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Comportamento do médico residente diante das questões sobre função sexual no ciclo gravídico-puerperal: comparação entre três especialidades - Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria e Clínica Médica

Resident's behavior facing sexual health issues during pregnancy and postpartum period: comparison between three medical specialities - Gynecology/Obstetrics, Psychiatry and Internal Medicine

RESUMO DE TESE

Comportamento do médico residente diante das questões sobre função sexual no ciclo gravídico-puerperal: comparação entre três especialidades - Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria e Clínica Médica

Resident's behavior facing sexual health issues during pregnancy and postpartum period: comparison between three medical specialities - Gynecology/Obstetrics, Psychiatry and Internal Medicine

Autor: Teresa Cristina Souza Barroso Vieira

Orientadora: Profa. Dra. Mary Uchiyama Nakamura

Co-orientador: Prof. Dr. Eduardo de Souza

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências, em 30 de novembro de 2010.

OBJETIVO: comparar o comportamento do médico residente de Ginecologia e Obstetrícia (GO) com o de Clínica Médica (CM) e Psiquiatria (Psiq), perante as questões da função sexual, enfocando sua conduta profissional.

METODOLOGIA: estudo observacional,transversal, usando questionário adaptado, autorresponsivo e anônimo.

RESULTADOS: 154 questionários (92,5%) foram considerados válidos (74CM, 33 Psiq e 47GO). Somente 19,5 % dos médicos investigam queixas sexuais espontaneamente, apesar de que 68,2% concordam que estas questões devem fazer parte de todas as anamneses. Somente 22,7%, das 3 especialidades, afirmam ter segurança total para responder a questões sexuais; entretanto diante destas, 76% ouvem e orientam e 70,8% admitem faltar conhecimento específico sobre sexualidade. O GO foi o profissional mais indicado para tratar disfunções sexuais femininas (89%).Entretanto, o GO não conhece o ciclo de resposta sexual feminina (74,5%), além de que, ele se considera menos apto a tratar desejo hipoativo (25,5%) e anorgasmia (17%) comparado com o de psiquiatria (respectivamente, 69,7% e 57,6%). A maioria achou o estudo instigante e educativo: Clínica Médica (47,3%), Psiquiatria (69,7%) e Ginecologia/Obstetrícia (74,5%). A participação,neste trabalho aumentou o interesse pelo tema em todas as especialidades (60,4%).

CONCLUSÕES: residentes de Psiquiatria investigaram espontaneamente e com maior frequência as queixas sexuais de suas pacientes, além de relatarem maior aptidão em tratar desejo hipoativo e anorgasmia, enquanto os GO sentiram maior habilidade para: lubrificação deficiente, sinussorragia e hipotonia e/ou rotura do assoalho pélvico. Os residentes de Clínica Médica, por seu lado, foram os que menos indagaram, menos atenderam e não se consideraram aptos a tratar queixas sexuais. Os médicos das 3 áreas de residência afirmaram não possuírem segurança, nem conhecimento específico suficiente para responder às questões sobre função sexual. A maioria dos residentes considerou este estudo instigante e educativo. Somente responder ao questionário despertou interesse em ampliar o conhecimento na área de Sexualidade.

Palavras-chave: Comportamento Sexual, Gravidez, Educação Médica, Residência Médica, Sexualidade

Keywords: Sexual Behavior, Pregnancy, Education, Medical, Resident, Sexuality

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jul 2011
  • Data do Fascículo
    Mar 2011
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