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Prevalência de fragilidade fenotípica em pessoas em processo de envelhecimento numa comunidade portuguesa

Este trabalho de investigação está alicerçado concetualmente no modelo teórico de fragilidade definido por Fried, que explica o fenótipo de fragilidade através da presença dos seguintes critérios: perda de peso; resistência; actividade física; lentidão e fraqueza. São objectivos desta investigação: conhecer como a fragilidade fenotípica se comporta e delinear o perfil da pessoa idosa frágil. Para tal, constitui-se uma amostra aleatória estratificada, composta por 339 sujeitos a residirem na comunidade. Desenvolveu-se um protocolo de fragilidade, composto por medidas relacionadas com o processo de envelhecimento e com o fenótipo de fragilidade. Os resultados apontam para uma elevada prevalência desta síndrome (34,9%). Está mais presente nas mulheres (40,9%) e nas idades mais avançadas (60,4%). Os critérios mais cotados, na condição de fragilidade, são a baixa actividade física (88,9%) e a lentidão (86,4%). A pessoa idosa frágil em termos sociodemográficos caracterizada por ser viúvo/ separado/divorciado (46,7%); iletrado (71,1%); viver no seio de uma família com alguma dependência (41,6%); habitar em condições inadequadas (44,9%); manter relações sociais restritas (54,2%) e não ter apoio social (37,6). Conclui-se que a fragilidade é uma condição prevalente e que o perfil de pessoa frágil esta associado a um conjunto de características que conferem uma maior vulnerabilidade, o que fornece orientações para potenciais áreas de intervenção de forma a minorar e retardar esta síndrome.

Idoso; Envelhecimento; Fragilidade


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