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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 37, Número: 12, Publicado: 2015
  • A mortalidade materna e os novos objetivos de desenvolvimento sustentável (2016-2030) Editorial

    Souza, Joao Paulo
  • Disfunção sexual em mulheres obesas é mais afetada por domínios psicológicos do que nas não obesas Original Articles

    Carrilho, Paulo José Faria; Vivacqua, Carla Almeida; Godoy, Eudes Paiva de; Bruno, Selma Sousa; Brígido, Alexandra Régia Dantas; Barros, Felipe Chaves Duarte; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO: Comparar as diferenças na incidência de disfunção sexual nos seis diferentes domínios de mulheres brasileiras obesas e não obesas. MÉTODOS: Foi usado o Female Sexual Function Index , que discrimina seis domínios de disfunção, para investigar a incidência de disfunção sexual em 31 mulheres obesas e 32 mulheres não obesas. Foi realizada análise estatística utilizando ANOVA e MANOVA para comparar os escores totais doFemale Sexual Function Index entre os grupos, bem como empregado o teste t para identificar as diferenças relacionadas aos domínios. O nível de significância estatística estabelecido para todos os testes foi de p<0,05. RESULTADOS: Não foi encontrada diferença significante nas diferentes incidências de disfunção sexual feminina entre o grupo de pacientes obesas (25,8%) e o grupo de não obesas (22,5%). Contudo, foi evidenciada uma importante distinção em quais aspectos da vida sexual foram afetados nos dois grupos. Enquanto as mulheres obesas foram impactadas em apenas três domínios subjetivos do Female Sexual Function Index (desejo, orgasmo e excitação), o grupo controle apresentou disfunção em cinco aspectos (desejo, orgasmo, excitação, dor e lubrificação). Pesquisas futuras explorando aspectos psicológicos em mulheres obesas, como a avaliação da autoimagem corporal e seus aspectos negativos ou positivos sobre as pacientes, deverão auxiliar na melhor caracterização da disfunção sexual feminina neste grupo. CONCLUSÕES: A obesidade não parece constituir um fator de risco independente para uma baixa qualidade de vida sexual feminina. Contudo, as disfunções associadas à obesidade foram menos evidenciadas em domínios fisiológicos, sugerindo que aspectos psicológicos parecem estar primariamente envolvidos na etiologia da disfunção sexual de mulheres obesas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE: To compare differences in the occurrence and changed domains of sexual dysfunction in obese and non-obese Brazilian women. METHODS: Female Sexual Function Index, based on six domains, to investigate 31 sexual dysfunction incidence for obese compared to 32 non-obese women, was used. Statistical analysis using ANOVA and MANOVA were performed to compare total scores of Female Sexual Function Index among groups and to identify the differences among domains, Student t -test was used. Statistical significant level was established for all tests for p<0.05. RESULTS: No difference in female sexual dysfunction frequency between obese (25.8%) and non-obese women (22.5%) was found. However, an important distinction in which aspects of sexual life were affected was found. While the obese group was impaired in three domains of sexual life (desire, orgasm, and arousal), in the control group five aspects were dysfunctional (desire, orgasm, arousal, pain and lubrication). Future research exploring psychological outcomes in obese females, such as body image and measures of positive and negative effect, might better characterize the female sexual dysfunction in this group. CONCLUSIONS: Obesity does not appear to be an independent factor for allow quality of female sexual life. However, disturbance associated to obesity indicates a low frequency of disorder in physical domains, suggesting that psychological factors seem to be mainly involved in the sexual dysfunction in obese women.
  • Associação da atividade da telomerase com a progressão de lesões cervicais em um grupo de pacientes da Colômbia Original Articles

    Castro-Duque, Andrés Felipe; Loango-Chamorro, Nelsy; Ruiz-Hoyos, Bayron Manuel; Landázuri, Patricia

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO Analisar a relação entre os achados citológicos e atividade da telomerase (AT). MÉTODOS Amostras cervicais foram avaliadas e classificadas pelo sistema Bethesda. A AT foi medida como valores de produto total gerado (PTG), utilizando o protocolo de amplificação repetida da telomerase (TRAP); os dados foram analisados estatisticamente usando o teste do χ2, com nível de significância de p<0,05. RESULTADOS Cento e dois pacientes foram analisados: 3,9% com achados citológicos normais, 8,8% com cervicite, 2% com células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS), 67,6% com lesão escamosa intraepitelial baixo grau (LEI-BG), 11,8 % com lesão intraepitelial escamosa alto grau (LEI-AG) e 5,9% com carcinoma escamoso. Valores PTG para amostras positivas AT foram: cervicite<normal<ASCUS<LEI-BG<LEI-AG<Carcinoma. CONCLUSÃO Os resultados mostram um aumento na AT com o aumento da lesão, sustentando a associação entre a AT e o tipo de lesão.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE To analyze the relation between the cytological findings and telomerase activity (TA). METHODS Cervical samples were evaluated and classified according to the Bethesda System. Telomerase activity was measured total product generated values (TPG) using the TRAP assay (telomeric repeat amplification protocol); data were analyzed statistically using the χ2 test, with the level of significance set at p<0.05. RESULTS The study was conducted on 102 patients. Of these, 3.9% showed normal cytological findings, 8.8% showed cervicitis; 2% showed Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance (ASCUS); 67.6% showed Low Grade Squamous Intraepithelial Lesion (LSIL); 11.8% showed High Grade Squamous Intraepithelial Lesion (H-SIL) and 5.9% showed Squamous Carcinoma. Among telomerase-positive samples, the TPG values were cervicitis<normal<ASCUS<L-SIL<H-SIL<Carcinoma. CONCLUSION Results show increased telomerase activity with increasing severity of lesion, supporting the association between TA and type of lesion.
  • Influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto de mulheres com diabetes mellitusgestacional Artigos Originais

    Dijigow, Fernanda Borges; Paganoti, Cristiane de Freitas; Costa, Rafaela Alkmin da; Francisco, Rossana Pulcineli Vieira; Zugaib, Marcelo

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO: Avaliar a influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto (TTGp) de mulheres que apresentaram diabetes gestacional atendidas em unidade terciária do município de São Paulo. MÉTODOS: Foram obtidos dados de pacientes com diabetes gestacional no período de janeiro a dezembro de 2014. As informações foram obtidas por meio de acesso aos prontuários eletrônicos e pelo contato telefônico. Seguindo os critérios de inclusão adotados, 132 pacientes foram elegíveis para o estudo. Para análise estatística dos dados, as pacientes foram divididas em dois grupos, segundo a informação de terem ou não amamentado. Foram utilizados os testest de Student, de Mann-Whitney, do χ2 e exato de Fisher, dependendo do tipo de variável analisada. Foram considerados estatisticamente significativos testes com p<0,05. RESULTADOS: Das 132 pacientes incluídas no estudo, 114 amamentaram e 18 não amamentaram. Em ambos os grupos, houve um predomínio de pacientes na faixa do sobrepeso e/ou obesidade. As pacientes que amamentaram apresentaram índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional menor que as que não amamentaram (p=0,006). No grupo que não amamentou, a idade gestacional de introdução de insulina foi mais precoce (23.21±4.33 versus 28.84±6.17; (p=0,04) e o valor médio da glicemia de jejum do TTGp (91.3±8.7 versus 86.5±9.3; (p=0,01) foi maior do que o grupo que amamentou. A amamentação agiu como fator protetor para o desenvolvimento de intolerância à glicose no TTGp (OR=0,27; IC95% 0,09-0,8). Pela regressão logística, a amamentação mostrou-se ser fator protetor independente. CONCLUSÃO: Houve relação estatisticamente significativa entre a amamentação e a diminuição do risco de desenvolver intolerância à glicose. Esse ato deve ser estimulado, visto que é uma intervenção efetiva de baixo custo e fácil acesso a todas as pacientes no puerpério.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE: To determine the influence of breastfeeding on the results of a postpartum oral glucose tolerance test in women recently diagnosed with gestational diabetes mellitus. METHODS: The data were obtained from the electronic medical records of the Endocrinopathy Sector during pregnancy, HCMED laboratory system ofHospital das Clínicas of São Paulo , and by telephone. According to the inclusion criteria adopted, 132 patients were eligible for the study. For statistical analysis, the patients were divided into two groups according to whether or not they breastfed. The results were analyzed by the Student t-test and by the Mann-Whitney, Chi-square and Fisher's exact tests, depending on the variable analyzed, with the level of significance set at p<0.05. RESULTS: Of the 132 patients included in the study, 114 breastfed and 18 did not. Most of the patients in both groups were overweight or obese. The breastfeeding group had a lower pre-pregnancy Body Mass Index than the non-breastfeeding group (p=0.006). Insulin was introduced earlier in the group that did not breastfeed (23.21±4.33 versus 28.84±6.17; p=0.04). The group that did not breastfeed had a higher mean postpartum fasting glucose value in the oral glucose tolerance test than the group that breastfed (91.3±8.7 versus 86.5±9.3; p=0.01). Breastfeeding acted as a protective factor against the development of glucose intolerance in the postpartum oral glucose tolerance test (OR=0.27; 95%CI 0.09-0.8). By logistic regression, breastfeeding was shown to be an independent protective factor. CONCLUSION: There was a statistically significant relationship between breastfeeding and a decreased risk of developing glucose intolerance. Breastfeeding should be encouraged because it is an effective, low cost intervention easily accessible to all patients during the postpartum period.
  • Fatores nutricionais e psicológicos associados com a ocorrência de picamalácia em gestantes Artigos Originais

    Ayeta, Ana Carolina; Cunha, Ana Cristina Barros da; Heidelmann, Sonaly Petronilho; Saunders, Cláudia

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO: Avaliar fatores nutricionais e psicológicos associados com a ocorrência da prática da picamalácia em gestantes atendidas em maternidade pública do Rio de Janeiro, Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo, de caráter exploratório, realizado com 13 gestantes (idades entre 16 e 40 anos) com diagnóstico de picamalácia na gestação atual identificada em entrevista padronizada na consulta com nutricionista que abordava questões sobre ocorrência e frequência do transtorno, além dos tipos de substâncias ingeridas. Após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), todas as gestantes passaram por avaliação nutricional e, posteriormente, sete foram submetidas à avaliação psicológica com instrumentos padronizados para medida de ansiedade e estresse, além da avaliação de estratégias de enfrentamento (coping ) diante de estressores. RESULTADOS: As práticas de picamalácia mais referidas foram pagofagia (30,8%) e fruta com sal (30,8%). Observou-se ocorrência de algum grau de estresse e ansiedade em todas as gestantes com picamalácia, assim como alguma comorbidade (69,2%) e sintomatologia digestiva (84,6%). As estratégias decoping mais prevalentes foram "focada em práticas religiosas/pensamento fantasioso" e "busca de suporte social", ambas com 42%. CONCLUSÃO: Considerando que a picamalácia pode associar-se com maior risco perinatal, é fundamental que essa prática seja investigada durante o atendimento pré-natal e que ocorra a adoção de práticas preventivas obstétricas, psicológicas e nutricionais para reduzir complicações para a mãe e o concepto.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE: To evaluate the nutritional and psychological factors associated with the occurrence of the practice of pica in pregnant women attending a public hospital in Rio de Janeiro, Brazil. METHODS: The study was based on a descriptive design with exploratory features, and conducted on 13 adult and adolescent pregnant women aged 16 to 40 years with a diagnosis of pica in the current pregnancy. Pica was diagnosed by a nutritionist in a standardized interview situation, when questions about the occurrence and frequency of pica, and types of substance ingestion were investigated. After signing the Informed Consent Form (ICF), all participants were evaluated by a nutritionist and seven of them were submitted to psychological assessment with standardized instruments to evaluate stress and anxiety, and to assess coping strategies. RESULTS: The type of pica most frequently reported was pagophagia (30.8%) and the consumption of fruit with salt (30.8%). The most prevalent coping strategies were "religious practice-focused" and "seeking social support", both presented by 42% of the pregnant women. We observed the occurrence of some degree of stress and anxiety in all pregnant women, as well as comorbidities (69.2%) and gastrointestinal symptoms (84.6%). CONCLUSION: Considering that pica may be associated with increased perinatal risk, it is very important to investigate this disorder during prenatal care, and to dopt obstetric, psychological and nutritional preventive practices to reduce the complications for mother and fetus.
  • Êxito reprodutivo em mulheres com perdas gestacionais de repetição Original Articles

    Costa, Olivia Lúcia Nunes; Santos, Eliane Menezes Flores; Jesus, Viviane Silva de; Netto, Eduardo Martins

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO: Avaliar o êxito reprodutivo na gestação subsequente de mulheres com perdas gestacionais de repetição. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo incluindo 103 mulheres com perdas gestacionais de repetição (grupo de perdas) atendidas entre janeiro 2006 e dezembro 2010 e 204 gestantes de baixo risco (grupo controle) de maio 2007 a abril 2008 na Maternidade Climério de Oliveira, Salvador, Bahia. Êxito reprodutivo foi definido para o recém-nascido, independentemente da idade gestacional ao nascimento, que sobreviveu após o período neonatal. As médias e desvio padrão (DP) das variáveis contínuas foram comparadas utilizando o teste t de Student. As frequências das variáveis nominais foram comparadas utilizando-se o teste de χ2 de Pearson. RESULTADOS: Das 90 que engravidaram, 83 (91,2%) tiveram êxito reprodutivo. Gestações a termo no grupo controle foram mais frequentes que no de perdas (174/187; 92,1 versus 51/90; 56,7%; p<0,01). O número de consultas no pré-natal foi satisfatório para 76 (85,4%) mulheres no grupo de perdas e para 125 (61,3%) no grupo controle (p<0,01). Nestas, o início do pré-natal foi mais precoce (13,3; 4,2 versus 19,6; 6,9 semanas). O grupo de perdas teve ganho de peso acima do esperado mais frequentemente que as gestantes de baixo risco (58,1 versus 46,6%; p=0,04). Apesar de a cerclagem do colo uterino ter sido realizada em 32/90 mulheres com perdas, a duração média da gestação nestas foi menor (34,8 semanas; DP=5,6 versus 39,3 semanas; DP=1,6; p<0,01). O tipo de parto predominante nas gestantes com perdas foi a cesariana (55/83; 64,7 versus 73/185; 39,5%; p<0,01) devido principalmente a complicações obstétricas. CONCLUSÃO: O êxito gestacional foi considerado satisfatório e é atribuído à realização de cerclagem do colo uterino em tempo hábil, ampla disponibilidade da equipe para o atendimento às gestantes, que se traduziu por retornos mais frequentes agendados, e por livre demanda, além de um pronto suporte hospitalar para mãe e feto.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE: To estimate the future pregnancy success rate in women with a history of recurrent pregnancy loss. METHODS: A retrospective cohort study including 103 women seen at a clinic for recurrent pregnancy loss (loss group) between January 2006 and December 2010 and a control group including 204 pregnant women seen at a low-risk prenatal care unit between May 2007 and April 2008. Both groups were seen in the university teaching hospital the Maternidade Climério de Oliveira, Salvador, Bahia, Brazil. Reproductive success rate was defined as an alive-birth, independent of gestational age at birth and survival after the neonatal period. Continuous variables Means and standard deviations (SD) were compared using Student's t-test and nominal variables proportions by Pearson χ2test. RESULTS: Out of 90 who conceived, 83 (91.2%) had reproductive success rate. There were more full-term pregnancies in the control than in the loss group (174/187; 92.1 versus 51/90; 56.7%; p<0.01). The prenatal visits number was satisfactory for 76 (85.4%) women in the loss group and 125 (61.3%) in the control (p<0.01). In this, the beginning of prenatal care was earlier (13.3; 4.2 versus 19.6; 6.9 weeks). During pregnancy, the loss group women increased the weight more than those in the control group (58.1 versus 46.6%; p=0.04). Although cervix cerclage was performed in 32/90 women in the loss group, the pregnancy duration mean was smaller (34.8 weeks; SD=5.6 versus 39.3 weeks; SD=1.6; p<0.01) than in the control group. Due to gestational complications, cesarean delivery predominated in the loss group (55/83; 64.7 versus 73/183; 39.5%; p<0.01). CONCLUSION: A very good reproductive success rate can be attributed to greater availability of healthcare services to receive pregnant women, through prenatal visits (scheduled or not), cervical cerclage performed on time, and available hospital care for the mother and newborn.
  • Atitudes alimentares e para com o ganho de peso e satisfação corporal de gestantes adolescentes Artigos Originais

    Oliboni, Carolina Marques; Alvarenga, Marle dos Santos

    Resumo em Português:

    Resumo OBJETIVO: Avaliar atitudes em relação à alimentação, ao ganho de peso e à imagem corporal de adolescentes grávidas. MÉTODOS: Adolescentes grávidas (n=67) foram avaliadas por meio do Questionário de Imagem Corporal, da Escala de Atitudes em relação ao Ganho de Peso na Gestação (AGPG) e de questões sobre comportamento de risco para transtornos alimentares e práticas não saudáveis para controle de peso. Associações entre as variáveis foram analisadas por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, correlação de Pearson e correlação de Spearman. Uma regressão logística avaliou a influência das variáveis independentes com relação a omitir refeições, satisfação corporal e compulsão alimentar. RESULTADOS: As gestantes tinham, em média, 15,3 anos de idade (DP=1,14) e 21,9 semanas de gestação (DP=6,53). O escore médio da AGPG foi 52,6 pontos, indicando boa atitude em relação ao ganho de peso, e 82,1% das gestantes apresentaram satisfação corporal. As obesas apresentaram maior insatisfação corporal (p=0,001) e as com sobrepeso pensavam mais em comida (p=0,02) e em comer (p=0,03). A frequência referida de compulsão alimentar foi 41,8%, e, a de omitir refeições, 19%. A regressão evidenciou que o Índice de Massa Corporal atual (p=0,03; OR=1,18) e a importância da percepção do corpo/forma física antes da gestação (p=0,03; OR=4,63) foram preditores para omitir refeições. Maior nível socioeconômico (p=0,04; OR=0,55) e maior preocupação com ganho de peso (p=0,04; OR=0,32) predisseram compulsão alimentar. CONCLUSÃO: Mesmo com a maioria das gestantes apresentando atitudes positivas em relação ao ganho de peso e satisfação corporal, as mais pesadas e mais preocupadas com ganho de peso tiveram maior risco de atitudes não saudáveis. As de menor classe social, menos preocupadas com ganho de peso e menos envergonhadas com seu corpo durante a gravidez, tiveram menor risco de atitudes não saudáveis.

    Resumo em Inglês:

    Abstract PURPOSE: To assess attitudes about eating, weight gain and body image of pregnant adolescents. METHODS: Pregnant adolescents (n=67) were assessed using the Body Image Questionnaire, the Attitude towards Weight Gain during Pregnancy scale (AWGP) and questions about risk behaviors for eating disorders and unhealthy weight control practices. Associations between variables were analyzed by ANOVA, Kruskal-Wallis test, Pearson and Spearman tests. The influence of the independent variables regarding skipping meals, body satisfaction and binge eating was evaluated by logistic regression. RESULTS: The average age of the adolescents was 15.3 years (SD=1.14) and their average gestational age was 21.9 weeks (SD=6.53). The average AWGP score was 52.6 points, indicating a positive attitude towards weight gain, and 82.1% of the pregnant girls were satisfied with their bodies. Obese girls had more body dissatisfaction (p=0.001), and overweight girls thought more about food (p=0.02) and eating (p=0.03). The frequency of reported binge eating was 41.8%, and the frequency of skipping meals was 19%. Regression analysis showed that the current Body Mass Index (p=0.03; OR=1.18) and the importance of body awareness and fitness before pregnancy (p=0.03; OR=4.63) were predictors of skipping meals. Higher socioeconomic level (p=0.04; OR=0.55) and greater concern with weight gain (p=0.03; OR=0.32) predicted binge eating. CONCLUSION: Even though the majority of the pregnant adolescents had positive attitudes toward weight gain and body satisfaction, those heavier and more concerned with weight gain had a higher risk of unhealthy attitudes, while those of lower social class, less concerned with weight gain and less embarrassed about their bodies during pregnancy, had a lower risk of unhealthy attitudes.
  • Trombose de veia renal no puerpério: relato de caso Relato De Caso

    Hillmann, Bianca Ruschel; Steffens, Sérgio Murilo; Trapani Junior, Alberto

    Resumo em Português:

    Resumo Durante a gravidez e o puerpério, existe um estado de hipercoagulabilidade sanguínea e, portanto, de risco para eventos tromboembólicos. A trombose de veia renal é uma condição grave, pouco frequente e de difícil diagnóstico. Este estudo relatou um caso de trombose de veia renal numa puérpera, descrevendo caso clínico, fatores de risco, métodos diagnósticos e o tratamento instituído.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Pregnancy and puerperium are periods of blood hypercoagulability and, therefore, of risk for thromboembolic events. Renal vein thrombosis is a serious and infrequent condition of difficult diagnosis. This study reported a case of renal vein thrombosis in the puerperium, and described the clinical case, risk factors, diagnostic methods, and treatment instituted.
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