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Variáveis demográficas e clínicas como preditoras diferenciais de alteração cognitiva na doença de Parkinson

Resumo

Objetivo:

Analisar variáveis demográficas e clínicas como preditoras diferenciais de alteração cognitiva na Doença de Parkinson (DP).

Método:

Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal desenvolvido no Programa Pró-Parkinson do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Os instrumentos de medida utilizados foram Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Scales for Outcomes in Parkinson’s disease - Cognition (SCOPA-COG), Escala de Estadiamento de Hoehn & Yahr (HY), Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson sessão 3 (UPDRS-III) e Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, 15 itens (GDS-15). Um modelo de regressão linear múltiplo foi utilizado para o desfecho preditivo e o Teste de Mann-Whitney para comparação entre os grupos idoso vs não idoso.

Resultados:

Os dados sociodemográficos de 85 pessoas foram coletados e os participantes foram submetidos à avaliação do perfil cognitivo (MEEM e SCOPA-COG) e clínico (HY, UPDRS-III, GDS-15). A análise de regressão múltipla foi significativa para a idade, atividade laboral e índice de tremor explicando 59% da variabilidade do SCOPA-COG. A idade e a atividade laboral apresentaram correlação inversa e o tremor, correlação direta. Os escores do SCOPA-COG e do MEEM foram significativamente menores nos pacientes idosos, com destaque para as funções executivas.

Conclusão:

As variáveis preditoras de comprometimento cognitivo foram a idade, atividade laboral e o tremor. O comprometimento cognitivo foi maior nos pacientes com DP idosos, com destaque para as funções executivas.

Palavras-chave:
Envelhecimento; Cognição; Doença de Parkinson

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