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O tamanho tumoral como desfecho substituto na detecção precoce do câncer de mama: três décadas de experiência do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS

Tumor size as a surrogate end-point for the detection of early breast cancer: the experience of a single academic institution of Southern Brazil over a period of three decades (1972-2002)

RESUMO DE TESE

O tamanho tumoral como desfecho substituto na detecção precoce do câncer de mama: três décadas de experiência do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS

Tumor size as a surrogate end-point for the detection of early breast cancer: the experience of a single academic institution of Southern Brazil over a period of three decades (1972-2002)

Autor: Carlos Henrique Menke

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Schwartsmann

Tese de Doutorado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Medicina – Clínica Médica, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para obtenção do título de Doutor, em 23 de dezembro de 2005.

INTRODUÇÃO: o prognóstico do câncer de mama (CM) está relacionado à extensão da doença, medida pelo sistema TNM. O tamanho tumoral (T) é um poderoso marcador prognóstico de fácil mensuração. Sua utilização como desfecho substituto de mortalidade (que requer observação por longos períodos de tempo) pode contribuir para análise fidedigna e rápida do impacto das ações de saúde pública, visando a prevenção secundária do CM.

OBJETIVOS: estudar o perfil da população de pacientes com CM ao diagnóstico (com ênfase no T) e as formas de tratamento cirúrgico utilizadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), ao longo de três décadas.

MÉTODOS: coorte retrospectiva de 1607 pacientes, operadas no HCPA, de 1972 a 2002, com avaliação do T patológico, status axilar, grau, receptores hormonais, tipo de cirurgia e características demográficas.

RESULTADOS: cerca de 75% dos casos ocorreram entre as idades de 41 e 70 anos; O T reduziu de 3,6 para 2,8 cm, em média. A porcentagem de cirurgias conservadoras aumentou de 17,3 para 43,2%. O status axilar refletiu a tendência de um melhor diagnóstico precoce. As demais variáveis não se mostraram significativas.

CONCLUSÕES: a diminuição do T de 0,8 cm nesse período é, provavelmente, marcador substituto no sentido de detecção mais precoce, refletido no aumento percentual de diagnósticos em estágios iniciais e aumento na taxa de cirurgias conservadoras. São números ainda inferiores aos observados em países desenvolvidos, para os quais o ponto de corte do T para a viragem prognóstica de 1,5 cm. Comparada à literatura, houve elevada ocorrência de CM em mulheres com menos de 40 anos de idade: 13 versus 5%.

Palavras-chave: Câncer de mama; Tamanho tumoral; Diagnóstico precoce; Rastreamento para câncer

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Fev 2007
  • Data do Fascículo
    Nov 2006
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