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Perfil psicossocial de adolescentes de Botucatu: interação com ginecolgistas

Resumo de Tese

Perfil Psicossocial de Adolescentes de Botucatu - Interação com Ginecolgistas

Autor: Sandra Déa Carvalho

Orientador: Prof. Dr. Laurival A. de Luca

Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Área de Concentração em Ginecologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, para obtenção do Título de Mestre, em 17/12/98.

Objetivo: O interesse pela saúde da adolescência e a atenção dirigida aos vários aspectos de suas características psicossexuais tem sido objeto de numerosos estudos nos últimos anos. Este trabalho relata a experiência adquirida na análise do perfil comportamental de um grupo de jovens e da visão de ginecologistas sobre o tema.

Metodologia: A população estudada compreendeu 379 adolescentes do sexo feminino e 249 médicos que responderam ao questionário pertinente aos vários aspectos do comportamento psicossexual da adolescente. As adolescentes tinham idade variável entre 14 e 20 anos e cursavam o 2o grau de três escolas da classe média de Botucatu no ano de 1995. Os resultados foram expressos em várias tabelas.

Resultados: Foram notórias as seguintes informações: o consumo de drogas foi pequeno e não influenciou o comportamento sexual, a virgindade não é considerada importante pela maioria. Aparentemente estavam conscientes das possíveis conseqüências da experiência sexual. A maioria, também, não referiu problemas que exigissem solução, entretanto, julgaram importantes os cursos de orientação sexual. Muitas adolescentes que referiram experiência sexual, atestaram que foi prazerosa, não prejudicando os estudos e não causou conflitos na maioria das vezes. Entre 128 adolescentes, 76,6% referiram uso de contracepção. Os médicos entrevistados consideraram importante a instrução sexual da criança. As consultas sobre sexualidade entre adolescentes são comuns e a grande maioria advoga a causa das adolescentes afirmando que a melhor conduta é o aconselhamento. Todos eles aceitam a prática de contracepção entre os jovens.

Conclusão: A orientação das adolescentes deve ser precoce e realizada preferencialmente no seio da família. O uso de drogas não foi importante entre as jovens investigadas. O início da atividade sexual não foi tão precoce como, atualmente, propalado. Aparentemente, as adolescentes, pelo menos no grupo estudado, não tiveram conflitos emocionais, estão melhor conscientizadas dos seus problemas sexuais, além de usarem contraceptivos. Entretanto, é preciso salientar que, quanto mais íntimo o questionário, menor foi o número de respostas, talvez não traduzindo a verdadeira situação. Em outras palavras, descreveu significativamente o número de respostas, de 379 para 128, associado ao comportamento sexual implícito. Ficou claro, ao se avaliar as respostas dos profissionais, que apreciável contigente de jovens procuram orientação em consultórios médicos.

Palavras-chave: Adolescência. Contracepção.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Mar 2007
  • Data do Fascículo
    Maio 1999
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