ação anticolinérgica e/ou a associação desse grupo medicamentoso com o diagnóstico clínico de delirium, visto que a associação desse estado de confusão mental aguda com fármacos de ação anticolinérgica é frequente?

O objetivo deste estudo relacionou-se a avaliar a aplicabilidade da ARS, pelo grau de risco anticolinérgico, como indicador de risco de delirium em idosos hospitalizados em enfermaria de clínica médica de hospital de ensino.

MÉTODO

Análise de prontuários ao término da internação de idosos hospitalizados em leitos de clínica médica de hospital de ensino pela ARS55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. adaptada à farmacopeia brasileira (Quadro1). Fez-se a tradução para o português e a adaptação da ARS aos medicamentos em uso no Brasil para a realização do presente estudo, cujo objetivo primário foi o de verificar sua praticidade na realidade brasileira. Utilizaram-se os grupos de fármacos com pontuação de 1 a 3 (efeito moderado, forte e muito forte, respectivamente) e considerou-se risco grave a somatória final de pontos maior ou igual a 3 (Quadro 1).

Quadro 1
Medicamentos comercializados no Brasil e relacionados na Escala de Risco Anticolinérgico (Rudolph et al.55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13.). São Paulo, SP, 2012.

Foram incluídos nesta pesquisa os pacientes em uso de medicamentos, em internação hospitalar e com idade maior ou igual a 60 anos. Estabeleceu-se o diagnóstico clínico de delirium pela versão em português do Confusion Assessment Method (CAM) traduzida e validada por Fabbri et al.1212 Fabbri RM, Moreira MA, Garrido R, Almeida OP. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq Neuropsiquiatr 2001;59(2A):175-19. e utilizado rotineiramente na prática clínica brasileira desde sua publicação em 2001. Classificou-se os casos positivos pelos subtipos motores do delirium1313 Meagher D, Moran M, Raju B, Leonard M, Donnelly S, Saunders J, et al. A new data-based motor subtype schema for delirium. J Neuropsychiatry Clin Neurosci 2008;20(2):185-93.: a) delirium hiperativo: Evidência definida nas 24 horas anteriores ao diagnóstico com pelo menos dois desses sintomas: Atividade motora quantitativamente aumentada, perda do controle da atividade, inquietação, perambulação; b) delirium hipoativo: Evidência definida nas 24 horas anteriores ao diagnóstico com pelo menos dois desses sintomas: Atividade reduzida significativamente, velocidade diminuída dos movimentos, baixa atenção com o ambiente circunvizinho, fala reduzida significativamente, velocidade diminuída da fala, indiferença, agilidade reduzida; c) delirium misto: Evidência dos dois subtipos anteriores (hiper e hipoativo) nas 24 horas anteriores; d) delirium não motor: Ausência dos sintomas listados em a e b que definem os subtipos hiperativo e hipoativo nas 24 horas anteriores.

Considerando-se que delirium é uma síndrome de causa orgânica e multifatorial, não necessariamente de fácil determinação etiológica, optou-se pela não discriminação dos pacientes quanto ao grau de gravidade, agudização ou disfunção cognitiva prévia. Permitiu-se assim a utilização do diagnóstico sindrômico de delirium de forma genérica para se ater à proposta básica deste estudo, ou seja, determinar o grau de impacto do uso de medicamentos com potencial anticolinérgicos em pacientes com o diagnóstico de delirium pelo CAM1212 Fabbri RM, Moreira MA, Garrido R, Almeida OP. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq Neuropsiquiatr 2001;59(2A):175-19. na presente casuística.

Os prontuários e os pacientes da presente casuística (idosos internados em leitos de clínica médica de um hospital de ensino) sofreram análise conjunta dos dois autores deste estudo (médicos geriatras), sequencialmente, às internações durante o ano de 2011.

Tendo em vista que a população de idosos hospitalizados forma o grupo de maior risco de iatrogenias medicamentosas, considerou-se a presente casuística como amostra por conveniência. Isto decorreu também da maior acessibilidade a esse grupo de pacientes, sua facilidade operacional e baixo custo. Assumindo o presente estudo como piloto dessa linha de pesquisa, aceitou-se o risco sobre o menor potencial de generalizações dos resultados baseados nesse método de pesquisa, mas de utilidade prática na instituição onde foi realizado.

A análise estatística utilizou o Teste qui-quadrado (Teste de Yates corrigido ou Teste exato de Fisher), dividindo a casuística entre homens e mulheres com o propósito de análise do sexo em relação ao uso de medicamentos anticolinérgicos pela ARS e a associação com delirium e por idade (< e ≥80 anos) com igual propósito de análise, relacionando faixa de idade (idosos e muito idosos) com o uso de medicamentos anticolinérgicos pela ARS e com o diagnóstico de delirium. Considerando-se as prescrições de 120 idosos e valores da ARS ≥3 entre 5,0 e 2,5% da população estudada, estimou-se que a casuística entre 105 e 109 internados apresentaria valor significativo quanto aos resultados.

O presente estudo faz parte do projeto n° 418/08 aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, instituição onde o estudo foi realizado.

RESULTADOS

Analisaram-se prontuários de 123 idosos (47 homens e 76 mulheres), idade média de 72,7 (±9,2) anos. Consumo médio de 6,1(±3,0) medicamentos não listados na ARS55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. (alguns com ação anticolinérgica como Ipratrópio e Escopolamina)1414 Carrière I, Fourrier-Reglat A, Dartigues JF, Rouaud O, Pasquier F, Ritchie K, et al. Drugs with anticholinergic properties, cognitive decline, and dementia in an elderly general population: the 3-city study. Arch Intern Med 2009 jul;169(14):1317-24.,1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3. e de 0,9 (±0,6) listados: 1) Metoclopramida: em 80 prontuários, utilizados sintomaticamente; 2) Ranitidina: em 21 prontuários; 3) Atropina: em três prontuários; 4) Haloperidol: em três prontuários; 5) Risperidona: em um prontuário.

Medicamentos utilizados de forma sintomática foram tomados em pelo menos uma ocasião para serem incluídos na presente lista. A prescrição dos dois psicofármacos referidos (Haloperidol e Risperidona) ocorreu posteriormente ao diagnóstico clínico de delirium.

Pontuação pela ARS de zero em 31 pacientes (25,2% do total de casos), um em 75 (60,9%), dois em 12 (9,8%) e ≥3 em cinco idosos (4,1% do total analisado).

Observou-se delirium (16 hipoativos, cinco mistos e seis hiperativos) em 27 pacientes (21,9% do total), nenhum deles com mais de 2 pontos na ARS. Não houve significância estatística quando se relacionou individualmente a ARS à idade, ao sexo ou ao delirium.

DISCUSSÃO

Medicamentos anticolinérgicos, particularmente em idosos, apresentam potencial de desencadear efeitos adversos graves como quedas, disfunção cognitiva e delirium11 Fox C, Richardson K, Maidment ID, Savva GM, Matthews FE, Smithard D, et al. Anticholinergic medication use and cognitive impairment in the older population: the Medical Research Council Cognitive Function and Ageing Study. J Am Geriatr Soc 2011;59(8):1477-83.

2 Wilson NM, Hilmer SN, March LM, Cameron ID, Lord SR, Seibel MJ, et al. Associations between drug burden index and falls in older people in residential aged care. J Am Geriatr Soc 2011;59(5):875-80.

3 Gerretsen P, Pollock BG. Drugs with anticholinergic properties: a current perspective on use and safety. Expert Opin Drug Saf 2011;10(5):751-65.

4 Campbell N, Boustani M, Limbil T, Ott C, Fox C, Maidment I, et al. The cognitive impact of anticholinergics: a clinical review. Clin Interv Aging 2009;4:225-33.

5 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13.

6 Mangoni AA, Van Munster BC, Woodman RJ, De Rooij SE. Measures of anticholinergic drug exposure, serum anticholinergic activity, and all-cause postdischarge mortality in older hospitalized patients with hip fractures. Am J Geriatr Psychiatry 2012;21(8):785-93.

7 Gouraud-Tanguy A, Berlioz-Thibal M, Brisseau JM, Ould Aoudia V, Beauchet O, Berrut G, et al. Analyse du risqué iatrogène lié à des effets anticholinergiques en utilisant deux échelles em unité d&apos;hospitalisation aiguë gériatrique. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2012;10(1):27-32.

8 Vanier A, Paille C, Abbey H, Berrut G, Lombrail P, Moret L. Évaluation de la prescription inapproprié echez le sujet âgé pendant l&apos;hospitalisation de soins aigus. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2011;9(1):51-7.

9 Lowry E, Woodman RJ, Soiza RL, Mangoni AA. Associations between the anticholinergic risk scale score and physical function: potential implications for adverse outcomes in older hospitalized patients. J Am Med Dir Assoc 2011;12(8):565-72.

10 Kumpula EK, Bell JS, Soini H, Pitkälä KH. Anticholinergic drug use and mortality among residents of long-term care facilities: a prospective cohort study. J Clin Pharmacol 2011;51(2):256-63.
-1111 Bhattacharya R, Chatterjee S, Carnahan RM, Aparasu RR. Prevalence and predictors of anticholinergic agents in elderly outpatients with dementia. Am J Geriatr Pharmacother 2011;9(6):434-41.,1414 Carrière I, Fourrier-Reglat A, Dartigues JF, Rouaud O, Pasquier F, Ritchie K, et al. Drugs with anticholinergic properties, cognitive decline, and dementia in an elderly general population: the 3-city study. Arch Intern Med 2009 jul;169(14):1317-24. e contribuem também para o aumento da mortalidade nesse segmento etário11 Fox C, Richardson K, Maidment ID, Savva GM, Matthews FE, Smithard D, et al. Anticholinergic medication use and cognitive impairment in the older population: the Medical Research Council Cognitive Function and Ageing Study. J Am Geriatr Soc 2011;59(8):1477-83.,33 Gerretsen P, Pollock BG. Drugs with anticholinergic properties: a current perspective on use and safety. Expert Opin Drug Saf 2011;10(5):751-65.,66 Mangoni AA, Van Munster BC, Woodman RJ, De Rooij SE. Measures of anticholinergic drug exposure, serum anticholinergic activity, and all-cause postdischarge mortality in older hospitalized patients with hip fractures. Am J Geriatr Psychiatry 2012;21(8):785-93.,99 Lowry E, Woodman RJ, Soiza RL, Mangoni AA. Associations between the anticholinergic risk scale score and physical function: potential implications for adverse outcomes in older hospitalized patients. J Am Med Dir Assoc 2011;12(8):565-72..

Encontram-se citações sobre fármacos com propriedades anticolinérgicas em várias listas e critérios de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) para idosos publicados entre 2003 e 20121515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.

16 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.

17 Gallagher P, O'Mahony D. STOPP (Screening Tool of Older Persons' potentially inappropriate Prescriptions): application to acutely ill elderly patients and comparison with Beers' criteria. Age Ageing 2008;37(6):673-9.

18 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31.
-1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24.. Define-se MPI como fármacos com risco de provocar efeitos colaterais superior aos benefícios em idosos.

Essas listas e critérios são úteis na prática clínica, mas apenas citam e justificam a inclusão dos MPI, não quantificando o grau de risco de cada medicamento de provocar efeitos colaterais. Há a citação de vários anticolinérgicos como anti-histamínicos de primeira geração1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.,1818 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31.,1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24., antiespasmódicos sistêmicos1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24. ou urinários1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.

17 Gallagher P, O'Mahony D. STOPP (Screening Tool of Older Persons' potentially inappropriate Prescriptions): application to acutely ill elderly patients and comparison with Beers' criteria. Age Ageing 2008;37(6):673-9.

18 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31.
-1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24., disopiramida1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24., antidepressivos tricíclicos1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.,1818 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31.,1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24., antipsicóticos de primeira geração1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.,1818 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31., relaxantes musculares1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3.,1919 Fick DM, Cooper JW, Wade WE, Waller JL, MacLean JR, Beers MH. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003;163(22):2716-24., dimenidrinato1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51., doxilamina1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.,1818 Laroche ML, Charmes JP, Merle L. Potentially inappropriate medications in the elderly: a French consensus list. Eur J Clin Pharmacol 2007;63(8):725-31. e difenidramina1616 Holt S, Schmiedl S, Thürmann PA. Potentially inappropriate medications in the elderly: The PRISCUS List. Dtsch Arztebl Int 2010;107(31-32):543-51.. Parcela desses medicamentos com propriedades anticolinérgicas encontram-se na ARS55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. adaptada à farmacopeia brasileira, mas correspondem a aproximadamente 40,0% de todos os fármacos listados (19, do total de 48). Agregam-se, principalmente, na lista de medicamentos com 3 pontos de risco anticolinérgico (15, dos 21 fármacos), ou seja, entre os mais propícios a desenvolverem efeitos adversos.

Nota-se assim que a ARS preenche lacuna das listas e critérios de MPI para idosos, visto que propicia análise mais refinada do risco anticolinérgico, detectando medicamentos com ação anticolinérgica mais fraca e permitindo a somatória do risco de toda a medicação prescrita. Mas, entre os estudos publicados66 Mangoni AA, Van Munster BC, Woodman RJ, De Rooij SE. Measures of anticholinergic drug exposure, serum anticholinergic activity, and all-cause postdischarge mortality in older hospitalized patients with hip fractures. Am J Geriatr Psychiatry 2012;21(8):785-93.

7 Gouraud-Tanguy A, Berlioz-Thibal M, Brisseau JM, Ould Aoudia V, Beauchet O, Berrut G, et al. Analyse du risqué iatrogène lié à des effets anticholinergiques en utilisant deux échelles em unité d&apos;hospitalisation aiguë gériatrique. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2012;10(1):27-32.

8 Vanier A, Paille C, Abbey H, Berrut G, Lombrail P, Moret L. Évaluation de la prescription inapproprié echez le sujet âgé pendant l&apos;hospitalisation de soins aigus. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2011;9(1):51-7.

9 Lowry E, Woodman RJ, Soiza RL, Mangoni AA. Associations between the anticholinergic risk scale score and physical function: potential implications for adverse outcomes in older hospitalized patients. J Am Med Dir Assoc 2011;12(8):565-72.

10 Kumpula EK, Bell JS, Soini H, Pitkälä KH. Anticholinergic drug use and mortality among residents of long-term care facilities: a prospective cohort study. J Clin Pharmacol 2011;51(2):256-63.
-1111 Bhattacharya R, Chatterjee S, Carnahan RM, Aparasu RR. Prevalence and predictors of anticholinergic agents in elderly outpatients with dementia. Am J Geriatr Pharmacother 2011;9(6):434-41., há observações que sugerem limitações em sua aplicação na prática clínica.

Avaliações de casuísticas hospitalares66 Mangoni AA, Van Munster BC, Woodman RJ, De Rooij SE. Measures of anticholinergic drug exposure, serum anticholinergic activity, and all-cause postdischarge mortality in older hospitalized patients with hip fractures. Am J Geriatr Psychiatry 2012;21(8):785-93.,99 Lowry E, Woodman RJ, Soiza RL, Mangoni AA. Associations between the anticholinergic risk scale score and physical function: potential implications for adverse outcomes in older hospitalized patients. J Am Med Dir Assoc 2011;12(8):565-72. associaram altas pontuações na ARS ao maior risco de mortalidade em idosos, fato esse não observado em instituições asilares1111 Bhattacharya R, Chatterjee S, Carnahan RM, Aparasu RR. Prevalence and predictors of anticholinergic agents in elderly outpatients with dementia. Am J Geriatr Pharmacother 2011;9(6):434-41.. Pode-se imputar essa discrepância ao número reduzido de estudos e a dinâmicas assistenciais e populações diferentes em hospitais e instituições asilares.

Semelhante ao observado no presente estudo, Gouraud-Tanguy et al.77 Gouraud-Tanguy A, Berlioz-Thibal M, Brisseau JM, Ould Aoudia V, Beauchet O, Berrut G, et al. Analyse du risqué iatrogène lié à des effets anticholinergiques en utilisant deux échelles em unité d&apos;hospitalisation aiguë gériatrique. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2012;10(1):27-32. não detectaram maior número de efeitos colaterais centrais, como delirium, em idosos hospitalizados. Ambas casuísticas originaram-se de enfermarias acadêmicas, com estrutura assistencial que permite o diagnóstico precoce de delirium e a não prescrição de medicamentos anticolinérgicos nesses casos, fatos que podem justificar esse resultado negativo.

Curiosamente, este estudo e o de Vanier et al.88 Vanier A, Paille C, Abbey H, Berrut G, Lombrail P, Moret L. Évaluation de la prescription inapproprié echez le sujet âgé pendant l&apos;hospitalisation de soins aigus. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2011;9(1):51-7. detectaram percentuais semelhantes de idosos com pontuação >3, não ocorrendo dados similares nos casos com 1 ou 2 pontos (aproximadamente três vezes mais no presente estudo). Deve-se, contudo, considerar que as prescrições da presente casuística apresentaram alto percentual de medicamentos sintomáticos, como Metoclopramida e Ranitidina, possível justificativa para essa discrepância. Há, porém, percentuais próximos da população de dementados assistidos ambulatorialmente1111 Bhattacharya R, Chatterjee S, Carnahan RM, Aparasu RR. Prevalence and predictors of anticholinergic agents in elderly outpatients with dementia. Am J Geriatr Pharmacother 2011;9(6):434-41. com pontuação ARS dois ou três e essa casuística. Eventualmente, o padrão de prescrição dos prontuários analisados encontra-se mais próxima ao da americana1111 Bhattacharya R, Chatterjee S, Carnahan RM, Aparasu RR. Prevalence and predictors of anticholinergic agents in elderly outpatients with dementia. Am J Geriatr Pharmacother 2011;9(6):434-41. que da francesa88 Vanier A, Paille C, Abbey H, Berrut G, Lombrail P, Moret L. Évaluation de la prescription inapproprié echez le sujet âgé pendant l&apos;hospitalisation de soins aigus. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil 2011;9(1):51-7..

Cabe ressaltar, como última observação, o fato de que a ARS55 Rudolph JL, Salow MJ, Angelini MC, McGlinchey RE. The anticholinergic risk scale and anticholinergic adverse effects in older persons. Arch Intern Med 2008;168(5):508-13. adaptada à farmacopeia brasileira não contempla todos os medicamentos com propriedades anticolinérgicas utilizadas em pacientes hospitalizados em leitos de Clínica Médica. Exemplos anteriormente citados como Ipratrópio1414 Carrière I, Fourrier-Reglat A, Dartigues JF, Rouaud O, Pasquier F, Ritchie K, et al. Drugs with anticholinergic properties, cognitive decline, and dementia in an elderly general population: the 3-city study. Arch Intern Med 2009 jul;169(14):1317-24. e Escopolamina1515 The American Geriatrics Society 2012 Beers Criteria Update Expert Panel. American Geriatrics Society updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. J Am Geriatr Soc 2012;60(4):616-3. justificam a ampliação do presente estudo, agregando novos fármacos a ARS original. Associado a isto, mereceria sua replicação em enfermaria geriátrica para comparação de casuísticas de idosos com diferentes dinâmicas de abordagem diagnóstica e de tratamento.

O presente estudo deve ser refinado, agregando-se outras variáveis como a de separar grupos com ou sem disfunção cognitiva prévia e/ou a gravidade das doenças que provocaram a hospitalização dos pacientes. Fato este limitador de eventuais generalizações sobre os resultados deste trabalho. Sabendo-se da etiologia multifatorial do delirium, pode-se também definir a análise da ARS pela medicação em uso à admissão no Serviço de Emergência e a prescrita na enfermaria de Clínica Médica.

CONCLUSÃO

O número médio de medicamentos da Escala de Risco Anticolinérgico foi baixo na população estudada, sem correlação com os casos de delirium. Observou-se que a Escala de Risco Anticolinérgico não abrange todos os anticolinérgicos, merecendo este estudo desdobramento em enfermaria geriátrica para efeito comparativo.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2017

Histórico

  • Recebido
    03 Mar 2015
  • Revisado
    14 Out 2016
  • Aceito
    23 Nov 2016
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