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Determinantes da Massa Óssea do Esqueleto Total em Mulheres Pré-menopáusicas de Porto Alegre: Um Estudo de Base Populacional

Resumos de Tese

Determinantes da Massa Óssea do Esqueleto Total em Mulheres Pré-menopáusicas de Porto Alegre: Um Estudo de Base Populacional

Autora: Sylvia Villar Mello Guimarães

Orientadores: Profa. Dra. Sandra Costa Fuchs e Dr. José Augusto Sisson de Castro

Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul para obtenção do grau de Mestre em Medicina: Endocrinologia, em 21 de dezembro de 2001.

Objetivo: Avaliar a associação entre raça e densidade mineral óssea de uma amostra populacional de mulheres na pré-menopausa de Porto Alegre.

Métodos: Amostra representativa de 158 mulheres com idade entre 25 e 45 anos residentes em Porto Alegre, RS, Brasil. Entrevistadores treinados aplicaram questionários padronizados, pré-testados e pré-codificados para estudar as características demográficas, socioeconômicas e hábitos comportamentais que associam-se à densidade mineral óssea. A raça foi determinada pela observação da cor da pele por entrevistador treinado e pelo número de ancestrais da raça negra. A densitometria óssea de corpo total (DMOT), por absormetria de Raio-X duo-energético (DXA) foi realizada no Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

Resultados: 105 mulheres que não apresentaram ancestrais da raça negra foram classificadas como brancas, 13 mulheres com uma dois ancestrais negros, como mistas e 40 mulheres com três ou mais ancestrais da raça negra, como negras. Uma associação significativa (p<0,05) foi encontrada entre a DMOT e o número de ancestrais da raça negra, ingestão de cálcio < 300 mg/dia, altura, renda familiar per capita e consumo de bebidas alcoólicas. O conteúdo mineral ósseo total (CMOT) associou-se significativamente (p<0,05) somente com o número de ancestrais da raça negra, altura e peso. Na análise multivariada observamos que a altura, ingestão de cálcio, atividade física e número de ancestrais negros associaram-se com a DMOT de maneira significativa e independente. A associação das mesmas características com o CMOT, exceto o cálcio, também foram independentes e significativas. Estas variáveis explicaram 21,3% e 40,0% das diferenças de DMOT e CMOT, respectivamente. Na comparação entre os grupos divididos pelo número de ancestrais da raça negra as diferenças entre as médias de DMOT e CMOT entre brancas e negras foram significativas (p=0,0013), não havendo outras diferenças entre os três grupos.

Conclusão: A raça identificada pelo número de ancestrais é o principal determinante da massa óssea medida pelo DMOT ou CMOT.

Palavras-chave: Massa óssea. Densitometria. Menopausa. Menacme.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jul 2002
  • Data do Fascículo
    Maio 2002
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