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O Comportamento da Necessidade de Insulina em Gestantes Diabéticas: Influência no Controle da Glicemia Materna e no Resultado Perinatal

Resumo de Tese

O Comportamento da Necessidade de Insulina em Gestantes diabéticas - Influência no Controle da Glicemia Materna e no Resultado Perinatal.

Autor: Humberto Migiolaro

Orientador: Marilza Vieira Cunha Rudge

Dissertação de Mestrado apresentada ao curso de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Área de Concentração em Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu, em 20 de novembro de 2000.

Justificativa: A insulino-resistência cresce progressivamente na gestação impondo ajustes periódicos da dose de insulina em grávidas diabéticas. O tipo de curva de insulinoterapia parece influenciar o resultado perinatal.

Objetivo: Estudar a influência do comportamento da necessidade de insulina no controle da glicemia materna e no resultado perinatal.

Sujeitos e Métodos: Estudo retrospectivo das curvas de insulinoterapia de 193 gestantes diabéticas do grupo II-B (Rudge, 1983). De acordo com as curvas individuais, as variáveis independentes foram: necessidade de insulina crescente após 24-28 semanas (comportamento fisiológico), necessidade de insulina diminuindo, constante ou oscilatória após 24-28 semanas (comportamento não-fisiológico). As variáveis dependentes foram: média glicêmica da gestação, classificação dos recém-nascidos pelo peso e idade gestacional, Apgar-5 min, coeficiente de mortalidade perinatal e permanência hospitalar neonatal.

Resultados: O comportamento fisiológico ocorreu em 79,3% das gestantes e resultou em queda progressiva das médias glicêmicas; com 25,7% de recém-nascidos GIG, 49,3% de prematuridade, média de 8,8 de Apgar-5 min, MPN = 59/1000 e permanência hospitalar neonatal mais freqüente de 1 a 3 dias. No comportamento não-fisiológico a média glicêmica caiu após 28 semanas, mantendo-se estável até o final; ocorreram 42,8% de recém-nascidos GIG, 67,9% de prematuridade, média 7,0 de Apgar-5 min, MPN=300/1000 e permanência hospitalar neonatal mais freqüente maior de 7 dias.

Conclusões: 1) O comportamento fisiológico da necessidade de insulina foi mais freqüente, associou-se com queda progressiva da média glicêmica materna e melhor resultado perinatal. 2) O comportamento não-fisiológico associou-se com pior controle glicêmico materno e pior resultado perinatal.

Palavras-chave: Diabete melito. Prematuridade. Mortalidade perinatal.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Abr 2001
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