Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 34, Número: 12, Publicado: 2012
  • A morte materna no Brasil: razão e sensibilidade Editorial

    Serruya, Suzanne Jacob
  • Causas de mortalidade materna segundo níveis de complexidade hospitalar Artigos Originais

    Soares, Vânia Muniz Néquer; Souza, Kleyde Ventura de; Azevedo, Elbens Marcos Minoreli de; Possebon, Carla Rejane; Marques, Fernanda Ferreira

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Identificar e analisar as causas da mortalidade materna, segundo os níveis de complexidade hospitalar. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e de corte transversal das mortes maternas hospitalares ocorridas no Paraná, Brasil, nos triênios de 2005 - 2007 e 2008 - 2010. Foram utilizados dados dos estudos de casos de óbitos maternos, que foram elaborados pelo Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna. As variáveis estudadas foram o local e as causas dos óbitos, a transferência hospitalar e a evitabilidade. Foram calculadas a razão de mortalidade materna, a proporção e a taxa de letalidade hospitalar, segundo os subgrupos hospitais de referência para gestações de alto e baixo risco. RESULTADOS: A razão de mortalidade materna, incluindo os óbitos maternos tardios, foi 65,9/100.000 nascidos vivos (de 2008 a 2010). O local do óbito foi o hospital em cerca de 90% dos casos, em ambos os períodos. No primeiro triênio, nos hospitais de referência para gestação de alto risco, a taxa de letalidade hospitalar foi de 158,4/100.000 partos e, no segundo, 132,5/100.000 e as principais causas foram: pré-eclampsia/eclampsia, infecção urinária, infecção puerperal e causas indiretas. Nos hospitais de referência para gestação de baixo risco, as taxas de letalidade hospitalar foram: 76,2/100.000 e 80,0/100.000, e como principais causas: hemorragias, embolias e complicações anestésicas. Em 64 (2005 - 2007) e 71% (2008 - 2010) dos casos, o óbito ocorreu no hospital do internamento inicial. Foram considerados evitáveis 90% dos óbitos no segundo triênio. CONCLUSÕES: Há dificuldades no atendimento das complicações obstétricas em ambos os níveis de atenção de baixa e alta complexidade. A capacitação dos profissionais para o atendimento às emergências obstétricas e o monitoramento do uso dos protocolos em todos os níveis hospitalares deve ser priorizada para a redução das mortes maternas evitáveis.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSES: To identify and to analyze maternal mortality causes, according to hospital complexity levels. METHODS: A descriptive-quantitative cross-sectional study of maternal deaths that occurred in hospitals in Paraná, Brazil, during the periods from 2005 to 2007 and from 2008 to 2010. Data from case studies of maternal mortality, obtained by the State Committee for Maternal Mortality Prevention, were utilized. The study focused on variables such as site and causes of death, hospital transfer, and avoidability. Maternal mortality rate, proportions, and hospital lethality ratio were calculated according to subgroups of low and high-risk pregnancy reference hospitals. RESULTS: Maternal mortality rate, including late maternal deaths, was 65.9 per 100.000 live-borns (from 2008 to 2010). Almost 90% of all maternal deaths occurred in the hospital environment, in both periods. The hospital lethality ratio at the high-risk pregnancy reference hospital was 158.4 deaths per 100,000 deliveries during the first period and 132.5/100,000 during the second, and the main causes were pre-eclampsia/eclampsia, puerperal infection, urinary tract infection, and indirect causes. At the low-risk pregnancy reference hospitals, the hospital lethality ratios were 76.2/100,000 and 80.0/100,000, and the main causes of death were hemorrhage, embolism, and anesthesia complications. In 64 (2005 - 2007) and in 71% (2008 - 2010) of the cases, the patients died in the same hospital of admission. During the second period, 90% of the casualties were avoidable. CONCLUSIONS: Hospitals of both levels of complexity are having difficulties in treating obstetric complications. Professional training for obstetric emergency assistance and the monitoring of protocols at all hospital levels should be considered by the managers as a priority strategy to reduce avoidable maternal deaths.
  • Taxa de infecção e sorotipos de Streptococcus agalactiae em amostras de recém-nascidos infectados na cidade de Campinas (SP), Brasil Artigos Originais

    Fiolo, Kateli; Zanardi, Cibele Esteves; Salvadego, Marizete; Bertuzzo, Carmem Silvia; Amaral, Eliana; Calil, Roseli; Levy, Carlos Emilio

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Descrever os casos e o perfil microbiológico dos sorotipos de Streptococcus agalactiae provenientes de recém-nascidos em um Centro de Referência da Saúde da Mulher na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal clínico-laboratorial realizado de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. As cepas suspeitas, isoladas em amostras de sangue e líquor, foram identificadas a partir da hemólise em ágar sangue, coloração de Gram, provas de catalase, teste de CAMP, hidrólise do hipurato ou por automação microbiológica Vitek 2 BioMerieux®. A seguir, estas cepas foram tipadas por PCR utilizando sucessivamente primers específicos para espécie e para nove sorotipos de S. agalactiae. RESULTADOS: Foram isoladas sete amostras de sangue, uma de líquor e uma de secreção ocular provenientes de nove recém-nascidos com infecções causadas pelo S. agalactiae, sendo sete casos de infecção de início precoce e duas de início tardio. Apenas um destes casos foi positivo para amostras pareadas mãe-filho. Para um total de 13.749 partos no período, os 7 casos correspondem a 0,5 caso de infecção precoce por Streptococcus do Grupo B a cada 1 mil nascidos vivos (ou 0,6 casos por 1 mil, incluindo os 2 de infecção tardia), tendo ocorrido 1, 3, 2, nenhum e 3 casos (um precoce e dois tardios), respectivamente, nos anos de 2007 a 2011. Foi possível realizar o PCR para sete amostras, sendo duas de cada um dos sorotipos Ia e V e o sorotipo III em três amostras, uma delas em um recém-nascido e outras duas em amostra pareada mãe-filho. CONCLUSÕES: Embora com casuística limitada, os sorotipos encontrados coincidem com os mais prevalentes na literatura mundial, mas diferem dos estudos brasileiros, exceto para o sorotipo Ia.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To describe the epidemiological cases and microbiological profile of Streptococcus agalactiae serotypes isolated from infected newborns of a Women's Health Reference Centre of Campinas, São Paulo, Brazil. METHODS: Cross-sectional laboratory survey conducted from January 2007 to December 2011. The newborns' strains, isolated from blood and cerebrospinal fluid samples, were screened by hemolysis on blood ágar plates, Gram stain, catalase test, CAMP test, hippurate hydrolysis or by microbiological automation: Vitek 2 BioMerieux®. They were typed by PCR, successively using specific primers for species and nine serotypes of S. agalactiae. RESULTS: Seven blood samples, one cerebrospinal fluid sample and an ocular sample, were isolated from nine newborns with infections caused by S. agalactiae, including seven cases of early onset and two of late onset. Only one of these cases was positive for paired mother-child samples. Considering that 13,749 deliveries were performed during the study period, the incidence was 0.5 cases of GBS infections of early onset per 1 thousand live births (or 0.6 per 1 thousand, including two cases of late onset) with 1, 3, 2, zero and 3 cases (one early and two late onset cases), respectively, for the years from 2007 to 2011. It was possible to apply PCR to seven of nine samples, two each of serotypes Ia and V and three of serotype III, one from a newborn and the other two from a paired mother-child sample. CONCLUSIONS: Although the sample was limited, the serotypes found are the most prevalent in the literature, but different from the other few Brazilian studies available, except for type Ia.
  • Cistos da glândula de Bartholin: tratamento com vaporização laser com CO2

    Figueiredo, Ana Cristina Neves; Duarte, Paula Elisa Folgado da Silva Ambrósio Rebelo; Gomes, Tereza Paula Monteiro; Borrego, Jorge Manuel Paiva; Marques, Carlos Alfredo Caseiro

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Avaliar a eficácia, a taxa de recorrência e as complicações da vaporização laser com CO2 no tratamento dos cistos da glândula de Bartholin. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 127 pacientes que apresentavam cistos sintomáticos da glândula de Bartholin submetidas à vaporização laser CO2 na nossa instituição de janeiro de 2005 a junho de 2011. Foram excluídas todas as pacientes com abcessos da glândula de Bartholin ou com suspeita de câncer. Todos os procedimentos foram realizados em regime ambulatorial, sob anestesia local. A coleta dos dados foi feita com base na consulta do processo clínico, tendo-se procedido à análise das características demográficas, dos parâmetros anatômicos, das complicações intra e pós-operatórias e dos dados de acompanhamento. Os dados foram armazenados e analisados no software Microsoft Excel® 2007, e os resultados foram apresentados como frequência (porcentagem) ou média±desvio padrão. As taxas de complicações, recorrência e cura foram calculadas. RESULTADOS: A idade média das pacientes foi de 37,3±9,5 anos (variando entre 18 e 61 anos). Setenta por cento (n=85) delas eram multíparas. A queixa mais frequente foi dor e 47,2% (n=60) das pacientes tinham antecedentes de tratamento médico e/ou cirúrgico por abcesso da glândula de Bartholin. A dimensão média dos cistos foi de 2,7±0,9 cm. Foram verificados três (2,4%) casos de hemorragia intraoperatória ligeira e 17 (13,4%) recorrências durante um período médio de 14,6 meses (variando entre 1 e 56 meses): dez abscessos da glândula de Bartholin e sete cistos recorrentes, que precisavam de uma nova intervenção cirúrgica. A taxa de cura após um único tratamento à laser foi de 86,6%. Dentre as cinco pacientes com doença recorrente que foram submetidas a um segundo procedimento com laser, a taxa de cura foi de 100%. CONCLUSÕES: Na presente instituição, a vaporização laser com CO2 parece ser uma opção terapêutica segura e eficaz no tratamento dos cistos da glândula de Bartholin.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To evaluate the effectiveness, recurrence rate, and complications of carbon-dioxide laser vaporization in the treatment of Bartholin's gland cysts. METHODS: A retrospective study including 127 patients with symptomatic Bartholin' gland cysts submitted to carbon-dioxide laser vaporization at our institution from January 2005 to June 2011. Patients with Bartholin's gland abscesses and those suspected of having neoplasia were excluded. All procedures were performed in an outpatient setting under local anaesthesia. Clinical records were reviewed for demographic characteristics, anatomic parameters, intraoperative and postoperative complications, and follow-up data. Data were stored and analyzed in Microsoft Excel® 2007 software. A descriptive statistical analysis was performed, and its results were expressed as frequency (percentage) or mean±standard deviation. Complication, recurrence, and cure rates were calculated. RESULTS: The mean age of the patients was 37.3±9.5 years-old (range from 18 to 61 years-old). Seventy percent (n=85) of them were multiparous. The most common symptom was pain and 47.2% (n=60) of patients had a history of previous medical and/or surgical treatment for Bartholin's gland abscesses. Mean cyst size was 2.7±0.9 cm. There were three (2.4%) cases of minor intraoperative bleeding. Overall, there were 17 (13.4%) recurrences within a mean of 14.6 months (range from 1 to 56 months): ten Bartholin's gland abscesses and seven recurrent cysts requiring reintervention. The cure rate after single laser treatment was 86.6%. Among the five patients with recurrent disease that had a second laser procedure, the cure rate was 100%. CONCLUSIONS: At this institution, carbon-dioxide laser vaporization seems to be a safe and effective procedure for the treatment of Bartholin's gland cysts.
  • Síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama Artigos Originais

    Nahas, Eliana Aguiar Petri; Almeida, Bruno da Rosa de; Buttros, Daniel de Araújo Brito; Véspoli, Heloísa De Luca; Uemura, Gilberto; Nahas-Neto, Jorge

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de síndrome metabólica (SM) em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama. MÉTODOS: Estudo clínico, transversal, com 158 mulheres na pós-menopausa (amenorreia >12 meses e idade ≥45 anos) tratadas de câncer de mama e livres de doença há pelo menos cinco anos. Por meio de entrevista foram coletados dados clínicos e avaliados o índice de massa corpórea (IMC) e a circunferência da cintura (CC). Na análise bioquímica foram solicitadas dosagens de colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicerídeos (TG), glicemia, insulina e proteína C-reativa (PCR). Foram consideradas com SM as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: CC>88 cm; TG≥150 mg/dL; HDL colesterol <50 mg/dL; pressão arterial≥130/85 mmHg; glicemia de jejum≥100 mg/dL. Para análise estatística foram empregados o teste t de Student e o teste do χ². RESULTADOS: A média de idade das pacientes foi de 63,1±8,6 anos, com tempo médio de seguimento de 9,1±4,0 anos. A SM foi diagnosticada em 48,1% (76/158) e entre os critérios diagnósticos, o mais prevalente foi obesidade abdominal (CC>88 cm) afetando 54,4% (86/158) das mulheres. As pacientes sem SM tiveram maior tempo de seguimento quando comparadas àquelas com SM (p<0,05). Em relação ao IMC atual, aquelas sem SM eram em média sobrepeso e aquelas com SM eram obesas (p<0,05). Entre estas, na comparação entre o IMC no momento do diagnóstico do câncer e o atual foi observado ganho significativo de peso (27,8±5,4 versus 33,4±5,4 kg/m²) (p<0,05). O valor médio de PCR foi superior nas mulheres com SM (p<0.05). Na comparação das características tumorais e tratamentos oncológicos não houve diferença significativa entre as mulheres com e sem SM. CONCLUSÃO: Mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama têm elevado risco de desenvolver síndrome metabólica e obesidade central.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To assess the occurrence of metabolic syndrome (MetS) in postmenopausal breast cancer survivors. METHODS: A total of 158 breast cancer survivors were included in this cross-sectional study. Eligibility criteria were: women with amenorrhea >12 months and age ≥45 years, treated for breast cancer and no metastasis for at least five years. Clinical history and anthropometric indicator data (body mass index (BMI), and waist circumference, (WC) were collected. Biochemical parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides (TG), glucose and C-reactive protein (CRP), were measured. MetS was diagnosed as the presence of at least three of the following diagnostic criteria: WC>88 cm, blood pressure≥130/85 mmHg, triglycerides≥150 mg/dl, HDL <50 mg/dL,and glucose≥100 mg/dL. The Student's t-test and χ² test were used for statistical analysis. RESULTS: The mean age of breast cancer survivors was 63.1±8.6 years, with a mean follow-up of 9.1±4.0 years. MetS was diagnosed in 48.1% (76/158) and the most prevalent diagnostic criterion was abdominal obesity (WC>88 cm), affecting 54.4% (86/158) of the women. The patients without MetS had a longer follow-up compared those with MetS (p<0.05). Regarding the current BMI, PN average, those without MetS were overweight, and those with MetS were obese (p<0.05). Among the latter, comparison of BMI at the time of cancer diagnosis and current BMI (27.8±5.4 versus 33.4±5.4 kg/m²) showed a significant weight gain (p<0.05). Mean CRP values were higher in women with MetS (p<0.05). In the comparison of tumor characteristics and cancer treatments there was no difference between groups (p>0.05). CONCLUSION: Postmenopausal breast cancer survivors had a higher risk of developing metabolic syndrome and central obesity.
  • Doença periodontal em mulheres na pós-menopausa e sua relação com a osteoporose Artigos Originais

    Bertulucci, Lívia de Almeida Barros; Pereira, Flavia Maria Barros Guimarães; Oliveira, Ana Emília Figueiredo de; Brito, Luciane Maria Oliveira; Lopes, Fernanda Ferreira

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Verificar a relação entre periodontite e osteoporose em um estudo caso-controle sobre a condição periodontal das mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: A amostra foi composta por 99 mulheres na pós-menopausa, divididas em três grupos: osso normal (Gn), osteopenia (Gpenia) e osteoporose (Gporose), com 45, 31 e 23 casos, respectivamente. A categorização da massa óssea foi aferida pela absorciometria de dupla emissão com raios X na área lombar (L2 - L4), e pela avaliação da densidade mineral óssea. Os índices de nível de inserção clínica (NIC), sangramento gengival (IG), de placa (IP) e profundidade de sondagem (PS) foram obtidos de todas as participantes, por apenas um examinador. Foi utilizado o programa BioEstat 2.0 para análise dos dados com os testes paramétricos análise de variância (ANOVA) e teste de Bonferroni, empregando-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: O grupo de mulheres com osteoporose apresentou o maior percentual de presença da doença periodontal, com maior média do NIC (2,6±0,4 mm), assim como PS (2,8±0,6 mm), IG (72,8±25,9 mm) e IP (72,9±24,2 mm). Após a realização do tratamento estatístico, observou-se que houve diferença significativa para a situação periodontal, principalmente entre os grupos Gn e Gporose (p=0,01) e entre os grupos Gpenia e Gporose (p=0,03). CONCLUSÃO: A osteoporose pode ter uma influência na condição periodontal, por haver relação entre periodontite e osteoporose em mulheres na pós-menopausa.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To investigate the relationship between periodontitis and osteoporosis, using a case-control study about periodontal status of postmenopausal women. METHODS: A total of 99 postmenopausal women were divided into three groups: normal bone (Gn, n=45), osteopenia (Gpenia, n=31) and osteoporosis (Gporosis, n=23). The categorization of bone mass was measured by dual energy absorptiometry with X-rays in the lumbar spine (L2 - L4), by assessing bone mineral density. Clinical attachment level (CAL), gingival bleeding index (GI), plaque index (PI), and probing depth (PD) were determined in all participants by a single examiner. The data were submitted to BioEstat 2.0 software through parametric analysis of variance (ANOVA) and the Bonferroni test, with the level of significance set at 5%. RESULTS: Women with osteoporosis presented the highest percentage of periodontal disease, with higher average CAL (2.6±0.4 mm) and PD (2.8±0.6 mm), GI (72.8±25.9 mm) and PI (72.9±24.2 mm). Statistical analysis revealed a significant difference in periodontal situation between Gn and Gporosis (p=0,01) and between Gpenia and Gporosis (p=0,03). CONCLUSION: Osteoporosis may have an influence on periodontal condition, based on the relation between periodontitis and osteoporosis in postmenopausal women.
  • Expressão de mediadores neurotróficos e pró-inflamatórios na endometriose de reto e sigmoide Artigos Originais

    Kuteken, Fábio Sakae; Lancellotti, Carmen Lucia Penteado; Ribeiro, Helizabet Salomão Abdalla Ayroza; Aldrighi, José Mendes; Ribeiro, Paulo Augusto Ayroza Galvão

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Avaliar a expressão de mediadores neurotróficos (NGF, NPY E VIP) e pró-inflamatórios (TNF-α) em fragmentos de reto e sigmoide comprometidos por endometriose. MÉTODOS: Foram selecionadas 24 pacientes submetidas ao tratamento cirúrgico de endometriose de reto e sigmoide com técnica de ressecção segmentar, seguido de anastomose mecânica término-terminal, com grampeador circular, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2007. Neste estudo incluímos mulheres no menacme que se submeteram a tratamento cirúrgico por endometriose profunda infiltrativa com acometimento do reto e sigmoide, atingindo o nível da camada muscular, submucosa ou mucosa. Para o grupo de estudo foram utilizados 24 fragmentos de reto e sigmoide com endometriose confirmada histologicamente, sendo um fragmento de cada uma das 24 pacientes selecionadas. Para o grupo controle, utilizou-se um fragmento da margem distal da ressecção, denominado anel de anastomose, de cada uma das 24 pacientes selecionadas e incluídas no estudo. As amostras foram agrupadas em blocos de Tissue Micro Array (TMA) e submetidas à reação imunoistoquímica para avaliar a expressão do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), do fator de crescimento neural (NGF), do neuropeptídeo Y (NPY) e do peptídeo intestinal vasoativo P (VIP), e posterior análise semiquantitativa da imunomarcação por meio da leitura da densidade ótica relativa (DO). RESULTADOS: Observou-se maior densidade ótica relativa da imunomarcação para TNF-α e NGF no grupo de estudo (amostras com endometriose intestinal), DO= 0,01, respectivamente, para as duas proteínas (p<0,05), em relação aos controles sem endometriose. Não houve diferença estatística na densidade ótica da imunomarcação do NPY e VIP. CONCLUSÃO: Identificou-se o aumento da imunomarcação dos anticorpos TNF-α e NGF em fragmentos de reto e sigmoide comprometidos por endometriose em relação aos controles livres da doença. Não identificamos diferença estatística na imunomarcação das proteínas NPY e VIP.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To evaluate the expression of neurotrophic (NGF, NPY and VIP) and pro-inflammatory (TNF-α) mediators in the rectum and sigmoid fragments compromised by endometriosis. METHODS: Twenty-four patients were selected to undergo surgical treatment of endometriosis of the rectum and sigmoid colon with a segmental resection technique, followed by end-to-end anastomosis with a circular stapler from January 2005 to December 2007. The study included premenopausal women who underwent surgical treatment for deep endometriosis infiltrating the rectum with involvement of the rectum and sigmoid, reaching the level of the muscle layer, submucosa or mucosa. Twenty-four rectum and sigmoid fragments with histologically confirmed endometriosis, one from each of the 24 selected patients, were used for the study group. For the control group, we used a fragment of the distal resection margin called anastomosis ring from each of the 24 patients enrolled in the study. Samples were grouped into Tissue Micro Array (TMA) blocks and subjected to immunohistochemistry to evaluate the expression of tumor necrosis factor alpha (TNF-α), nerve growth factor (NGF), neuropeptide Y (NPY) and P vasoactive intestinal peptide (VIP), followed by semiquantitative analysis of immunostaining by reading the relative optical density (OD). RESULTS: There was higher optical density relative to TNF-α immunostaining and NGF in the study group (samples with intestinal endometriosis), DO=0.01, for the two proteins, respectively (p<0.05), compared to controls without endometriosis. There was no statistically significant difference in the optical density of immunostaining of NPY and VIP. CONCLUSION: We identified increased immunostaining of TNF-α antibodies and fragments of NGF in the rectum and sigmoid compromised by endometriosis compared to disease-free controls. We did not identify any statistical difference in immunostaining of NPY and VIP proteins.
  • Hormônio anti-Mülleriano sérico para predição da resposta ovariana em ciclos de reprodução assistida Artigos Originais

    Romão, Gustavo Salata; Navarro, Paula Andréa de Albuquerque Salles; Ferriani, Rui Alberto; Dib, Luciana Azor; Rodrigues, Jhenifer; Bortolieiro, Maria Albina Verceze

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Comparar as concentrações séricas do hormônio anti- Mülleriano (AMH) no sétimo dia de estimulação ovariana em pacientes boas e más respondedoras. MÉTODOS: Foram incluídas 19 mulheres com idade ≥35 anos, ciclos menstruais regulares e que foram submetidas à estimulação ovariana para reprodução assistida. Foram excluídas mulheres portadoras de endometriose ou síndrome dos ovários policísticos ou aquelas submetidas previamente à cirurgia ovariana. Foram coletadas amostras de sangue periférico no dia basal e no sétimo dia de estimulação para dosagens de AMH, hormônio folículo estimulante (FSH) e estradiol. Os níveis de AMH foram avaliados pelo método de enzimoimunoensaio (ELISA) e os níveis de FSH e estradiol foram avaliados por imunoquimioluminescência. Ao final do ciclo, as pacientes foram classificadas como normo (obtenção de quatro ou mais oócitos durante a captação) ou más respondedoras (obtenção de menos de quatro oócitos ou cancelamento do ciclo por má resposta) e analisadas comparativamente em relação aos níveis hormonais, duração da estimulação ovariana, número de folículos recrutados, embriões produzidos e transferidos através do teste t. A associação entre os níveis de AMH e os parâmetros acima também foi avaliada pelo teste de correlação de Spearman. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os grupos para os níveis de AMH, FSH e estradiol no dia basal e no sétimo dia de estimulação ovariana, sendo observada correlação significativa entre os níveis de AMH do sétimo dia e a quantidade total de FSH exógeno utilizada (p=0,02). CONCLUSÕES: Os níveis de AMH obtidos no sétimo dia do ciclo de estimulação ovariana não parecem predizer o padrão de resposta ovariana, não sendo recomendadas as suas dosagens para esta finalidade.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To compare serum anti-Mullerian hormone (AMH) levels on the seventh day of ovarian stimulation between normal and poor responders. METHODS: Nineteen women aged ≥35, presenting with regular menses, submitted to ovarian stimulation for assisted reproduction were included. Women with endometriosis, polycystic ovarian syndrome or those who were previously submitted to ovarian surgery were excluded. On the basal and seventh day of ovarian stimulation, a peripheral blood sample was drawn for the determination of AMH, FSH and estradiol levels. AMH levels were assessed by ELISA and FSH, and estradiol by immunochemiluminescence. At the end of the stimulation cycle patients were classified as normal responders (if four or more oocytes were obtained during oocyte retrieval) or poor responders (if less than four oocytes were obtained during oocyte retrieval or if the cycle was cancelled due to failure of ovulation induction) and comparatively analyzed by the t-test for hormonal levels, length of ovarian stimulation, number of follicles retrieved, and number of produced and transferred embryos. The association between AMH and these parameters was also analyzed by the Spearman correlation test. RESULTS: There was no significant difference between groups for basal or the seventh day as to AMH, FSH and estradiol levels. There was a significant correlation between seventh day AMH levels and the total amount of exogenous FSH used (p=0.02). CONCLUSIONS: AMH levels on the seventh day of the ovarian stimulation cycle do not seem to predict the pattern of ovarian response and their determination is not recommended for this purpose.
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br