Open-access Construção e validação de gerontecnologias cuidativo-educacionais: revisão integrativa

Resumo

Objetivo  identificar na literatura como as gerontecnologias cuidativo-educacionais (GTEC) têm sido construídas e validadas, e propor recomendações para o seu desenvolvimento.

Método  revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Web of Science, LILACS, CINAHL, BDENF, MEDLINE e SciELO seguindo a recomendação Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Selecionaram-se estudos com os objetivos de construir e/ou validar gerontecnologias disponíveis na íntegra. Para extração dos dados, utilizou-se instrumento contendo variáveis acerca do nível de evidência dos estudos, ano de publicação e país de origem, objetivos, tipo de gerontecnologia desenvolvida e métodos de construção e validação.

Resultados  foram analisados 17 estudos. O ano de 2019 obteve maior número de publicações sobre a temática, sendo a maioria proveniente do Brasil. Evidenciou-se o desenvolvimento das gerontecnologias materiais, representadas por cartilhas, folhetos, manuais, jogos, softwares e materiais multimídia. Em relação ao método de construção das gerontecnologias adotado nos estudos destacaram-se diagnóstico situacional por meio de entrevistas, diálogos e escalas, e revisões da literatura acerca das temáticas. Na maioria dos estudos a validação foi realizada junto às pessoas idosas e, em alguns artigos, realizou-se a validação também com especialistas.

Conclusão  constatou-se que o processo de desenvolvimento de GTEC é recente e requer aprimoramento quanto à etapa de validação, a qual nem sempre é realizada pelos pesquisadores. Com relação às recomendações para o seu desenvolvimento, destacam-se o uso da linguagem acessível aos idosos e a associação de conhecimentos teóricos e práticos.

Palavras-Chave: Tecnologia Educacional; Idoso; Estudos de Validação; Revisão; Enfermagem Baseada em Evidências

Abstract

Objective  identify in the literature how care-educational gerontechnologies have been constructed and validated and recommended propositions for their development.

Method  integrative literature review carried out in the Web of Science, LILACS, CINAHL, BDENF, MEDLINE and SciELO databases following the recommendation of Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). We selected studies that presented the construction and validation of gerontechnologies. For data extraction, we used an instrument adapted from the international RedENSO. We also classified the level of evidence of the studies according to Melnyk and Fineout-Overholt

Results  We analyzed 17 studies. The year 2019 had the highest number of publications on the subject, with the majority coming from Brazil. The development of material gerontechnologies, as booklets, leaflets, manuals, games, software and multimedia materials, was more reported. Regarding the method of construction of gerontechnologies adopted in the studies, situational diagnosis through interviews, dialogues and scales, and literature reviews on the themes stood out. In most studies, validation was performed with the elderlies and, in some studies, validation was also performed with specialists.

Conclusion  We found that the process of development of care-educational gerontechnologies is recent and requires improvement in the validation stage and not always performed by researchers. Regarding the recommendations for their development, we highlight the use of language accessible to older people and the association of theoretical and practical knowledge.

Keywords Educational Technology; Elderly; Validation Study; Review; Evidence-Based Nursing

INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é uma preocupação global que envolve temas acerca da saúde, da seguridade financeira e da distribuição dos recursos financeiros das famílias para o cuidado com a pessoa idosa. A Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) foi declarada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em maio de 2020, com o objetivo de melhorar a vida das pessoas idosas, suas famílias e comunidades1.

No Brasil, a agenda estratégica do Ministério da Saúde traz entre seus objetivos a garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas em todos os níveis de atenção à saúde2. Atender às demandas ocasionadas pelo envelhecimento demonstra ser um desafio para o sistema de saúde, pois assistir a esse público específico exige uma nova forma de atenção à saúde e humanização do cuidado prestado3.

A atenção integral à saúde da pessoa idosa busca a manutenção da capacidade funcional, promoção da autonomia e, consequentemente, da qualidade de vida. É importante considerar que envelhecer não significa ficar inabilitado. Toda a assistência prestada à pessoa idosa deve levar em consideração a sua capacidade de julgamento e tomada de decisões. É importante estimular e assegurar o exercício da autonomia nas relações de cuidado à saúde da pessoa idosa4.

Nesse sentido, existem as gerontecnologias, que buscam auxiliar nas atividades cotidianas da pessoa idosa5. É um campo de estudo interdisciplinar, pois envolve a tecnologia, a gerontologia e o envelhecimento, englobando o desenvolvimento de técnicas, produtos e serviços baseados no conhecimento do processo de envelhecimento6.

As gerontecnologias apresentam um vasto campo de atuação, incluindo a investigação, a concepção e o desenvolvimento de diversas tecnologias voltadas a promoção da qualidade de vida das pessoas idosas. A possibilidade de atuação é ampla, como na saúde, segurança, assistência, comunicação e estímulo, por exemplo5.

Diversos tipos de gerontecnologias podem ser desenvolvidas para ampliar as possibilidades dos profissionais de saúde na realização de práticas inovadoras e produtoras de cuidado. Dentre elas, destacam-se as gerontecnologias cuidativo-educacionais (GTEC), conhecidas como recursos de suma importância para complementar a assistência à saúde e incentivar a participação do paciente, por meio do estímulo ao autocuidado, e da família no processo de cuidado7-9. São exemplos: os manuais, cartilhas, jogos, oficinas, programas e softwares educativos10.

As GTEC possibilitam a difusão do conhecimento, provocam mudanças e influenciam no padrão de saúde das pessoas idosas, além de aumentarem as possibilidades de utilização de novos recursos para as práticas do cuidado e para o ensino de saúde11. A partir da construção compartilhada de conhecimento e no desenvolvimento de habilidades cognitivas e afetivas, estimulam o paciente a utilizar os seus sentidos para pensar e relacionar essas atividades à sua realidade7-9.

O desenvolvimento dessas tecnologias na prática cotidiana deve ser incentivado, mas é necessário que sejam válidas para comprovar a sua eficácia antes de utilizar com o público-alvo12. A compreensão sobre como são construídas e validadas as GTEC mostra-se útil para profissionais que buscam desenvolvê-las ou que as utilizam para subsidiar o cuidado prestado à pessoa idosa, utilizando-se de materiais com base científica e com resultados reais.

O presente estudo teve como objetivo identificar na literatura como as GTEC têm sido construídas e validadas e propor recomendações para o seu desenvolvimento.

MÉTODO

Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI), que desempenha papel fundamental para o desenvolvimento da Prática Baseada em Evidência (PBE)13. Foi conduzida em seis etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; critérios para inclusão e exclusão de estudos/ busca na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos; avaliação dos resultados e síntese do conhecimento. O período decorrido do planejamento do estudo até sua conclusão foi de junho a outubro do ano de 202014,15.

O percurso realizado para definição dos procedimentos de busca, seleção e análise dos artigos seguiu as recomendações do protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)16.

Foi determinado como tema o desenvolvimento e a validação de gerontecnologias, objetivando responder à seguinte questão norteadora: “o que revelam os artigos de pesquisa metodológica sobre a construção e a validação de gerontecnologias?”. Para sua elaboração utilizou-se a estratégia PICo17, acrônimo para população (idosos), interesse (artigos de pesquisa metodológica sobre a construção e validação de gerontecnologias cuidativo-educacionais) e contexto (cuidado em saúde), adaptada para uso em pesquisas não-clínicas.

Definiram-se como critérios de inclusão ser artigo de pesquisa original relacionado à construção e validação de gerontecnologia cuidativo-educacional, que estivesse disponível na íntegra online e gratuito, publicado nos idiomas português, inglês e/ou espanhol, sem delimitação de recorte temporal. Foram excluídos artigos duplicados, outras revisões e os estudos em que as pessoas idosas não eram a população alvo.

A busca dos artigos incluídos na revisão foi realizada a partir de fontes secundárias. Foram utilizados descritores e termos booleanos em cada base de dados de maneira padronizada. Para busca dos artigos foram selecionadas as bases de dados Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados em Enfermagem (BDENF), Medical Literature Online (MEDLINE) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e a biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO).

Os descritores utilizados para busca foram consultados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e seus sinônimos ou equivalentes no idioma inglês no Medical Subject Headings (MeSH) e Títulos CINAHL. Esses foram combinados com os operadores booleanos AND e OR, conforme estratégia de busca sistematizada apresentada no Quadro 1.

Quadro 1
Estratégias de busca sistematizadas. Picos, PI, Brasil, 2020.

Dois revisores, de forma independente, opinaram quanto à inclusão de cada estudo, e foram selecionados os que obtiveram acordo mútuo, de forma a evitar resultados tendenciosos. Neste estudo não houve a necessidade de terceiro revisor para desempate de conflitos. Essa etapa ocorreu durante o mês de agosto de 2020.

Para coleta de dados, foi utilizado um instrumento composto por duas seções, adaptado a partir do formulário da Red de Enfermería em Salud Ocupacional (RedENSO Internacional)18 sendo a primeira constituída por informações básicas sobre as publicações, como: título, nome e formação dos autores, ano, país, base de dados, idioma, periódico, tipo de estudo e nível de evidência. A segunda parte do instrumento contém questões relacionadas à temática de interesse, constituído por questões que abordavam o nome, tipo, classificação, objetivo e conteúdo da tecnologia desenvolvida, características essenciais ao seu desenvolvimento e processo de validação e/ou avaliação.

O nível de evidência (NE) foi determinado segundo a classificação de Melnyk e Fineout-Overholt19 em: nível I – revisão sistemática ou metanálise; nível II – estudo randomizado controlado; nível III – estudo controlado sem randomização; nível IV – estudo caso-controle ou estudo de coorte; nível V – revisão sistemática de estudos qualitativos ou descritivos; nível VI – estudo qualitativo ou descritivo; e nível VII – opinião ou consenso.

As gerontecnologias encontradas nos estudos foram determinadas de acordo com a classificação das tecnologias educacionais em saúde de Teixeira20,21 em tecnologias educacionais materiais – que são produtos, e tecnologias educacionais imateriais – processos dinâmicos.

Os estudos selecionados foram analisados de forma crítica, sendo as informações extraídas categorizadas de acordo com os objetos de interesse e apresentadas em quadros contendo o perfil das publicações, a caracterização das gerontecnologias construídas, os processos metodológicos de validação e as principais recomendações para desenvolvimento de gerontecnologias.

RESULTADOS

Foram recuperados 242 estudos, sendo excluídos após leitura de título e resumo 215 publicações por não responderem à questão de pesquisa ou não ser a pessoa idosa o público-alvo. Conseguinte, realizou-se a leitura na íntegra de 27 publicações, das quais foram excluídos 10 artigos, resultando na composição de 17 estudos primários para esta revisão integrativa, conforme detalhado na Figura 1.

Figura 1
Fluxograma de seleção dos estudos primários, adaptado da recomendação PRISMA. Picos - PI, Brasil, 2020.

Dentre os estudos analisados, a maioria não ultrapassou o limite de 10 anos de publicação, sendo o ano de 2019 com mais publicações. Quanto ao local de realização dos estudos, o Brasil foi o país de destaque. Os profissionais que se destacaram na construção de gerontecnologias cuidativo-educacionais foram os enfermeiros, com número significativo de estudos publicados.

Predominaram as gerontecnologias materiais representadas por cartilhas, folhetos, manuais, jogos, até softwares e materiais multimídia. As gerontecnologias imateriais também foram contempladas com o desenvolvimento de técnicas de empoderamento e grupos socioeducativos. O Quadro 2 foi construído pelos autores para apresentar a síntese dos dados de cada estudo primário incluído na revisão.

Quadro 2
Caracterização dos estudos analisados na revisão. Picos - PI, Brasil, 2020.

Quanto às características metodológicas para construção e validação das GTEC identificadas nos estudos, estão apresentadas no Quadro 3. Sobre o método de construção observou-se diferentes processos realizados pelos autores. Pontos em comum foram encontrados, como a realização do diagnóstico situacional das pessoas idosas, relatado por onze estudos, norteados por aplicação de entrevista semiestruturada24,25,27,30,35,36, diálogo6,22,31 e escalas26,29,30, selecionadas de acordo com o objetivo de cada pesquisa. Seis estudos relatam a realização de revisão de literatura acerca da temática a ser abordada para subsidiar a subsequente elaboração do conteúdo da tecnologia21,24,25,31,34,36.

Quadro 3
Percurso metodológico para construção e validação das gerontecnologias cuidativo-educacionais dos estudos analisados. Picos – PI, Brasil, 2020.

A respeito do processo de validação, seis estudos apresentam gerontecnologias validadas por especialistas e idosos24,27,28,31,33,35, sete foram validadas apenas por idosos6,21,22,25,26,29,30, e quatro não foram validadas pelos autores23,32,34,36. Em relação à abordagem metodológica destacaram-se os estudos qualitativos (n=15)6,21-30,32,34,36, destes, seis guiados pelos princípios da Pesquisa Convergente Assistencial6,21,22,26,29,30, em contrapartida, três estudos possuíam abordagem quantitativa, do tipo pesquisa metodológica28,31,35, e dois estudos eram quantitativos-qualitativos28,34.

Considerando as particularidades de cada estudo na elaboração das gerontecnologias, respeitando-se as peculiaridades do público-alvo, foram resumidas no Quadro 4 as recomendações consideradas essenciais para o processo de construção, observando-se que se referem principalmente à linguagem, ao conteúdo e à aparência. Constatou-se nível de evidência IV sobre a construção e validação das gerontecnologias, sendo assim classificadas por serem oriundas de estudos descritivos ou qualitativos.

Quadro 4
Recomendações essenciais à construção de uma gerontecnologia cuidativo-educacional. Picos, PI, Brasil, 2020.

DISCUSSÃO

Os achados do estudo demonstram que a produção científica acerca das gerontecnologias cuidativo-educacionais é recente. O Brasil obteve destaque e o enfermeiro foi o profissional com número significativo de publicações. Predominaram os estudos com abordagem qualitativa e a construção de tecnologias materiais. As tecnologias foram construídas após realização de diagnóstico situacional e revisão de literatura, respeitando recomendações importantes para as particularidades da pessoa idosa. A maioria dos estudos realizou o processo de validação somente com o público-alvo.

O Brasil foi o país onde quase todas as produções analisadas foram realizadas, o que pode ser explicado pelo fato da busca ter sido realizada majoritariamente em bases eletrônicas da América do Latina e Caribe. Ainda assim, essa conjuntura tem conexão com o modelo de assistência adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que se baseia na orientação das práticas assistenciais e na busca por um modelo de atenção focado na promoção da saúde e prevenção de doenças37.

Os achados destacam o enfermeiro como o profissional de maior participação e contribuição no desenvolvimento das GTEC, o que está relacionado as competências inerentes à profissão, como ser o responsável por orientar e educar incentivando o autocuidado. Habitualmente a enfermagem é cercada por diversas práticas educativas, que vão desde a comunicação e empoderamento dos idosos até ao desenvolvimento de softwares e materiais educacionais38.

A participação dos profissionais de enfermagem no desenvolvimento das GTEC corrobora com o estudo de revisão39 em que se observou destaque para produções brasileiras e de enfermagem. Outra revisão de literatura38 verificou avanço no desenvolvimento de tecnologias por esses profissionais em prol do cuidado à pessoa idosa, o que nos remete a perceber a inserção dessa classe tanto na utilização, quanto no desenvolvimento de GTEC.

Percebe-se que o campo de estudo das gerontecnologias cuidativo-educacionais está em desenvolvimento ao se analisar a linha temporal dos artigos analisados. Tal condição pode estar relacionada ao decréscimo das taxas reprodutivas e à diminuição da mortalidade das pessoas adultas e idosas, caracterizando o fenômeno do envelhecimento populacional. Com o aumento da expectativa de vida, as doenças crônico-degenerativas são mais frequentes, o que pressiona por novas formas de cuidado que preservem a autonomia e funcionalidade das pessoas idosas40.

Foi possível observar que para a construção das GTEC, seguiu-se um percurso formado por três etapas: diagnóstico situacional, revisão de literatura/planejamento e elaboração da tecnologia. Na primeira etapa há a inserção do pesquisador no local escolhido para buscar informações sobre a situação de saúde da população em questão41. Na segunda etapa é realizada a busca de referências científicas que possam subsidiar a escrita do conteúdo e as recomendações adequadas para a aparência de tecnologias destinadas às pessoas idosas34. Posteriormente à essas duas etapas, é que se dá a elaboração de fato do material.

Não existem métodos específicos, consolidados na literatura, para a construção de GTEC, porém, com base no que foi analisado, as etapas supracitadas são um caminho que pode ser seguido pelos pesquisadores, pois pode-se afirmar certa similaridade na condução dos estudos. São importantes, pois ao segui-las, permitem o desenvolvimento de GTEC adequadas às necessidades do público alvo, com linguagem, conteúdo e aparência que permitam às pessoas idosas acessarem informações verídicas e atuais e que sejam aplicáveis durante o processo de cuidado e autocuidado34,41.

Com relação às características das GTEC, houve predomínio das gerontecnologias materiais, dentre essas, as tecnologias impressas foram as mais frequentes, desenvolvidas em seis estudos24,28,30,31,33,35 e, embora tragam nomenclaturas variadas (manuais, guias, cartilhas), são consideradas equivalentes devido sua forma impressa. Em uma revisão42 realizada para identificar na literatura as tecnologias educativas em saúde relacionadas ao Acidente Vascular Cerebral, também se verificou a maior frequência de uso de materiais impressos.

Outra revisão38 aponta a utilização do material impresso como ferramenta tecnológica efetiva ao possibilitar a apreensão, troca de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades no domicílio. Um estudo31 desenvolveu uma cartilha educativa para mediar a orientação sobre os cuidados com a pele periestoma de pessoas estomizadas, e corroboram ao destacar que os materiais educativos impressos detêm papel importante na educação em saúde, pois favorecem a aprendizagem por ter a possibilidade de ficar à disposição do paciente e seu familiar sempre que surgirem dúvidas.

Dois estudos desenvolveram jogos educativos, um de tabuleiro6 e o outro de cartas21. A utilização do jogo como produto gerontecnológico representa a quebra do conceito de atividades educativas pautadas na centralidade da doença, e emerge como estratégia lúdica, natural e motivadora para promoção da autodeterminação, desenvolvimento psicológico, cognitivo e social, potencializador de autoestima, trocas de experiências e aprendizagem compartilhada entre os idosos.

Ainda em relação às GTEC materiais, é possível observar a produção de tecnologias educacionais digitais (TED), como módulos e-learning27 , materiais multimídia (arquivo interativo e filme)34,36 e um software32 . O que essas gerontecnologias têm em comum é que precisam da associação com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como acesso à internet e um smartphone, DVD ou computador, para serem utilizadas.

Portanto, as vantagens de desenvolver TED para idosos envolvem os estímulos visuais, táteis e auditivos que permitem a utilização de diversos recursos simultâneos e lúdicos instigando a construção de imagens mentais, facilitando a memorização das informações43.Os estudos que desenvolveram e utilizaram TED obtiveram resultados satisfatórios em relação ao objetivo da tecnologia, além da aprovação de sua utilização pelo público-alvo27,32.

Sobre as gerontecnologias cuidativo-educacionais imateriais, identificou-se o desenvolvimento de ações educativas em quatro estudos que realizaram programas educacionais/atividades grupais22,26,29,44 e um estudo realizou ação individualizada, associada a assistência prestada23. As GTEC imateriais funcionam como instrumento que favorecem a autonomia e melhoria das condições de vida das pessoas idosas e contribuem para a manutenção do equilíbrio biopsicossocial45 através de relações dialógicas entre o processo educativo e cuidativo, que são imprescindíveis à uma gerontecnologia, humanizando as relações e promovendo o cuidado à saúde da pessoa idosa.

No tocante ao desenvolvimento de gerontecnologia cuidativo-educacional, o processo de validação é imprescindível, pois garante qualidade e a efetividade do produto, o que potencializa a educação em saúde realizada por meio da tecnologia. A validação é quase sempre feita por especialistas da área para adequação do material para o público-alvo. Pode ser realizada em consonância com o público-alvo ou apenas com ele dependendo do tipo de tecnologia e os objetivos do pesquisador20.

Observamos nessa revisão uma priorização da validação com o público-alvo. A opção pelo uso de entrevista ao invés de questionário para a validação da GTEC pelo público idoso é muito comum e acontece por permitir maior flexibilidade considerando as especificidades desse público. A entrevista é menos cansativa e quando se trabalha com idosos deve-se atenuar a influência das limitações que podem interferir no sucesso da coleta dos dados, como diminuição da acuidade visual e baixo nível de escolaridade, para que tais fatores não venham a mascarar os resultados da intervenção tecnológica46.

A respeito da realização de pesquisas quantitativas para a criação e validação das GTEC, considera-se que elas detêm um processo mais estruturado e possível de ser reproduzido pelos pesquisadores. Esse método de pesquisa favorece a disponibilidade de medidas numéricas que são mais facilmente comparáveis as de outros estudos de validação. Os três estudos28,31,33 que a utilizaram, validaram a gerontecnologia tanto com especialistas, quanto pelo público-alvo, e utilizaram instrumentos avaliativos correspondentes para cada etapa, como o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional (IVCE) e o Suitability Assessment of Materials (SAM), muito comuns na validação de TE para outros públicos.

É necessário que se desperte a atenção dos pesquisadores que desenvolvem gerontecnologias para a importância da validação desses materiais. Quatro estudos 23,32,34,36 não adotaram nenhuma forma de avaliação da tecnologia elaborada ou aplicada, o que se torna um risco, pois se tratando de idosos, a adequação desses materiais deve ser ainda mais criteriosa e direcionada, levando-se em consideração os possíveis desgastes relacionados ao envelhecimento34.

Tendo em vista as recomendações essenciais para o desenvolvimento de materiais para idosos, com relação à linguagem e ao conteúdo, deve-se priorizar a inteligibilidade e a acessibilidade, sendo o conteúdo escrito de maneira mais simples, de fácil compreensão. As sugestões são de que a linguagem utilizada deve ser simples e clara, compatível com a compreensão do idoso. Deve-se optar por frases curtas ou conceitos-chave, evitar o uso de jargões ou termos técnicos, usar a comunicação verbal e não verbal, e ao utilizar imagens e símbolos, priorizar os mais familiares, que tenham relação com a rotina do idoso 6, 24,28,31-34.

Se o propósito ao criar uma tecnologia educacional é facilitar a apreensão das informações, então deve-se levar em consideração a leiturabilidade e legibilidade no processo de construção, pois isso facilitará ao máximo a compreensão dos leitores mesmo quando esses possuírem graus mais baixos de letramento. Reforça-se que quando se trata de materiais direcionados aos idosos, deve-se considerar os possíveis desgastes sensoriais e cognitivos desse público7.

Umas das recomendações evidenciadas neste estudo são referentes à alternância entre as linguagens verbal (linguagem escrita ou falada) e não verbal (ilustrações). Um estudo34 reforça que as ilustrações aumentam a atenção e compreensão do material inclusive por pessoas que apresentem baixo grau de letramento. Também demonstram que as recomendações referentes ao design propiciam uma maior compreensão e auxiliam na correta tomada de decisão. Desse modo, devem ser incorporadas ilustrações claras e compreensíveis e que sejam familiares ao público idoso.

Abreu et al.47 demonstraram que a estrutura e apresentação da tecnologia é a etapa de maior complexidade do material porque envolve aspectos como: layout, grafismo, design e linguagem adequada para o público-alvo. Os autores reforçam que a tecnologia deve apresentar layout adequado, cores apropriadas e adequação da linguagem científica à linguagem do público-alvo, além de ilustrações atrativas e adequadas para que o material seja considerado adequado ao público idoso. Quanto as tecnologias imateriais, devem estimular a interação social e compartilhamento de saberes e proporcionar a convivência em grupo29.

Outras recomendações encontradas são referentes à ludicidade e interatividade, fatores que facilitam a aprendizagem48, e ao tipo de material a ser utilizado para a confecção da gerontecnologia cuidativo-educacional, pois é recomendado que o material permita a assepsia antes e após o uso, como o revestimento do tipo contact 21.

No jogo de tabuleiro que foi desenvolvido para o público idoso48 os pesquisadores confeccionaram em vinil, com aplicação de Policloreto de Vinila (PVC) e laminação transparente para proteção das imagens. Além disso, o jogo é guardado dentro de uma caixa de madeira para garantir a durabilidade do material.

Quanto ao nível de evidência, os estudos analisados são categorizados como descritivos ou qualitativos, sendo considerado, pela ferramenta utilizada, como de baixo nível. Contudo, essa classificação não deve ser associada com má qualidade do método empregado, mas sim com a natureza dos estudos de construção e validação. É imprescindível que, para o desenvolvimento das GTEC os pesquisadores levem em consideração o nível de evidência do método empregado, desenvolvendo pesquisas que de fato possam subsidiar a prática clínica do profissional de saúde, considerando a segurança e a ética das ações49.

Como limitações do estudo, aponta-se a influência das bases utilizadas, que são majoritariamente da América Latina e do Caribe, em relação à escassez de estudos internacionais sobre o tema; o baixo nível de evidência pela classificação da ferramenta de avaliação utilizada, uma vez que qualifica apenas o delineamento metodológico utilizado, mas outros pontos como risco de viés e a qualidade metodológica não foram avaliados nessa revisão.

Ainda assim, esta pesquisa é relevante por evidenciar conhecimentos atuais sobre a construção e validação das GTEC, que servirão de subsídio teórico para os enfermeiros e demais profissionais de saúde que buscam desenvolver novos instrumentos para o cuidado ao idoso associando os conhecimentos científicos ao cuidado educativo dialógico.

CONCLUSÃO

Constatou-se que o processo de desenvolvimento de gerontecnologias cuidativo-educacionais é recente e requer aprimoramento quanto à etapa de validação, que nem sempre é realizada pelos pesquisadores.

Quanto ao método de construção, o ponto em comum foi a realização do diagnóstico situacional das pessoas idosas, norteado por aplicação de entrevista, diálogo e escalas. A etapa de validação, quando realizada, foi conduzida na maioria das vezes com o público-alvo, sendo que em alguns estudos esse processo também foi feito com especialistas.

As principais gerontecnologias são do tipo materiais, como cartilhas, folhetos, manuais, jogos, softwares, materiais multimídia. Ainda assim, tecnologias imateriais estão presentes, como técnicas de empoderamento e grupos socioeducativos. Com relação às recomendações para o desenvolvimento de gerontecnologias, destacam-se aspectos como a linguagem acessível e a associação de conhecimentos teóricos e práticos.

Destaca-se, assim, que este estudo apresenta uma síntese atual sobre a temática, e mostra ao leitor informações importantes sobre o percurso metodológico a ser seguido, contribuindo para que sejam desenvolvidas gerontecnologias cuidativo-educacionais que atendam às especificidades do público alvo e sejam validadas pelos especialistas e idosos, com o intuito de serem materiais educativos acessíveis e confiáveis.

  • Não houve financiamento para a execução deste trabalho.

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Editado por

  • Editado por: Isac Davidson S. F. Pimenta

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Abr 2022
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    12 Jul 2021
  • Aceito
    14 Fev 2022
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